segunda-feira, 12 de julho de 2010

Green Velvet no Tribaltech Festival

Um dos grandes destaques do Tribaltech Festival, que acontece no próximo dia 28 de agosto em Curitiba é o americano Curtis Jones, mais conhecido como Green Velvet. É com certeza, ao lado de Tristan, Italoboyz, Ahmet Sendil, Pedra Branca, Lovefoxxx e Céu um dos nomes que me fazem sentir novamente a ansiedade para uma festa.

Ansiedade essa pela mudança que a T2 está fazendo no cenário eletrônico local e até mesmo nacional (já que teremos uma edição paulista uma semana antes da curitibana). Mudanças essas que no ano passado sofreram várias críticas de frequentadores que “opinaram” antes de conhecer e que quando conheceram o real projeto do núcleo se transformaram as críticas em elogios.

Com a “elevação” para o status de festival, a já conhecida Tribaltech cedeu mais espaço para outros estilos musicais e para a arte audio visual, resta agora sonhar para que em um futuro próximo se torne um festival de vários dias.

Voltando ao assunto principal deste post: Green Velvet. Se você não conhece esse projeto leia abaixo um release retirado do site do Tribaltech e veja o video de uma apresentação do americano em Ibiza.

Green Velvet, nome inicialmente criado por Curtis Jones para seus projetos sem vocais e para suas freqüentes apresentações como DJ, acabou crescendo e se tornando mais popular do que o homem por trás do mito. Com suas músicas contagiantes e refrões inegavelmente divertidos, Green Velvet vem, desde 1993, emplacando hits como La La Land, Preacher Man, The Stalker e Answering Machine. É sem dúvida, um dos maiores DJs de techno do mundo. O americano Green Velvet já esteve no Brasil várias vezes com apresentações memoráveis em 99 na U-Turn, no Skol Beats com seu projeto ao vivo com a banda The Rejects e no Skol Beats de 2003. Sua ultima apresentação foi no ano de 2005. Apaixonado pelo público brasileiro, por ser um povo “explosivo”, Velvet imprimiu sua marca na house music com seus recursos percussivos e sua singular contribuição vocal às composições. Seu som agrada vários clãs por misturar o house de Chicago com o techno e o break beat atuais que costuma fazer qualquer pista delirar.

Saiba mais:

Site oficial
www.green-velvet.com
Myspace
www.myspace.com/greenvelvet

veja o video completo: www.dancetrippin.tv

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domingo, 11 de julho de 2010

Donas do seu nariz, ex-raves de psy riram por último

Desde meus tempos de faculdade que sou fã assumido dos textos do jornalista Camilo Rocha, o lado DJ deste jornalista ainda não tive a oportunidade de ouvir (ainda). Para quem não conhece nenhum desses lados do Camilo pode acessar o blog Bate Estaca e conferir um pouco do trabalho de jornalista o lado DJ pode ser conhecido através do myspace.

Em seus ultimos textos publicados no Bate Estaca, Camilo comenta um pouco sobre a “nova geração” das festas eletrônicas e as tendências dela se converterem em festivais onde se misturam vários tipos de música.

Leia abaixo o artigo: Donas do seu nariz, ex-raves de psy riram por último.

A Tribaltech (foto), festão eletrônico open air, anunciou essa semana a cantora Céu no lineup. A cantora paulistana se junta a nomes como Marcelo D2, Lovefoxxx e Stop Play Moon no elenco do evento que rola no dia 21 de agosto.

Marque esta tendência: cada vez mais, as festas que nasceram como raves de psy vão se convertendo em festivais onde valem vários tipos de música. A XXXPerience de 13 anos, realizada no final do ano passado, se promoveu como um festival. A música ainda era 100% música eletrônica, mas havia muito mais vertentes do que a tradicional dobradinha psy acelerado/low BPM.

APRENDENDO E ENSINANDO

Organizações como, por exemplo, No Limits (parceira dos eventos XXXPerience, Tribaltech e Chemical Music), It’s Magic (Tribe) e Universo Paralello adquiriram ao longo dos anos know-how suficiente em logística e direção artística para ambicionar fazer eventos cada vez maiores.

Ainda têm muito que aprender, pois ainda rolam muitas falhas organizacionais em alguns eventos. Facilidade de estacionamento, organização do trânsito e mais capricho e criatividade na decoração são algumas coisas que podem melhorar.

Mas também têm muito o que ensinar, eu diria até de maneira humilhante, a outras cenas que viraram refém do grande patrocinador. Os novos festivais, ex-raves de trance, nunca dependeram de mega-marcas injetando dinheiro para acontecer. Isso sim é que é ser independente. Também nunca levaram um centavo do governo, que é o que sustenta muito da chamada cena “independente” do rock.

Cresceram organicamente, com força própria. Enquanto outras cenas musicais riam deles e patrocinadores torciam o nariz (não queriam sujar sua marca com a lama da rave…), as festas de psy-trance foram fazendo cada vez mais conta de milhar (no público) e de centena de milhar (no faturamento).

Já numa cena onde os festivais estão atrelados ao super-patrô, se o departamento da marketing da empresa X decidir que a prioridade esse ano é outra, tchau Motomix, Tim Festival, Skol Beats ou Nokia Trends.

NOMES PRÓPRIOS

A independência fica evidente também no nome. Festas como Tribe, XXXPerience, Universo Paralello, Tribaltech, Kaballah e Chemical Music têm orgulhosos nomes próprios, que não são apêndices de uma marca. Nesse sentido, as ex-raves se igualam a eventos europeus como Sonar, Glastonbury, Reading e Melt. O nome do evento é mais forte que o do marca.

Se ainda levarmos em conta que raves e afins passaram anos tomando cacetada (e ainda tomam) da mídia sensacionalista, de prefeitos e vereadores moralistas, juízes, autoridades policiais e outros agentes da lei e da ordem, sua sobrevivência e crescimento parecem ainda mais fenomenais. Coisa digna de aplauso mesmo.

SWU

Como que para coroar esse novo status quo, o festival SWU, talvez o maior de todos os tempos no Brasil, vai ser realizado na Fazenda Maeda, tradicional palco de festas eletrônicas, de incontáveis XXXPeriences e Tribes.

O SWU está propondo algo diferente para o público pop-rock brasileiro, mas muito comum para o frequentador de festival americano ou europeu: acampar por três dias no local do show, esquecendo um pouco do conforto urbanóide em nome da comunhão musical.

Coisa que o povo do trance já faz aqui no Brasil há muito tempo.

Camilo Rocha – Bate estaca

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Boom in Motion – Um pouco do Boom Festival 2010

Sonho da maioria dos amantes (se não de todos) da cultura eletrônica, a edição de 2010 do Boom Festival está chegando. Para matar um pouco da curiosidade dos “sortudos” que estarão em terras portuguesas durante o mês de agosto e para atiçar a vontade daqueles que ainda sonham a organização divulgou um video mostrando um o novo lugar e um pouco dos projetos que tornam o Boom um festival auto sustentável.

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sábado, 26 de junho de 2010

Cycles vício aos 17:16

Sabe aqueles SETs que você baixa e/ou recebe através do MSN, depois joga no iPod no meio de tantas outras tracks e que quando ele começa a tocar você rapidamente olha para o player para ver o artista e sente vontade de levantar e sair pulando? É exatamente essas sensações que tive quando Cycles, da Ary aka Mallory Knox, começou a tocar essa semana no meu.

Ouvi pela primeira vez o som da Ary no Magic Paradise Festival, enquanto o DARK confundia a mente da maioria na pista principal, a DJane, com seus dreads, mostrava o lado “alternativo” do festival com um SET minimalistico.

Cycles é um SET de pouco mais de meia hora e que nos deixa com aquela vontade de “quero mais”. Vale a pena baixar e colocar para tocar enquanto vai para o trabalho, balada, faculdade, colégio, academia ou até mesmo naquele almoço de domingo na casa da vó.

Destaque para o vocal de “Xenia Beliayeva – Momentan” que entra próximo aos 17:16.

Download

Saiba mais:

Personalidade forte e ousada, características que fazem parte dos seus sets marcantes, com fortes tendências minimalistas e sensuais melodias. Sua dedicação reflete os bons resultados que vem colecionando. Atualmente faz parte do casting de artistas da Numark, ao lado de grandes nomes como Birdy Nam e Pascal FEOS, representando oficialmente a renomada marca no Brasil.

Aryela Carvalho aka Mallory Knox é formada pelo Instituto de Música eletrônica DUB MUSIC, escola de Djs de grande destaque em São Paulo, e pela Universidade Anhembi Morumbi aonde se especializou e concluiu o curso de produção de Música eletrônica.

Em sua bagagem trás lembranças de vários lugares aonde teve a oportunidade de se apresentar como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais... Destacando-se entre grandes festas e festivais.

Em 2008 se apresentou no Stand da Pionner na renomada Feira Internacional de Música EXPOMUSIC e em 2009 participou da produção e apresentação da atrevida performance da estilista sul-africana Sakina M'Sa no prédio da Bienal do Parque Ibirapuera no também renomado evento de moda São Paulo Fashion Week.

Atualmente trabalha em parceria com a NUMARK, realizando seminários e workshops pelo Brasil, sempre direcionados à indústria da música eletrônica.

Conheça seu outro projeto: MALICE, uma mistura excelente de diversos gêneros musicais, em parceria com 4 amigos, que começou em 2009 como um trabalho de conclusão de curso da sua faculdade.

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Próxima edição do Festival Respect se inspira no ano internacional da biodiversidade

Em sincronia ao Ano Internacional da Biodiversidade declarado pela ONU (link), a fim de estipular metas e usar indicadores mais mensuráveis para reduzir a taxa de perda de espécies que vem crescendo exponencialmente, o festival RESPECT acontece no dia 14 de agosto de 2010.

Mas o que uma coisa tem a ver com a outra?
Conhecido como um festival que promove o Encontro Multicultural e Ecológico e espelhado nos festivais-referência de Arte e Cultura Alternativa do Planeta, o núcleo organizador intitulado ECO-RESPECT segue fiel sua posição de movimento cultural para propor a mudança de comportamento através da arte educação. Unindo conscientização ao entretenimento, o festival faz jus ao nome e dissemina em toda edição, formas criativas e conscientes de transmitir mensagens que ampliem a consciência ecológica através da música eletrônica.

Toda a comunicação artística do festival é elaborada com materiais reaproveitados que não agridem o meio ambiente. As suas famosas intervenções têm também um papel importante na interação do público com a proposta do evento. Ativar a conexão consigo mesmo também faz parte de todo o processo. Só indo para saber.

Nesta próxima edição que acontece em Itú, nomes fortes da cena mundial e nacional do trance se apresentam no mainstage, assim como as portas se abrem também para vertentes do techno progressivo.

O agradável chill out toma mais espaço dessa vez com grandes surpresas do reggae e dub para unir o público alternativo num mesmo evento. Aguardem, em breve detalhes de cada novidade!

Serviço:
Respect 2010
Data:
14/08/2010
Horário: 22h00
Local: Vale das Brisas - Itú-SP
Cidade: São Paulo-SP

Programação:
22hs ABERTURA CAMPING & ESPAÇO GAIA
23hs INÍCIO ALTERNATIVA & CHILL OUT + DANCE FLOOR

Por: Telma Braga - Miki Malka

Saiba mais:
Respect traz novamente a essência da cultura eletrônica

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Magnetronic (review)

Namorados, solteiros, casados, enrolados, porém todos amantes da música eletrônica se reuniram no último dia 12 de junho na Magnetronic para acompanhar o renascimento da cena em Santa Catarina. O local escolhido para essa celebração foi o Life Club que ganhou ares de festival graças às mãos do catarinense Belém, do Sound System, das apresentações do circoloko e ao line up escolhido a dedo pelos organizadores.

A decoração foi o grande destaque da Magnetronic, com muitos panos e luz negra, Belém o modificou totalmente o visual do clube catarinense, o público de pouco mais de duas mil pessoas já era surpreendida com essa arte – que ultimamente está se tornando cada vez mais rara nas festas – logo na entrada. Um tecido na forma de “escamas” dava a sensação de que éramos envolvidos pelo mesmo e como se estivéssemos passando por dentro de um túnel até chegar ao solo sagrado – a pista de dança.

Enquanto o trio do The First Stone – formado por Gustavo Manfroni (Burn in Noise), Swarup e DJ Zumbi – tocava suas tracks o pessoal do circoloko se apresentava no centro da pista com suas fantasias e seus malabares de neon e fogo o que com certeza, fez muitas mentes entrarem no disco voador formado pela união da decoração e luzes e ficassem fora de órbita por alguns momentos.

Para os admiradores de Sound System fortes, os 40 mil watts rms instalados na pista foram suficientes para sentir o corpo tremer com os graves e respirar fundo nos agudos. As caixas colocadas nas laterais agradaram aqueles que detestam ficar grudados na frente do palco, em toda a extensão da pista tinha-se um som limpo, lembrando um pouco “turbo sound” implantado em algumas edições da Tribe. Durante toda a festa e mesmo após o término era impossível não ouvir elogios sobre o som implantando na Magnetronic.

A festa foi dividida em duas partes, a primeira contou com Swarup, Burn in Noise e The First Stone como os headliners, Xpiral e também com o ‘locais’ Cassiano Cruz, Overclock, Anjinho e Bresciani. O full on groove era a preferência dos DJs na hora de tirar o CD de suas cases ou no live com seus MACs ou PCs. A noite acelerada foi dando lugar a luz do dia e ao low BPM e assim iniciava-se o “after party” com destaque para o b2b entre Alex Full e Tomaz que contagiaram os “sobreviventes” com tracks que iam de Felguk a Neelix.

Criada em 2003 pelos DJs Bresciani e Gallo com a intenção de realizar encontros mágicos com arte e música, a Magnetronic ainda mantém a essência da cultura eletrônica. Cultura essa que foi se perdendo em Santa Catarina com o passar dos anos devido ao preconceito por parte de algumas autoridades que chegaram a proibir as festas dentro do Estado e também por pessoas que enxergam as festas apenas como uma maneira de ganhar dinheiro.

veja mais fotos.

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domingo, 6 de junho de 2010

Mixtape: as origens do trance

Por: Jade Augusto Cola - Rraurl

Portal convida Dave Mothersole para set com raridades das festas em Goa (Índia) nos anos 80; DJ inglês também contou relato da versatilidade dos sons (e das trips) que rolavam por lá

O portal britânico de música eletrônica Bleep.43 publicou no mês de abril um material especial interessantíssimo sobre as origens da psicodelia na música eletrônica e a gênesa da própria música trance.

Trata-se de uma mixtape de 2 horas sobre os sons dos anos 80 que, nas festas open-air de Goa (Índia), ajudaram a fundamentar o hippismo (psy)trance e fundamentaram as raves como as conhecemos hoje. Selecionado e mixado por Dave Mothersale, inglês de destaque na cena tech-house, a mixtape veio acompanhada do relato pessoal de Mothersale (em inglês) sobre suas experiências em duas temporadas de verão na cidade indiana a partir de 1986.

Tanto a mixtape quanto o relato do DJ são interessantes para observar como a dance music dos anos 80 foi a fonte da progressão trance e das viagens psicodélicas que geraram o lado mais xamânico da dance music. New wave, italo, EBM, synth pop, goth, electro, new beat e o dueto house/techno eram pontos de partida para DJs pioneiros como Laurent e Gil para criarem infindáveis horas de música hipnótica, que casavam perfeitamente com a brisa quente e úmida do Oceano Índico.

"Remover os vocais era algo muito importante, já que eles eram uma distração na piração de quem dançava", conta Mothersole, apontando como os edits e as mixagens em fitas K7 e DAT eram o substrato sonoro dos DJs - o calor intenso vetava o uso de vinis, que derretiam. Goa Gil, na ativa até hoje, ainda faz questão de tocar seus intermináveis sets em DAT (saiba mais).


Old Rare Goa Party 2/3 (acredita-se ser este vídeo o único relato na web de Laurent tocando em uma festa de Goa)

O relato de Mothersole é amplo e bem escrito, e não faltam história sobre turistas europeus que mudaram suas vidas para sempre em viagens de ácido líquido e o assombro com aquele tipo de música que surgia ali - um dos personagens seria o tal Dr. Bobby, organizador das festas por lá e que é o pai de Tiga (ele falou sobre Goa ao rraurl em 2009).

A origem de Goa como reduto de freaks remete aos anos 70, em que shows improvisados de rock psicodélico aconteciam em suas praias. Com a fusão perfeita entre sons non-stop e viajandões, a própria cultura psicodélica teve, com a dance music nos anos 80, um desdobramento tão hippie quanto suas próprias origens dos anos 60. A verve mítica indiana, o LSD e a natureza local só contribuiram para a evolução desta cultura e desta música.

TRACKLIST
Podcast 165 - The Roots of Trance
DAVE MOTHERSOLE - BLEEP43.COM

link MP3 original

Trecho: "Muitos dos maiores hits de Goa durante os anos 80 eram re-editados à exaustão, geralmente estirpados vocais indesejados, mas também com as partes rítmicas ganhando extensão. Os re-edits de Laurent para "Living on the Ceiling" (Blancmange), "Hurts" (Boytronic) e "Sex Dwarf" (Soft Cell) são exemplos legendários. Remover os vocais era algo muito importante, já que eles eram uma distração na piração de quem dançava. No entanto, isso dependia do tipo de vocal. Tudo que soava muito pop estava fora, mas cantos mais abstratos eram apreciados, especialmente se tocados em um estilo de voz 'new wave'. Então nomes como Depeche Mode, Psyche e Front 242 eram tocados frequentemente com os vocais intactos, enquanto Den Harrow, por exemplo, não era." (texto original)

01) Syntech - "Discontented" (Hotsound)
02) Nux Nemo - "Hiroshima" (Clip)
03) Neon - "Voices" (Target)
04) Public Relations - "Public Relations" (Another Side)
05) Poesie Noire - "Timber - Instrumental" (Antler)
06) Koto - "Jabdah - Long Version" (Memory)
07) Laser Dance - "Humanoid Invasion" (Hotsound)
08) D'Bop - "Dirty Harry - Instrumental" (Subway)
09) Zwischenfall - "Flucht" (Les Disques Du Crepuscule)
10) Mark Shreeve - "Legion - Razor Mix" (Jive)
11) Bappi Lahiri - "Habiba" (Hi-Hat)
12) Alien Sex Fiend - "The Impossible Mission" (Plagiarism)
13) Laser Cowboys - "Radioactivity - From The Ucraine" (ItaloHeat)
14) Boytronic - "Communicate" (Metronome)
15) Psyche - "Unveiling The Secret - The Razormaid Mix" (New Rose)
16) Chris & Cosey - "Exotika - Remix" (Play It Again Sam)
17) DAF - "Program It - Instrumental" (Dean)
18) New Order - "True Dub" (Factory)
19) 4You - "Dragon Beats" (Durium)
20) Cabaret Voltaire - "Don't Argue - Francois Kevorkian & Micheal Hutchinson Mix" (Manhatan)
21) New Design - "Some Like It Hot" (MG)
22) Sandy Marton - "White Storm In The Jungle" (Ibiza)
23) Jean-Michel Jarre - "Zoolookologie" (Polydor)

FONTE: http://rraurl.com

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Respect traz novamente a essência da cultura eletrônica

Paixão a primeira “ida”, é exatamente esse o sentimento que tenho com a paulista Respect. Já havia lido e escutado comentário sobre a festa, mas fui pela primeira vez na edição de Março/10 (veja as fotos) e realmente tudo o que me disseram da festa é real. O núcleo conseguiu trazer novamente a essencia da cultura e da música eletrônica, mostrou que é possível realizar uma festa de qualidade com um line 100% nacional e outros detalhes que só estando presente em uma edição para sentir.

A próxima edição já está marcada \o/, será no dia 14.08 – que presente de aniversário (15) - para quem nunca foi em uma Respect fica o convite. Para quem já foi não é necessário esse convite pois já sabe muito bem o que representa essa festa. O line up desta edição já foi divulgado, veja abaixo, meus destaques ficam por conta de Onion Brain (Prog Dark que conheci no UP#10), Man 2 Deep, Zaghini, 2012, Xibalba, Caramaschi, Odisseo… ahhhh vale a pena abrir e fechar a festa.

 

 

   

DANCE FLOOR
23:00     Onion Brain – Live (myspace.com/onionbrain)
00:00     Sutemi vs Boteon (myspace.com/sutemidj / myspace.com/antimateria)
01:30     Ikpeng (Mind Tweakers Rec/ 2to6 Rec) - Live (myspace.com/ikpeng)
02:30     Killer Buds - Live (myspace.com/killerbudsmusic)
03:30     Nitrous (myspace.com/djnitrouss)
04:30     Drex vs Eder Fm (myspace.com/djdr3x / myspace.com/djederfm)
05:30     Simulation – Live (myspace.com/simulationpsytrance)
06:30     Modi vs Wev (myspace.com/djmodibr)
07:30     Space Tribe – Live (myspace.com/spacetribemusic)
09:00     Man 2 Deep – Live (myspace.com/men2deep)
10:00     Zaghini (myspace.com/zaghinidj)
11:00     2012 – Live (myspace.com/2012live)
12:00     Pragmatix – Live (myspace.com/pragmatixmusic)
13:00     Xibalba - Live (myspace.com/00hamelin00)
14:00     Caramaschi – (myspace.com/caramaschi)
15:00     Odiseo – Live (myspace.com/djodiseo)
16:00     Pakman – Live (myspace.com/pakmanlive)
17:00     Dre (myspace.com/andreguazzelli)
18:00     Fabio Leal vs Edu Lima (myspace.com/fabioleal)

ALTERNATIVA & CHILL OUT
23:00   Felipe Soares (myspace.com/djfelipesoares)
00:30   Angelo Fracalanza - Live (myspace.com/djangelof)
01:30   13Th Floor  (myspace.com/13thfloorakadjteko)
02:30   Gustavo Condé vs Biel (myspace.com/djgustavoconde / myspace.com/trancebiel)
04:00   Alex S (myspace/alexspgroove)
05:00   Kitty (myspace.com/djkitty007)
06:00   Hamelin (myspace.com/00hamelin00)
07:00   Rosa Ventura (myspace.com/djrosaventura)
08:00   Rica Amaral (myspace.com/djricaamaral)
09:00   Grooverdose - Live (myspace.com/grooverdose1)
10:00   Eder Fm & Jimmy Luv - Live Sound System (myspace.com/djederfm / myspace.com/jimmyluv7)
11:00   Tonny Tchang (myspace.com/tonnychang)
12:00   Planta e  Raiz - Banda (myspace.com/plantaeraiz)
13:00   Buguinha Dub (Nação Zumbi) - Live (myspace.com/buguinhadub)
14:30   Pedra Branca - Banda (myspace.com/pedrabranca)
15:30   Sallun (myspace.com/lucianosallun)
16:30   Akilez (myspace.com/samplervagabundo)
17:30   Ricardinho vs Murilo Ganesh (myspace.com/muriloganesh)

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

O último que sair, desligue o som

Após quase sete anos, conhecendo pessoas, cidades e aprendendo um pouco mais sobre o mundo eletrônico chegou a hora de “abandonar o barco”. Talvez esteja ficando velho para continuar freqüentando as festas, muito seletivo ou talvez, como diz minha mãe, criando juízo – prefiro acreditar que seja a última opção –.

Já faz alguns meses que perdi a vontade de registrar as festas conhecidas como comerciais. Comecei a freqüentá-las em 2004 e me apaixonei pela cultura que envolvia esse tipo de evento, a paixão foi tão grande que até meu Trabalho de Conclusão de Curso teve como tema principal a cena eletrônica. Durantes esses anos pude assistir projetos como Skazi, Infected írem de ídolos à “chacotas”; presenciei o surgimento de tendas alternativas em um ambiente dominado pelo Full On; ouvi a imprensa divulgar notícias preconceituosas sobre o cenário e acompanhei o “boom” das raves.

Para mim esse ‘crescimento’ teve suas vantagens para o cenário como o surgimento de núcleos sérios e com isso abrindo uma concorrência em busca de se organizar “a melhor festa”, porém surgiram também núcleos formados por pessoas que vêem as festas apenas como uma possibilidade de ganhar dinheiro fácil. Esse boom também foi o responsável pela inclusão de pessoas que viram as raves apenas como um local ‘livre’ para o consumo de drogas, alguns inclusive se vangloriam em redes sociais por terem tomado ‘x’ doces e ‘y’ balas em uma só festa.

 

Atualmente as festas são realizadas em lugares diferentes, possuem diversos nomes, mas as fotos são sempre ‘iguais’. Se colocar minhas ultimas fotos lado a lado, sem alguma identificação de data, cidade ou festa eu mesmo não consigo dizer de qual evento é. As raves tornaram-se um lugar ideal para exibir aquela cueca da Calvin Klein, aqueles mililitros de silicone, o resultado de horas de academia e alguns segundos de aplicação de bomba, aquela fantasia do carnaval passado ou até mesmo aqueles passinhos ensaiados (rebolation, sensualiza). Posso dizer que hoje as festas foram tomadas por uma geração de jovens de muito dinheiro, pouca ideologia e nenhuma consciência.


Hoje em dia não temos mais o argumento de que as raves reúnem milhares de pessoas e não existem brigas, furtos ou coisas do gênero. As pessoas não se importam mais com as outras, antes se alguma pessoa estava sentada no chão era comum alguém parar e perguntar se estava tudo bem ou se queria alguma coisa, agora quando se senta no chão tem que tomar cuidado para não ser pisoteado.

Continuarei freqüentando algumas festas como a Tribal Tech que, na minha opinião, deu um passo importantíssimo, no ano passado quando incluiu um pouco mais de cultura em seus eventos; a Respect que atualmente considero uma das melhores festas, pela organização, line up e principalmente pela magia que ela passa para seu público. Não posso deixar de mencionar os festivais, sejam de três ou sete dias, sejam em São Paulo, Bahia ou Portugal, mas que só quem já esteve em um para entender o que se sente lá dentro.

Gostaria de agradecer a todas as pessoas que conheci durante esses anos – não vou citar nomes, pois com certeza esquecerei alguns – aos núcleos No Limits, Kaballah, T2 por todo o apoio concedido e lógico não poderia de esquecer um vai tomar no ## para todos os “pseudotrancers” que conseguiram fo#d## de vez com essa magia que envolve o cenário.

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Religião: solução ou desculpa

Até que ponto a religião pode servir de pretexto de perseguição e/ou preconceito? Há anos vemos Palestinos e israelenses guerreando por uma "Terra Santa"; atentados são feitos em nome de Deus, Alá... Pessoas, Estados e instituições utilizam o nome de sua fé apenas para seu próprio benefício, acusam outras culturas - sem muitas vezes a conhecerem - e quando são criticadas se dizem vítimas de perseguição religiosa.

No ultimo domingo a Rede Record exibiu em seu programa Domingo Espetacular a matéria "Preconceito religioso nas páginas de O Globo" (veja abaixo). Na qual acusava duramente o jornal carioca por matérias vinculadas sobre o "Dia D". O evento, organizado pela Igreja Universal no dia 21 de abril na cidade do Rio de Janeiro reuniu mais de um milhão de pessoas e causou um verdadeiro caos em grande parte da cidade maravilhosa.

Ônibus tomaram conta das ruas, impedindo que moradores saíssem ou chegassem em suas casas, além do trânsito o evento deixou uma enorme quantidade de lixo nas areias das praias. A organização do evento se defende dizendo que a prefeitura sabia do tamanho do evento, a prefeitura por sua vez afirma que foi anunciado um público de 100 mil pessoas. O que o jornal fez foi mostrar esse caos em suas páginas, a emissora presidida pelo bispo Edir Macedo (dono também da Igreja Universal) se sentiu ofendida e perseguida com algumas palavras e fotos utilizadas nas matérias.

Enquanto assistia a matéria me lembrava de quantas reportagens essa mesma emissora exibiu sobre as festas raves, quantas pessoas elas acusaram de serem usuários de drogas e outras tantas se sentiram vítimas de preconceito apenas por amarem as batidas eletrônicas e sua cultura. Mas quando não se possue uma "religião" para se apoiar fica difícil de se defender.

Será que o Sr. Edir Macedo e outros lideres da emissora pensaram no termo preconceito quando autorizaram a veiculação da reportagem abaixo?

Imagens de adolescentes usando drogas em raves impressionam
Repórter Record publicado em 10/11/2009
Os jovens vão às festas raves para usar drogas. As imagens dos adolescentes tendo alucionações, causadas pelas drogas impressionam.


Há tempos a cultura eletrônica é vitima de perseguição por parte dos "imparciais" jornalistas da emissora paulista. Quem não se lembra da matéria exibida em 2005 na qual apenas um off e cenas pejorativas ilustravam a matéria. Nenhum dos organizadores ou freqüentador foi ouvido (engraçado que essa foi um outro ponto levantado pela record contra o Globo), simplesmente transformaram todas as pessoas em drogados e exibiram a matéria em seu horário nobre

Quando se está "amparado" por uma religião fica fácil de organizar mega eventos, se defender de acusações ou até mesmo enriquecer. Afinal qual político, juiz ou delegado seria capaz de desafiar, correr o risco de perder milhões de votos na próxima eleição, ser chamado de ateu e ser acusado de preconceito religioso. Agora embargar festas de música com batidas repetitivas é fácil, afinal todos os presentes são drogados, a sociedade com certeza irá aprovar.

Será que um dia esses “lideres” religiosos sentirão vergonha na cara e vão parar de usar a religião como desculpa pelas suas atitudes erradas? Como minha mãe diz “o macaco nunca olha o próprio rabo”.

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