quinta-feira, 30 de abril de 2009

Direito de resposta: autor de “Festa Infinita” rebate acusações

No último dia 24 de abril, o Psyte publicou uma resenha da jornalista e produtora cultural Milene Sodré, que critica o livro “Festa Infinita – o entorpecente mundo das raves” e acusa do autor de supostas distorções em algumas transcrições das entrevistas. Como direito de resposta, postamos abaixo a réplica de Tomás Chiaverini, autor do livro.

Muito tem se falado, no meio eletrônico, sobre o livro “Festa Infinita”, que acabo de lançar. A maioria das críticas tem sido positiva, mas mesmo quando há comentários negativos, tenho os recebido em silêncio. Todos têm o direito de omitir suas opiniões livremente. Vez ou outra, contudo, os críticos exageram, chegando a disseminar boatos e fatos inverídicos. É esse o caso da resenha de Milene Sodré, e é neste caso que me sinto na obrigação de responder. Vou responder em tópicos apenas às afirmações que me parecem mais ofensivas e descabidas. Vamos a elas.

1) Milene Sodré, que é jornalista formada em uma das melhores universidades do país, não se deu ao trabalho de ler o livro inteiro antes de escrever sua resenha. Acho isso uma afronta ao meu trabalho.

2) Eu realmente publiquei um diálogo sem autorização dela, como apontado no texto. Acontece que, seguindo a ética jornalística para ocasiões deste tipo, não a identifiquei no texto. Repito, seu nome não aparece no texto.

3) O grupo Fuck for Forest, cujos integrantes têm o nome citado, concordaram em ser retratados no livro.

4) Eu tinha autorização dos produtores do festival para cobrir o evento e retratar todos os seus detalhes, desde que preservando o direito de privacidade dos participantes, como foi feito no caso de Milene Sodré, até que ela resolveu se identificar na própria resenha.

5) A conversa foi transcrita exatamente como aconteceu.

6) Surpreende-me muito o fato de uma jornalista formada na UnB desconhecer formas de jornalismo imersivo em que autores vão a fundo e buscam sentir experiências na própria pele para melhor transmitir uma realidade a seus leitores. Imagino, portanto, que ela nunca tenha ouvido falar de “novo jornalismo” ou de “jornalismo literário”. Imagino que ela deva desconhecer figuras icônicas do jornalismo mundial, como Gunter Wallraf (jornalista alemão que se disfarçou de turco para mostrar a condição dos imigrantes na Alemanha), ou de Gay Talese (que chegou a frequentar casas de massagem para escrever sobre costumes sexuais nos EUA, e que estará na Flip deste ano).

7) É humanamente impossível para qualquer jornalista cobrir todos as facetas de um assunto. Escolhi ir de ônibus ao Trancendece, porque assim retrataria um grupo de ravers. Infelizmente, não tive condições de ir também de carro.

8 ) Milene Sodré diz que nenhum produtor de rave me conhece, o que é uma grande besteira. Conheço muitos produtores, a maioria dos grandes de São Paulo e alguns de outros estados. Seus chefes, por exemplo, me conhecem bem, pois os entrevistei diversas vezes

9) Não recolhi informações de forma sorrateira, e sim investigativa. Todas as pessoas que tiveram o nome retratado no livro concordaram com isso e sabiam estar diante de um repórter.

10) Meu trabalho não se enquadra no jornalismo marrom, não é sensacionalista, e muito menos superficial. Passei um ano estudando o mesmo assunto e entrevistei quase 100 pessoas.

Para quem quiser uma resenha séria do livro, feita por um jornalista imparcial e competente, recomendo o blog do Mauro Ferreira

Por: Marcelo Fontenele - Psyte

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terça-feira, 28 de abril de 2009

Depeche Mode lança documentário

The Dark Progression está previsto para sair em junho

Em 2009, parece que o Depeche Mode está por toda parte e cobrindo todas as mídias e segmentos: lançou seu 12º álbum, Sounds of the Universe, junto com a turnê mundial, Touring the Universe, o single e o clipe de "Wrong", e, agora, a banda ataca mais uma vez com o documentário que traça sua trajetória, desde os grandes sucessos até os problemas com drogas.

The Dark Progression está previsto para sair dia 16 de junho em DVD. O documentário traz entrevistas com todos os membros da banda, amigos, colaboradores e os produtores Gareth Jones, Dave Bascombe, Phil Legg, Steve Lyon, Gary Numan, Thomas Dolby e muitos outros. Também estão presentes cenas raras da banda ao vivo, nos bastidores, em estúdio e imagens de videoclipes.

Por: Flavinha Campos - Skolbeats

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Na Europa, um terço quer mais techno e minimal nas festas

De olho no início dos festivais de verão na Europa, a Revista Mushroom publicou uma matéria que diz respeito a todos que não conseguem viver sem as festas ao ar livre, com muita música eletrônica e contato com a natureza. O que mais contribui para que uma festa open air fique para sempre na lembrança?

Com maior participação do público europeu, principalmente dos alemães, a enquete online revelou que cerca de 70% consideram o line-up o principal fator para que uma festa os conquistem. Por outro lado, 50% disseram que celebrar os bons momentos ao lado dos amigos é fundamental, assim como o fator climático.

Enquanto apenas a minoria quer mais de dois palcos em uma open air, 66% exigem que eles garantam variedade musical, ou seja, diferentes vertentes na mesma festa. Um terço das pessoas gostaria de ouvir mais techno, minimal, chill out, reggae e dub, além de mais lives p.a.

E se por um lado metade dos participantes de opens airs prefere eventos com mais de mil pessoas, outros 25% consideram que o ideal para uma festa é ser pequena e familiar, enquanto o restante (25%) "louvam" as festas muito cheias.

Apenas uma em cada três pessoas disse que o preço do convite da festa tem grande influência na diversão.

Por: Marcelo Fontenele - Psyte

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(entrevista) Booka Shade

Eles já foram capa de conceituadas publicações como as revistas DJ Mag (UK) e Raveline (ALE). Atualmente são conhecidos por fazer um dos melhores LIVES do mundo. Walter Merziger e Arno Kammermeier, os homens do BOOKA SHADE e do prestigiado selo Get Physical, atingiram o topo do sucesso em 2005, com os aclamados singles “Body Language” e “Mandarine Girl”.

Recém chegados de uma bem-sucedida turnê pelos Estados Unidos, eles falaram com a gente, pouco antes de vir ao Brasil, para a apresentação no formato DJ Set na XXXPERIENCE CURITIBA, dia 23 de maio.

Vocês costumam usar o termo “cinematic” para definir o estilo de som de vocês. O que devemos entender por “cinematic”?
“Cinematic” se refere a um lado do Booka Shade que ama videoclipes e as músicas mais “de lua”. Depois de nosso último álbum [The Sun And The Neon Light] nós lançamos uma compilação chamada “Cinematic Shades” no iTunes, que trazia músicas mais calmas dos nossos três primeiros álbuns, incluindo um maravilhoso remix de Trentemoller. Mas atualmente nós estamos mais concentrados em nossos live shows energéticos. E, obviamente, quando nós tocamos como DJs, precisa ter muita energia circulando!

Com três álbuns autorais lançados e uma reputação mundial invejável, qual é o futuro da carreira do Booka Shade?
Nós acabamos de voltar de uma longa e bem-sucedida turnê pelos Estados Unidos e agora estamos preparando o LIVE que faremos nos festivais de verão europeus. Além disso, já começamos a trabalhar no novo álbum, que será lançado no início de 2010, seguido então de outra turnê mundial.

Vocês fundaram a Get Physical juntamente com DJ T e M.A.N.D.Y., correto? Quais eram os anseios musicais na época de abertura do selo e como vocês se viram pra administrá-lo atualmente, já que todos os envolvidos são ocupadíssimos para cuidar de suas próprias carreiras?
Nós não esperávamos nada na época. Não houve um grande plano. Quando começamos com o selo, foi como um parque de diversão pra todos nós. Nós só queríamos lançar nossas próprias músicas, faixas que não sabíamos por qual selo lançar, pois nenhum selo promovia o tipo de som que tínhamos em mente. E de repente surgiu “Freemind”, do DJ T, junto com outros tunes, sendo uma prévia para o que viria a ser chamado de electro-house mais tarde. É ótimo sentir que você tem pleno controle sobre o seu negócio. Acredito que é uma ótima época para selos independentes.

Vocês devem receber uma quantidade considerável de faixas por dia... Que artistas novos vocês apontariam como revelação, alguém que vocês estejam sondando para eventuais releases pela Get Physical e que seja presença certa no set de vocês?
Ele não está na Get Physical, mas há um novo garoto da Alemanha chamado Stimming. Procurem-no! Ele é realmente bom!

Vocês farão DJ set na XXXPERIENCE CURITIBA. Vocês podem adiantar algo sobre a apresentação em termos de tracklist?
Não temos um setlist pré-programado, mas nós tocamos muitos edits especiais da house e do techno, tunes dos últimos 20 anos. E como se trata de um set para um festival, então será bem energético, música pra cima! Nós temos muitas faixas ainda não lançadas (e portanto exclusivas) do Booka Shade e de outros artistas que iremos tocar.

Que lembranças vocês têm do Brasil?
Nós amamos o país! Pessoas amáveis, comida e caipirinha muito boa! Até agora nós vínhamos fazendo sempre LIVE e é bom ver que toda vez mais e mais pessoas vieram para o show. Dessa vez, estamos muito excitados pra trazer a vocês o nosso DJ Set. Mas estamos tristes porque, mais uma vez, nossos horários de viagens não nos deixarão visitar o Amazonas. Queremos ficar por muito tempo aí...

Como está a agenda de vocês? Em que festivais vocês têm tocado ou irão tocar?
Nós iremos tocar em alguns dos principais festivais pela Europa neste verão, mas hoje em dia não tocamos tanto quanto nos anos anteriores, porque preparamos uma “concert tour” para o início de 2010, para promover o lançamento do novo álbum. Nos vemos em maio!

Mais
www.bookashade.com
www.myspace.com/getbookashade
www.xxxperience.com.br

Por: Bruna Armani - Grupo No Limits

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Tribe suspende obrigatoriedade de 1kg de alimento

Informamos que a entrega obrigatória de 1 kg de alimento nos eventos do núcleo TRIBE está suspensa a partir da TRIBE MOON em 16.05.2009. O ingresso dos eventos agora passará a ser válido sem a necessidade do alimento ou do ticket-social na porta.

Entretanto, o projeto social "Tribe em Ação", que teve início em 2006, não para por aqui. As relevantes ações que o projeto tem desenvolvido junto à Rede em Ação, em São Paulo, Sorocaba, Pirapora do Bom Jesus, Itu e nas demais capitais por ande a festa tem passado, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, continuarão a ser sustentadas através da Cortesia Social e também, através das doações voluntárias do público, na tenda de arrecadações do projeto na entrada dos eventos.

Para todas aquelas pessoas que puderem e desejarem continuar contribuindo, fica aqui o nosso apelo para que não parem de ajudar, para que tragam o alimento para a festa.

Agradecemos de coração ao público da Tribe, que tornou possível toda a ajuda prestada a esses inúmeros projetos sociais. Esperamos que a semente da consciência plantada ao longo destes 3 anos de Tribe em Ação possa trazer como fruto a vontade de participar de forma voluntária e um maior interesse das pessoas pela questão social em nosso país.  

Comunicaremos, a cada evento, como será o processo de doações, e as novidades que virão para incrementar ainda mais as nossas ações em prol do 3º setor.

Fique ligado e participe!

Por: Bruna Armani - Grupo No Limits

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

DJs e Live P.A.´s burlam cidadania e leis brasileiras

Em  tempos de popularização da profissão de DJ, alguns deles (e nada profissionais) estão usando de muita má fé no mercado brasileiro.

Muitos DJs (e Live P.A´s) internacionais que desembarcam no Brasil para apresentações por aqui estão não possuem os devidos vistos de trabalho para exercer legalmente a profissão em território brasileiro.  Isto já não é novidade neste mercado expansivo. Em casos muito recentes, artistas brasileiros com cidadania estrangeira ficam a dar “carteiradas” na cara de outros conterrâneos ( além de promoters e donos de casas noturnas) dizendo que são artistas estrangeiros, quando na verdade possuem dupla cidadania.

Além do dano moral, há dois lados negativos: primeiro o de usar o termo “Internacional” para se auto-promover e tirar larga vantagem em termos de cachês -  e mesmo frente aos concorrentes locais -,  bem como o crime mais grave de usar da cidadania  estrangeira para exercer a profissão, receber o pagamento das apresentações e não recolher os devidos impostos  ao governo brasileiro. Sim, como é obrigatório por lei o visto de trabalho para qualquer profissão exercida no Brasil por um estrangeiro, a sonegação é crime, caso o mesmo não esteja com o referido visto. Isto torna-se totalmente ilegal em nosso território. Outra infração não menos séria seria o fato de alegar que é totalmente cidadão estrangeiro, uma vez que possui dupla cidadania (esta é a mais nova modalidade dos “artistas malandros”), e transita em território nacional apenas com os documentos estrangeiros (passaporte e bilhete de identidade ou outros),  escondendo os documentos brasileiros.

Para um DJ  dito internacional, existem apenas duas opções; ou trabalha (leia-se: apresentar-se tocando) com o visto devidamente retirado nos postos consulares, cada país tem sua modalidade. Por exemplo: os DJs portugueses tem de retirar o visto de trabalho antes de embarcarem para o Brasil no Serviço de Fronteiras em Portugal, o SEF (no SEF www.sef.pt), ou ficarem - e residirem - no Brasil e requererem o RNE, que é o tal RG para todos os estrangeiros residentes no país. Com isso, podem trabalhar no país recolhendo impostos normalmente como cada cidadão brasileiro normal, processo que demora em torno de um ano, até que o deocumento seja emitido pela Polícia Federal brasileira. Caso não esteja enquadrado num destes casos, o artista está ilegal e sujeito a sanções previstas na lei brasileira, que vão desde o pagamento de multa e recolhimento de todos os impostos até mesmo a deportação.

Imagine um DJ “malandro” tocando em algum evento, e a fiscalização chega.  Qual é o resultado? Primeiramente o “artista” é convidado a se retirar do local, encerrando sua apresentação, prejudicando não só o público bem como o andamento da noite e de seus proprietários. Em alguns casos o evento fica totalmente comprometido, acarretando danos morais e financeiros aos promotores do evento.

Numa época em que a regulamentação da categoria está no senado brasileiro para votação afim de que seja reconhecida no Ministério do Trabalho, o SINDECS também deve exercer algum papel na fiscalização de farsantes que se dizem internacionais e que procuram burlar seus colegas de profissão bem como as leis.

A ordem deve ser mantida. Donos de clubes, promoters, festivais e até mesmo outros profissionais da área devem policiar os meliantes e denunciá-los às autoridades e outros profissionais do ramo. Afinal, os maiores lesados são todos estes citados, e se estes por ventura fecham seus olhos para o fato das questões jurídicas que envolvem o exercício da profissão DJ, estes também passam a colaborar com artistas desonestos, estando sujeitos também as leis.

A ordem é tirar o visto de trabalho de tais artistas quando forem contratar os mesmos, ou exigir os vistos destes. Caso os mesmos se negarem, fica claro que o “artista” está ludibriando as leis e as mentes de todos que trabaham neste universo de forma profissional.

Dúvidas sobre vistos de trabalho podem ser esclarecidas diretamente nos consulados de origem dos artistas e os critérios e tempo para retirada dos vistos variam de um para outro. É imprescindível que se promova apenas artistas devidamente documentados e autorizados. E se alguém duvida que a lei e outras pessoas estão de olho nestes acontecimentos, este que fique na dúvida. Quando menos se espera o mesmo pode ter uma surpresa.

Fonte: Fiberonline

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Kootech: mais eletrônico na blogosfera

Os amantes de música eletrônica podem contar com mais uma fonte de informação bem bacana, o blog Kootech

O blog Kootech foi criado pelos DJs campineiros Daniel Secco e Mikeda, que também são parte do projeto de música eletrônica de mesmo nome, no qual, juntos, produzem um som tech e progressive house desde 2006. Em seu blog, a dupla tem como objetivo informar as novas tendências da música eletrônica e manter os amigos, organizadores de eventos e outros produtores ao topo de tudo que acontece com o projeto musical Kootech.

Os assuntos dos posts variam, sempre focados principalmente em tecnologia de áudio, a especialidade do Kootech, que quer dizer "High Tech" em japonês (Koo = Alta + Tech = Tecnologia). A página pretende publicar também entrevistas com DJs e produtores no futuro. Quem quiser colaborar pode enviar sugestões de assuntos interessantes para o email djdanielsecco@gmail.com. O endereço é: www.kootechmusic.wordpress.com

+ info:
www.soundcloud.com/kootech
www.myspace.com/kootech

Por: Flavinha Campos - Skolbeats

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Fundador do Bestival lança livro sobre festivais

Rob Da Bank destrincha trajetória pelos festivais britânicos em livro ilustrado por sua esposa

Uma das figuras mais influentes da cena britânica, Rob Da Bank começou suas atividades como promoter, em 95, no comando da noite semanal Sunday Best, em Battersea, Londres. Logo se tornou um dos mais respeitados organizadores de festivais com seu Bestival, criado em 2004, que faturou três vezes o prêmio de Melhor Festival de Médio Porte pelo UK Festival Awards (2005, 2006, 2007).

O aconchegante festival não é tão grande quanto o Glastonbury, porém recebe o mesmo carinho e prestígio de seus frequentadores. Rob também está à frente do selo Sunday Best Records, que já lançou nomes como Groove Armada, e faz um "bico" como DJ na BBC Radio1.

Seu livro, A-Z of Festival, surgiu como uma celebração pessoal da música e dos festivais, que já podem ser considerados uma parte intrínseca do verão britânico. O livro comenta diversos eventos não só da Inglaterra, mas discorre sobre desde Glastonbury a Coachella, de Paul McCartney a Ozzy Osbourne, do BBC Radio One ao Woodstock, fechando com uma carta pessoal para os organizadores deste último.

Rob escreve seu relato com o know how do assunto, já que pensa em festivais 365 dias por ano, 12 horas por dia. As ilustrações, divertidas e excêntricas, são de autoria de sua querida Josie Banks.

Por: Flavinha Campos - Skolbeats

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sábado, 25 de abril de 2009

Eric Prydz e seu piano

Ah, e não estávamos nós aqui outro dia jogando conversa fora sobre hip house, euro house e outros gêneros que recebem olhadas tortas dos guardiões do "cool" e "hype"?

Eis que Eric Prydz, um homem que não se acanha nem em fazer versão electro-house de Pink Floyd, entra em cena meio que para assinar embaixo de tudo.

Já ouviu o novo single do seu projeto Pryda? Tem uma faixa (ótima) chamada "Lift" que no ato me lembrou de um daqueles houses festivos dos anos 90. Mais exatamente, do hitaço (na Europa pelo menos; a mim, particularmente, lembra after hours de domingo à tarde em Londres) de 96 do Ken Doh. Raras vezes pianos voaram tão perto das nuvens como nessa faixa.

Pryda - Lift

Por: Camilo Rocha - rraurl

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

"Eles são muitos, mas não sabem voar"

Milene Sodré critica Tomás Chiaverini, autor do livro Festa Infinita. A jornalista afirma no texto "Eles são muitos, mas não sabem voar" que houve distorções em seus diálogos publicados no livro.

"Em uma entrevista do autor para um site de cultura eletrônica a chamada da matéria dizia que Tomás era um bom jornalista, daqueles que vai a fundo nas histórias, e que para fazer Festa Infinita tinha até passado 30 horas num ônibus para conhecer os ravers, 20 dias acompanhando de perto a produção de um festival e, pasmem, tomado ecstasy. Depois disso desisti de vez do livro e entrevistas a respeito."

Eles são muitos, mas não sabem voar

Foi lançado recentemente, pela editora Ediouro, o livro Festa Infinita, o entorpecente mundo das raves, de Tomás Chiaverini. Logo de cara pensei “lá vem mais uma daquelas publicações falando sobre drogas”. Mas o que viria a seguir era pior do que apenas mais uma matéria falando do mesmo tópico de sempre.

O falatório na internet entorno do assunto era tanto que resolvi dar uma olhada em alguns trechos do livro e entrevistas a respeito. Ironia do destino, ou não, deparei de primeira com a tradução de uma conversa minha com Tommy, um dos integrantes de um grupo estrangeiro de sexo explícito, o Fuck For Forest, contratados para um show, em ambiente fechado e restrito para maiores, em uma festa de arte e cultura alternativa, que acontece já há alguns anos na calorosa Bahia.

O jovem escritor começa a transcrição da conversa, analisada e publicada sem autorização, da seguinte forma: “a produtora, com seu inglês abrasileirado (...)”, e mais adiante continua: “Tommy, com seu inglês perfeito (...)”. Ora bolas, o que tem haver se meu inglês tem sotaque ou não, o que importa é que a comunicação seja estabelecida entre ambas as partes, fato que sempre ocorreu nas minhas conversas informais, viagens e trabalhos. Tommy fala inglês fluentemente porque nasceu e cresceu na Europa, ele é o típico viajante, era o mínimo a se esperar, por isso não entendi a necessidade da comparação do autor. A princípio achei um tanto quanto preconceituoso, mas relevei.

A história no livro prossegue, deixo passar mais uma ou duas coisinhas que me parecem estranhas até que chega “o grand finale” onde, catastroficamente, o autor traduz uma idéia minha ao Tommy da seguinte forma: “as pessoas da região são pobres, não tem nem o que comer, como você espera que elas entendam o amor?” Meu Deus! Tudo bem que meu inglês não seja incrível como de Tommy, mas não saber a diferença entre amor e sexo seria demais. Hoje, no Brasil, até uma criança sabe a diferença entre LOVE e SEX. E, de fato, o que disse é que a comunidade local não entenderia free sex (sexo livre).

Passei 15 dias com o grupo antes do show, fora as horas de leitura e pesquisa prévia na internet sobre o trabalho deles, estava cansada de saber que o lance não era fazer amor e sim sexo explícito mesmo, sexo livre, com todo e qualquer um que se dispusesse a participar, tudo em prol da natureza, até por isso eles se definem como um grupo de eco porn (pornô ecológico). Que transcrição infeliz essa. Sem autorização para entrevista, muito menos para publicação, além da falta de fidelidade com as palavras.

Outras pessoas citadas no livro, profissionais respeitados, que trabalham há anos na cena, que geram emprego e renda para centenas de pessoas em seus encontros, me relataram o mesmo problema. O livro é uma festa infinita de transcrições distorcidas e palavras não autorizadas à publicação.

Em uma entrevista do autor para um site de cultura eletrônica a chamada da matéria dizia que Tomás era um bom jornalista, daqueles que vai a fundo nas histórias, e que para fazer Festa Infinita tinha até passado 30 horas num ônibus para conhecer os ravers, 20 dias acompanhando de perto a produção de um festival e, pasmem, tomado ecstasy. Depois disso desisti de vez do livro e entrevistas a respeito.

Para mim é evidente a irrelevância da publicação e imaturidade do autor, tanto pessoal quanto profissional. Falo isso com a qualidade de quem viu de perto o trabalho de Tomás e também como profissional de jornalismo. Não conheço, nem nunca ouvi falar, uma única escola de jornalismo no mundo que ensine a seus alunos que para ser um bom profissional, sério e competente, o jornalista precise viver o que vivem seus entrevistados. Se fosse assim seria essa a profissão mais injusta de todas, um verdadeiro terror.

Imaginem pelo que passaria o pobre jornalista de guerra. Teria ele que atirar bombas e tomar tiros para compreender o tamanho do sofrimento na fronte? Pior, coitado daquele que fosse pautado para desvendar a prostituição nas ruas. Será que “o bom jornalista” precisaria mesmo partir libidinoso às ruas e vender prazeres sexuais para descobrir que ganhar a vida com o corpinho não é nada mole? Claro que não.

Ou seja, Tomás andou horas de ônibus para conhecer no máximo 40 participantes de uma festa que recebe 8 mil pessoas. Cadê a visão de quem foi de carro, de avião, de carona, de bike ou mesmo a pé (acreditem, tem gente que vai a pé). Passou 20 dias com a produção e não conheceu a fundo ninguém, pois até onde sei não tem um produtor da festa em questão que saiba, de fato, quem ele é. Recolheu informações sorrateiramente e ainda conseguiu distorce-las. E o pior (ou mais engraçado, já nem sei mais), tomou ecstasy porque quis. Jornal nenhum do mundo pediria ou o obrigaria seu funcionário a tomar algo para conceder maior veracidade à matéria.

O bom jornalista é aquele que fala com o maior número de pessoas possível a respeito do assunto, gente de diferentes ângulos de observação dentro do ocorrido e, principalmente, diferentes opiniões. Um balanço de todos os relatos captados conduz a linha da reportagem. Essa é a analise proporcional dos fatos que, junto a uma pesquisa prévia sobre o assunto, garante a riqueza da matéria.

Com tanta coisa pra contar mais uma vez a cena eletrônica é divulgada pela ótica das drogas, visão completamente parcial do todo. Logo na capa a referência “entorpecente mundo das raves”, e se isso não é referência eu não sei mais o que pode ser. Quem sabe não terá sido uma bad trip do autor?

Enfim o que quero mesmo é fazer um alerta a todos que curtem e trabalham sério na cena eletrônica. Cuidado! Movimentos de contracultura sempre foram prato cheio para mídia marrom, sensacionalista e superficial, que está aí só para chamar a tenção e ganhar dinheiro.

É preciso sim se divertir, fazer amigos, socializar. É principalmente para isso que as festas existem. Celebre sempre! Porém não se esqueçam que não somos mais cem cabeças na pista. Hoje somos milhares e é preciso se preservar.

Se abra com o seu amigo, com o amigo do seu amigo. Passou disso, até segunda ordem, seja apenas gentil. Tem muita gente estranha chegando de curioso na cena, gente que não sabe o valor do processo coletivo, a riqueza do trabalho em comunidade, gente pensando sempre em benefício próprio.

Em tristes episódios como esse, em que somos alvos do olhar raso dos outros, busco conforto na lembrança de artistas brilhantes como a banda Secos e Molhados que, mesmo em plena ditadura militar, não se calaram e ainda cantaram, em alto e bom som, “eles são muitos, mas não sabem voar".

(*) Milene é produtora cultural e jornalista formada pela Universidade de Brasília.

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Depeche Mode - Wrong

"A banda é a mais duradoura e bem sucedida que emergiu da era New Romantic e New Wave. Um dos grupos precursores do synth pop, o Depeche Mode é um dos maiores e mais importantes representantes da música eletrônica, ao lado de Pet Shop Boys, Erasure, New Order e Kraftwerk. Este movimento musical inglês no início dos anos 80 foi considerado como uma tentativa britânica de responder à influência dos alemães pioneiros da música eletrônica, o Kraftwerk, cujo som e imagem eram imitados por parte dessas bandas." (Wikipédia)

O single Wrong faz parte do novo CD Sounds Of The Universe lançado esse ano pela gravadora Mute Records.

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Revista DJ Mag anuncia os 100 melhores clubes

A revista inglesa DJ Mag anunciou a lista dos 100 melhores clubes do mundo. Entre os "brazucas" destaque para o D-edge (SP), Warung (SC) e Sirena (SP) que ficaram entre os 20 primeiros.
Confira a listagem.

1- Berghain(foto) - Berlim
2- Fabric - Londres
3- Space - Ibiza
4- Womb - Tóquio
5- Amnesia - Ibiza
6- Ministry of Sound - Londres
7- Pacha - Ibiza
8- Watergate - Berlim
9- D-edge - São Paulo
10- The End - Londres
11-Cocoon - Berlim
12- Guvernment - Toronto                                                             13- Zouk - Singapura                                                                         D-edge em São Paulo #TOP 10
14- Sub Club - Glasgow
15- Warung - Itajaí
16- Sankeys - Manchester
17- DC 10 - Ibiza
18-Plastic People - Londres
19-Sirena - Maresias
20- Digital - UK

Para ver a listagem completa acesse o site da revista.

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Show histórico do Nirvana no Reading Festival será lançado em DVD

Banda fez apresentação memorável no evento inglês em 1992. Lançamento pela gravadora Universal está previsto para novembro.

O lendário show do Nirvana no Reading Festival de 1992 será lançado em DVD. A gravadora Universal planeja colocá-lo nas lojas em novembro. O projeto, segundo o semanário musical “NME”, foi “oficialmente aprovado” pelos músicos remanescentes.

A performance da banda no evento inglês em 30 de agosto daquele ano é considerada histórica. No início de 1992, os integrantes do Nirvana viviam a glória pós-lançamento do álbum “Nevermind”: eram aclamados pela crítica e respeitados pela indústria.

Só que a pressão deixou o trio próximo do esgotamento. A banda decidiu então não fazer outra turnê pelos Estados Unidos para divulgar o álbum, e sim apenas algumas apresentações esporádicas. Dias após o nascimento de Frances Bean, filha do vocalista com Courtney Love, o Nirvana fez um dos melhores shows de sua carreira.

Em meio a rumores de que estaria doente e de que os músicos estavam prestes a se separar, Kurt Cobain (morto em abril de 1994) entrou no palco em uma cadeira de rodas, vestindo peruca e roupas de paciente de hospital. A brincadeira deu lugar a uma apresentação memorável, com direito a canções novas e antigas, que entrou para a antologia do rock.

Fonte: G1.com

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Raves: É proibido proibir?

Campinas, 21 de março. Milhares de pessoas se preparavam para aquela que seria a maior edição da Kaballah. Oito horas da noite, caravanas de todo o Brasil, rumo ao Pólo Marquesa, recebiam desolados a notícia: uma liminar da justiça proibiu a realização do evento. Motivo? Um vizinho (que não quer ser identificado) moveu um recurso, sob alegação de barulho. Renato Pavoni levou um prejuízo de R$ 85, “o que não é nada perto de quem vinha de longe, e perto do que os organizadores perderam. É preciso analisar, que nesse caso, prevaleceu a vontade de apenas uma pessoa, que ganhou [o recurso] porque tinha dinheiro”.

Dezembro de 2008, Guapimirim - RJ. Prefeito Nelson do Posto proíbe realização da Organix. Motivos: “Neste tipo de evento ocorre excesso de consumo de drogas, além de alto índice de vandalismo após o término das festas, com quebradeiras e brigas generalizadas”. Nota da organização: “Somos vítimas de preconceito e discriminação partindo de todas as partes”.

Jaguariúna, 25 de agosto de 2008, festa SOMA cancelada. Duas semanas antes, toda a papelada pronta, o prefeito Tancísio Cleto Chiavegato sanciona a lei Nº 1.817 que “proíbe, no âmbito do Município de Jaguariúna, a realização de eventos e festas de atividades dançantes conhecidas como Festas ‘Rave’ e semelhantes”. E mesmo com o AVCB do Corpo de Bombeiros em mãos, atestando a segurança da festa, não teve jeito...

Prefeitura de Cabreúva nega alvará para realização da PsyArena. Alegações: “festas raves” são mal vistas no cenário nacional e recentemente ocorrera uma morte numa rave grande da região. Por prevenção, não liberaram.

Já há algum tempo essas histórias têm ecoado alto, de norte a sul do país. Mas o que esses e muitos outros casos semelhantes querem dizer? A verdade é que quando não se consegue proibir por leis, autoridades têm conseguido ações judiciais que impedem a realização de uma - e quantas mais forem necessárias – festa. A tendência pegou principalmente nos últimos três anos, depois do boom da música eletrônica. Foi com a popularização das raves que os problemas judiciais começaram a aparecer, assim como as ocorrências dentro delas. Quando eram pequenas e escassas, poucos se importavam, mas bastaram sair dos cafundós e adentrar nos domicílios, para serem cutucadas.

A questão é que fatos como mortes, roubos, brigas e reclamações de vizinhos por barulho, por mais esporádicos que sejam, são motivos para um alvará negado. Mas será que as avaliações têm sido feitas com justiça? Onde começa o direito de um, onde termina o do outro? São posições que esbarram em argumentos do tipo: “não existem brigas em raves”, “as festas são da paz”, “não há mais uso de drogas do que em outros eventos”... Essas afirmações se respaldam na percepção de que em carnaval e outras festividades, acontece tudo aquilo e mais um pouco. É sabido que em micaretas e muitos outros eventos, todos consomem bebidas alcoólicas muito além do normal, acarretando em mortes e acidentes, e mesmo assim, elas são toleradas. Também não é possível dizer com precisão em que locais as drogas são mais usadas, pois as estatísticas no Brasil ainda estão sendo mapeadas. Mas então... Por que tanta perseguição aos eventos de música eletrônica? Seria censura? Preconceito? Precaução? Mas... proibir esse tipo de festa, que é uma manifestação cultural, seria uma boa precaução?

Essa questão envolve posicionamentos ideológicos, criminais, judiciais, culturais, sociológicos e até mesmo constitucionais, já que o Artigo 215 do texto constitucional da cultura diz que “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.

Longa Discussão
Muitos países já tentaram proibir. Londres ficou famosa, na década de 90, quando o parlamento aprovou leis anti-raves, e as squats – raves escondidas - se proliferaram. Na mesma época, Los Angeles proibiu. Hoje, alguns eventos sofrem repressão pela polícia na Itália e na França, e Portugal teve o território do último Boom invadido, com o objetivo de acharem entorpecentes no local, que pudessem cancelar o festival. Nada foi encontrado. Ibiza foi surpreendida ano passado com uma lei que proíbe festas durante um período do dia. Segundo alguns tablóides locais, isso poderia acarretar em festas escondidas - a exemplo de Londres -, pois a lei descaracteriza a proposta de uma rave.

Brasil
No Brasil o primeiro Estado a conseguir extinguir as festas de música eletrônica foi Santa Catarina. Em 2003, o delegado Cláudio Monteiro, da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina, afirmou que não seria uma lei ou uma portaria que acabaria com o consumo de drogas, uma vez que este já é proibido. Em Curitiba, onde a proibição já foi amplamente discutida, o secretário Antidrogas Fernando Francisquini declarou: "Em Santa Catarina, uma lei proíbe as festas raves. Mesmo assim elas acontecem e sem qualquer fiscalização. Apesar da proibição, o tráfico de drogas é maior do que no Paraná, onde é liberado". Na ocasião, ele se disse a favor da regulamentação das festas, já que a proibição não surtiria efeitos.

Em 2007, o vereador José Elias Murad (PSDB) criou o projeto de lei 1.543, proibindo “no âmbito da cidade de Belo Horizonte a realização de eventos de música eletrônica, chamadas ‘raves’ ou assemelhadas”. Na justificativa, o texto afirmava que “este tipo de evento, que em muitos casos pode alcançar mais de 24 horas, tornou-se um terreno fértil de distribuição e consumo de vários tipos de drogas, principalmente aquelas chamadas ‘sintéticas’, como o ecstasy”. O projeto não conseguiu ser votado até o término do ano, e foi reapresentado para votação em 2009. Em compensação, no mesmo ano, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) tentou proibir em âmbito estadual as festas em Minas Gerais, mas não conseguiu aprovação do projeto, que foi modificado para a regulamentação de eventos de música eletrônica, bailes funks e similares em todo o estado. O deputado Hely Tanquinho (PV), em parecer, disse que a proibição fere o princípio constitucional da liberdade individual.

Travando uma luta sem fim, o Rio de Janeiro tenta, desde 2003, a proibição por leis. Na capital, o vereador Theo Silva tentou. Ele afirmou, na justificativa, que assim como em bailes funks, nas raves "traficantes contratam os artistas para cantar e vender drogas para os freqüentadores". O projeto de lei foi arquivado pela não reeleição do parlamentar, mas em compensação, a criação de uma lei estadual que proíbe bailes funks e raves com mais de 12h de duração, pelo deputado estadual Álvaro Lins, e sancionada pelo governador Sérgio Cabral, atiçou a fúria de muita gente, que considerou a lei preconceituosa, já que ela não trata de eventos em geral, mas somente de dois estilos musicais. A lei teria dado respaldo à Polícia Militar, para impedir a virada do ano eletrônica em Ipanema. Um laudo policial apontou falta de segurança e a associação de moradores fez abaixo-assinado. Na ocasião, Marcelinho CIC, um dos DJs que tocaria no revéillon, chegou a declarar: "Nossos jovens terão que ouvir samba e axé, por que afinal isso pode. Lamentável". É que as alegações de que os palcos de música eletrônica trariam multidões causando brigas, violência e desordem, foram criticadas por parte da comunidade, que não entendeu a diferença entre um evento com música eletrônica e um evento com pagode, samba, axé. É difícil mesmo de compreender.

Quando não são vizinhos, a Igreja Evangélica faz força: Em Alto Paraíso, Goiás, ela pressionou tanto que a Câmara dos Vereadores quase aprovou uma lei de proibição, vetada pelo prefeito por ser inconstitucional. Ano passado, na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, um vereador quis proibir totalmente qualquer tipo de evento de música eletrônica. Recebeu críticas, inclusive do vereador Netinho, que pediu vistas ao projeto sob a seguinte alegação: “Isso é muito sério. Há eventos semelhantes como carnaval e ano novo, onde todos bebem e fumam também”. De acordo com o assessor jurídico da casa, André Domingos, o projeto é inconstitucional: “Ele fere o artigo 5º que afirma todos serem iguais perante a lei e também o inciso 8º que garante ninguém ser privado de seus direitos. O correto não é impedir a realização deste tipo de evento, mas sim regulamentar. Deve-se exigir a presença da PM, do Conselho Tutelar, de ambulância e médicos e também a fiscalização de instalações elétricas, arquibancadas e infra-estrutura em geral”.

No Estado de São Paulo, o deputado Estadual Fernando Capez (PSDB), através do Projeto de Lei Estadual 1.388/07, que visa a regulamentação das festas de música eletrônica no estado, levantou discussão fervorosa entre a comunidade. O Psyte promoveu um debate entre internautas e o parlamentar, no qual Capez afirmou nunca ter ido a uma rave, mas ter “conhecimento do que ocorre nesses eventos”. O Projeto ainda não foi votado. Em Campinas, o vereador Zé Carlos (PDT) também ainda não conseguiu aprovar seu projeto de lei, mas a cidade dificulta cada vez mais os eventos, e vizinhas da Região Metropolitana, como Pedreira, também estão tomando suas providências, pois afirmam não ter estrutura para receber tais festas. Algumas justificativas são vagas, como a do vereador Flávio Ferraz Avezum: “Temos informações de que nas ‘raves’ ocorrem envolvimento dos participantes com o consumo de drogas, principalmente o ‘ecstasy’ e com a promiscuidade”. Para essa argumentação, a estudante Camila Favanella responde: “Ecstasy ninguém nega! Mas promiscuidade? Esses vereadores deveriam se informar melhor antes de saírem por aí criando leis!”. Quem vai em rave sabe: dizer que são antros de sexo – assim como palco de brigas - é o mesmo que dizer que em carnaval ninguém se beija. Fatos isolados não deveriam ser tomados como gerais.

Mas... Censura em pleno século 21?
Pois é. Quando José Sarney assumiu a presidência em 1985, no lugar de Tancredo Neves, muita gente pensou estar enterrando a ditadura, e com ela a censura. Já fazem quase 25 anos e o brasileiro não espera viver aquelas repressões novamente. Acontece que, para muita gente, a música eletrônica vive hoje um momento crítico, em alguns casos de retaliação (por gente que não conhece, nunca foi, e simplesmente não gosta e quer proibir) e de injustiça. Não se trata de exagero. Basta olharmos os fatos e refletirmos. Há demagogia e argumentos preconceituosos e conservadores envolvidos. “Freqüento festas há 10 anos e sei que muita coisa do que falam é mero preconceito. Mentira. E das grandes. Para mim, a mídia ajuda a espalhar esses boatos”, afirma Rafael Salles, de Curitiba. Mas há também assuntos sérios que necessitam providências, em especial o uso de drogas.

O psicólogo Murilo Battisti, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, estuda drogas sintéticas, principalmente o ecstasy, e é contra a proibição das raves, pois, segundo ele, não resolve o problema das drogas: “Já foi feito na Inglaterra e é um exemplo claro de política pública que não dá certo. As raves têm participação no uso de drogas no mundo, pois sua proposta é um convite a uma experiência sensorial – tem a iluminação, a música, a decoração – e é nesse convite que o uso de drogas entra. Existe também uma postura química intensa, onde o jovem acredita se divertir mais com essa química. Mas em que momento ele parou para fazer esse tipo de reflexão? A ferida é mais embaixo. O desafio é grande, mas a solução passa possivelmente pelo respeito à diversidade, ou seja, focar em prevenção”.

Para Guilherme Sala, o DJ Feio, que está há mais de dez anos na cena, as drogas são um problema que está presente em todas as partes: “das favelas às altas esferas da sociedade mundial, então não seria uma desculpa plausível”. Já tem, inclusive, muita gente dizendo que, se para acabar com as drogas, é necessário proibir as raves, então para acabar com a violência dos estádios, seria necessário proibir os jogos de futebol! “Para mim, é um racismo à juventude brasileira e mundial, com relação à música eletrônica, mas nós, enquanto Xxxperience, temos um respeito muito grande pelos órgãos públicos, que sabem que absolutamente tudo o que é exigido, é cumprido”, completa.

Segundo a psicóloga Maria Valéria, na época em que o rock surgia com toda a sua força, havia algo semelhante: diziam que era música de louco, de drogado, que eram jovens baderneiros etc. “O novo assusta, e a força do jovem é geralmente repreendida e questionada”, explica. Murilo Battisti afirma que naquela época havia juízo moral, como ocorre hoje: “O rock surgiu como uma forma de protesto, portanto, essa história que estamos vendo, não é nova. Temos que parar e olhar para os processos históricos”.

Difícil proibir, e regulamentar?
A proibição é um fato em alguns lugares, mas em muitos outros, apenas tentativas frustradas. A alternativa para os políticos, então, é alterar o texto para a regulamentação. Solução, inclusive, aceita pela maioria dos organizadores de eventos, que veem como algo bom e necessário para a cena e para toda a comunidade. Mas a questão é: De que forma será feita essa regulamentação, sem que prejudique a essência e a proposta de uma rave? Sem que prejudique o mercado que emprega milhares de pessoas? Para isso, os empresários da cena gostariam de dialogar com os poderes públicos, e juntos encontrarem um consenso.

Rodrigo Picollo, que trabalha com gestão administrativa e organização de eventos, entende que regulamentar as raves é um passo importante, “porém o que se vê é um grande desconhecimento do que são essas festas, sua cultura, seu objetivo. Elas precisam ser regulamentadas sim, mas mantendo suas origens: festas em locais amplos e abertos, ao ar livre, prezando pela harmonia entre natureza e ser humano. Além disso são festas de longa duração, pois há várias vertentes na música eletrônica, e uma rotatividade do público”.

Ele e muitos outros organizadores procuram trabalhar em conjunto com a polícia, para inibir a entrada de substâncias psicoativas. Afirmam que o consumo de drogas em seus eventos reduz em até 20% a compra de produtos internamente, como bebidas e alimentos. Fernando de Oliveira, há sete anos trabalhando com eventos, diz que “o papel da polícia é inibir a ação daqueles que prejudicam a cena eletrônica, ou seja, os bandidos e traficantes. E o nosso é colaborar com as autoridades”.

Porém, as reclamações são no sentido de que as leis são autoritárias e não propõem o diálogo. A maioria das regulamentações atuais visam a enquadrar as raves nos parâmetros de festas já existentes, como uma boate em local fechado. Da forma como está sendo feita, sem debates, força por tabela, a extinção delas. “Não há, atualmente, políticos com ‘mente aberta’ para entender a cena, e em conjunto com os organizadores, formular regras que definam segurança, conforto e responsabilidade social”, afirma Rodrigo. O psicólogo Battisti, concorda que regulamentar não significa criar obstáculos para que ela exista: “Na Europa, os organizadores têm se mostrado extremamente colaboradores com as autoridades. Muita gente depende do segmento: garçons, promoters, empresários, faxineiros, DJs, organizadores, decoradores, e por aí vai... Eles vivem disso. Chegou a hora de criar condições para que a festa ocorra com segurança e priorizando a saúde”. Para se ter noção da complexidade que é organizar um evento desses, em uma festa como aquela Kaballah que foi cancelada, mais de 500 pessoas estavam envolvidas, além dos mais de 10 mil freqüentadores. Já uma edição especial da festa XXXperience, gera mais de mil empregos, e qualquer evento precisa cumprir uma baita burocracia e uma série de requisitos para acontecer.

Isso mostra que rave não é amadorismo. É profissionalismo. “É um movimento de repercussão global, de protesto, pois trás mensagens propondo mudanças, já que vivemos num mundo de violência urbana, e a cena eletrônica propõe o pacifismo; é a turma do ‘deixa disso’. Propõe uma atmosfera de inclusão, num mundo extremamente excludente. Ao mesmo tempo, é reflexo do mundo de hoje, com seu estilo de vida tecnológico, regido pela velocidade, com uma série de modismos, inseridos numa sociedade do consumo”, afirma Battisti. “Não podemos proibir rave e achar que ela vai sumir do mapa. É uma visão até ingênua”, completa. Ingênua e autoritária demais para um país que vive numa democracia. A solução mais urgente é a união entre autoridade e empresários da cena, para que sentem, discutam, dialoguem e cheguem às conclusões mais adequadas.

A sociedade pode perder muito com essa história. Mas também pode aprender. O rock continua vivo... E a música eletrônica? Só depende de cada um de nós a sua sobrevivência. Pois, abrir-se para o novo, também é se desenvolver.

Por: Gabriela Loschi - Psyte

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Armin Van Buuren terá sua vida retratada em livro

O holandês Armin Van Buuren, atual número #1 no ranking da DJ Mag, vai ganhar um livro contando sua história. Ao longo de um ano, o escritor e amigo Peter van Leeuwen viaja com Armin para transpor o cotidiano do DJ superstar.

Armin ainda planeja o seu show “Armin Only” de 2010, com uma estrutura de impressionar olhos e ouvidos - a exemplo do show atual que tem percorrido a Europa desde abril do ano passado. E mais, seu mais novo estúdio ficou pronto em fevereiro e de lá sairá um novo álbum, programado para o ano que vem, além das novas compilações, incluindo a famosa série “State Of Trance” e “Armada Ibiza”.

Não seria exagero cogitar uma possível permanência do artista no primeiro posto do top 100 da DJ Mag em 2009, o que o tornaria o tricampeão da polêmica parada.

Fonte: www.fiberonline.com.br

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Goa trance do "Filteria" em novo álbum

O projeto de Goa Trance Filteria acaba de lançar seu novo álbum chamado "Daze of Our Lives". Com um som acelerado, psicodélico e "old school", o grego Jannis Tzikas foi um dos destaques do festival Universo Paralello 2008/2009. Um CD imperdível para os amantes do bom e velho Goa Trance!

Filteria - Daze Of Our Lives
1. Filtertraces
2. The Big Blue
3. Wormhole
4. Eyeless Observatory
5. In the Heaven's Eye
6. Infinite Regression
7. Earthrise
8. Float away and disappear
Informações: www.filteria.com

Fonte: www.mushrootz.org

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Novos horizontes: O underground carioca da sinais de vida

De um lado o Rio de Janeiro é dominado por mega eventos de musica eletrônica, patrocinados por super empresas, conseguindo reunir de 3.000 a 20.000 pessoas em 12 horas de festa puramente comercial e recheada de atrações caríssimas, pra um público que pouco se importa com o que esta tocando, desde que esteja na moda ou figurando algum toplist por ai.

De outro temos eventos de médio porte, tentando vender atrações locais que não conseguem se desvencilhar do bairrismo, misturado com headlines internacionais, usando uma mídia muito semelhante à comercial de margarina ou sabão em pó, com pessoas pulando em meio a arco-íres e casinhas coloridas sobe um descampado verde, que sinceramente, é horrível e borrachudo, propaganda comprada pronta, tipo aqueles cd’s de cliparts que vendiam antigamente nas bancas de jornal acompanhados de uma revista de informática (flyer é arte, alguém lembra disso?). O público? Só Deus sabe, uma mistura que da até medo de tentar determinar antes de ser atacado e chamado de preconceituoso.

No fundo disso tudo, escondido em suas cavernas hitech, a tribo do “antigamente era melhor”, o povo que sobreviveu a lavagem cerebral do modismo graças aos i-pod’s, ferramenta fundamental onde o verdadeiro som ainda vibra forte e faz essa tribo ainda reviver (nem que seja em seus quartos) sensações antes compartilhadas em grupo em festões ao luar ou em baixo de um sol escaldante de Vargem Grande. Triste? Que nada, estava ai a receita pra construir o novo underground psicodélico da cena carioca.

Munidos de tecnologia e na velocidade da internet, festas e festivais secretos passaram a ser traçados e começam a pipocar pelos finais de semana. Podemos ser poucos, mas na hora de fazer barulho e juntar nossas forças a celebração atinge um pico de energia que instantaneamente os olhos voltam a brilhar, os corações esquecem os ritmos que podem ate não ser da preferência de alguns, mas vibra na mesma freqüência, com o mesmo gostinho de revival e com a mesma empolgação de descobridores diante de novos horizontes.

Uma das peças do quebra cabeça começou a se formar com o surgimento do coletivo de Djs Enlight, formado em 2007 com o objetivo de se tornar um núcleo de resistência underground dentro da musica eletrônica carioca. Cansados de festas comerciais, onde a preocupação com o público é pouca e a qualidade sonora é rara.

“O chamado vem sendo refeito há alguns meses, o público teve que ser testado, pra ver quantos ainda estão dispostos a entrar novamente no transe coletivo e acreditar na possibilidade de se criar novas ZAT’s psicodélicas (Zona Autônoma Temporária).”

Uma humilde amostra aconteceu em fevereiro, onde tivemos no Rio de Janeiro um mini festival colaborativo que serviu de base pra troca de vivencias, muita musica non stop e planos pro futuro próximo. E no ultimo dia 7 de março aconteceu a Enlight Label Party, uma festa um pouco mais aberta, com o objetivo de se recriar a atmosfera das extintas privates, que reuniu cerca de 200 pessoas em um sitio longíssimo, a 2 horas do Rio de Janeiro, ao som de Naked Turist (GER), Paula (FOP-SP), Deshi (FOP-SP) e os djs do coletivo Enlight.

Tanto o mini festival quanto a Enlight Label Party foram um sucesso. O público voltou ao espírito de coletividade, participando da construção da festa como local de celebração construído a varias mãos e pensamentos, onde não só o público interagia com respeito ao próximo, mas principalmente com a natureza, cuidando de seu próprio lixo, usando suas próprias canecas de plástico e porta bitucas de cigarro, que reduziram quase a zero a geração e permanência de lixo no dancefloor. Além disso, o intercambio com outras “cenas”, com o mesmo espírito de preservação de nossos valores ideológico, vem se fazendo presente e mais do que nunca necessário, demonstrando que a união pode, sim, restaurar nossos rumos enquanto movimento contra-cultural e despertar nova consciência e rumos. Os projetos de cunho social e solidário também estão sendo desenvolvido, com a ajuda do público não só doações, roupas, livros e alimentos, mas também dinheiro pra ser aplicado em ONGs que promovem a integração provendo educação.

Por todo canto e utilizando comunicação direcionada, surgem movimentações. Não desligue sua antena ou mude sua freqüência e junte-se a nos nessas novas e antigas celebrações.

Por: Roosevelt Soares
www.djroosevelt.blogspot.com
www.flickr.com/photos/jolia/sets

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Marcello V.O.R. e Daniel Marques lançam novo EP

Já está a venda "High Rollers", o novo EP feito pela dupla Marcello V.O.R. e Daniel Marques. O EP foi lançado pela gravadora alemã Timbee e em apenas 3 dias já entrou entre as 50 mais vendidas de techno do Beatport.

"High Rollers" conta com 2 tracks, a primeira se chama Barra Funda, uma homenagem ao tradicional bairro que hoje abriga algumas das melhores casas da noite brasileira. A track é claramente influenciada pelo Detroit techno, porém com uma pegada mais atual e já está estourando nas pistas de dança. Já a segunda música carrega o nome do EP – High Rollers, um pouco mais voltada para o techno e com os vocais do filme Rocknrolla. A track já vem sendo tocada por vários DJs, inclusive por Patrick la Funk que a tocou em suas últimas apresentações em Miami.

A parceria entre os dois DJs ficou famosa devido ao aclamado projeto 2HI, cujo som apresenta um psytrance sério, já tendo se apresentado nos principais festivais do Brasil e da Europa. Agora V.O.R. e Daniel entram em uma nova empreitada, produzindo tracks com BPMs reduzidos, mais voltadas para o tech-house e para o house. Para adquirir a track acesse o www.beatport.com

Fonte: Essential

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Rolling Stone dedica encarte especial à música eletrônica

Falar em “cena eletrônica” nos dias de hoje pode até soar datado, uma vez que a música eletrônica já assumiu seu posto de destaque na mídia mundial há uns bons anos e festas e festivais da tal “cena” muitas vezes atraem um público superior comparado ao reverso da moeda - “esse tal de rock & roll”. Por aqui, o que era encarado como uma “moda passageira” no final dos anos 80 - principalmente durante a formatação inicial da cena clubber - também deu frutos, cresceu, multiplicou-se e tornou-se uma realidade no cotidiano das metrópoles brasileiras.

Recorrendo ao ditado popular “antes tarde do que nunca”, a edição brasileira de abril da revista Rolling Stone incluiu uma edição especial sobre música eletrônica - Cena Eletrônica, com destaque para alguns dos protagonistas do cenário brasileiro. A presença da pequena revista de 35 páginas como um encarte é, por enquanto, um evento esporádico (mas muito bem-vindo!).

Além de matérias muito bacanas assinadas pelos jornalistas Claudia Assef e Marley Galvão, que remontam a evolução do fenômeno da música eletrônica desde os primórdios até os dias de hoje, em tempos de profissionalização de DJs e eventos que contam com mega-estruturas e lucros polpudos, protagonistas como Mau Mau, Pil Marques, Alex S, Glaucia ++ e Fabiano Zorzan (o Propulse) merecem o devido destaque e, ao falarem de suas próprias experiências, invariavelmente resgatam também alguns capítulos importantes da história da e-music no país.

Fonte: Fiberonline

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Paulo Coelho defende Pirate Bay e troca livre de arquivos

A troca livre de arquivos pela internet ganhou um defensor  famoso. O escritor brasileiro Paulo Coelho, que já vendeu 65 milhões de exemplares de livros como O Alquimista e O Vencedor Está Só, declarou total apoio ao site sueco de torrent Pirate Bay.

O Pirate Bay está prestes a ser julgado em seu país de origem por violação de leis de direitos autorais. O veredito sai nesta sexta-feira, 17/4.

Paulo Coelho chegou a se prontificar a ir à Suécia para dar uma força. “Eu até me ofereci para viajar a Suécia a fim de discutir o caso de conteúdos abertos, mas nunca tive resposta deles”.

O escritor, ex-parceiro musical de Raul Seixas, é usuário assíduo de BitTorrent e defende a abertura total na internet. "O compartilhamento faz parte da condição humana. Quem não divide o que tem com os outros não é só egoísta, mas amargo e sozinho", filosofou.

Em seu blog Pirate Coelho, o escritor disponibiliza versões PDF de seus livros em várias línguas para download gratuito.

Pirate Coelho

No blog ele também compara a pirataria virtual com a pirataria dos mares nos séculos 17 e 18. "A ideia de piratas como ladrões selvagens, cruéis, foi criada pelo governo britânico. Os piratas foram os primeiros a se rebelar contra a tirania dos capitães das marinhas real e mercante britânica. De posse de um navio, eles elegiam seu capitão e tomavam suas decisões coletivamente. Eles compartilhavam o butim [produto do roubo] igualitariamente. Eles até acolhiam escravos africanos e os tratavam como iguais."

Paulo Coelho acha que o compartilhamento de arquivos beneficia os artistas. "Eu acredito que quando um leitor tem acesso a alguns capítulos ele pode decidir por comprar o livro mais tarde", observou, acrescentando que as vendas "reais" de seus livros foram beneficiadas desde que foram disponibilizados na internet.

Fonte: Virgula

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

(set) DJ Mush


Um início de carreira brilhante, é o que pode explicar os passos de Alexandre Dias em sua busca por se tornar um dos grandes nomes da cena do psytrance nacional.

Desde cedo sendo convidado a se apresentar nos maiores eventos do gênero no país, Mushroom, como era conhecido inicialmente, sempre encarou a tarefa de se apresentar como uma oportunidade de crescimento, mostrando tranquilidade em sets completamente diferentes a cada apresentação.

A carreira de Dj evoluiu e despertou a admiração de nomes como Eskimo, Skazi, Xangaii e Dino Psaras, entre outros artistas que encabeçam a lista dos melhores do mundo.

Com uma passagem por Israel em 2007, Mush se cercou das melhores influências musicais e hoje apresenta o resultado de anos de desenvolvimento em sua primeira compilação, mostrando sua nova música, produzida em parceria com o projeto Paranormal Attack.

Mush-a-holic é um registro que chega perto do universo em que o dj imerge para criar uma a atmosfera perfeita que sintoniza cada beat de seu set com a vibração de um público eufórico por novos caminhos no entretenimento musical

Orbital 7 anos

Orbital 6 anos

DJ Set Track list
1) Gms - Something For Your Mind
2) Black & Whites - Fresh (Time Lock rmx)
3) Msi - Never Wanted to Dance (Paranormal Attack rmx)
4) Paranormal Attack vs Mush - Tell Me Why
5) Eskimo - He Doesn´t Love You
6) The Chemical Brothers - The Salmon Dance (Mush vs Void rmx)
7) SebastiAn - Killing in the Name of SebastiAn
Download Rapidshare

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Novo site oferece uma porção músicas bacanas de graça

Deixe de lado os P2Ps e os blogs. Faça parte da comunidade Free Music Archive e baixe música legalmente.

Hoje em dia, não existem muitas opções para baixar música legalmente e de graça na internet, além do Netlabels e do RCRD LBL. Mas, felizmente, esta curta lista acaba de ganhar mais um aliado, o Free Music Archive, que está sendo patrocinado pelo New York State Music Fund. As músicas do FMA têm curadoria das rádios independentes americanas WFMU (Jersey City), KEXP (Seattle) e KBOO (Portland, OR).  

O site proporciona acesso livre ao público para ouvir e baixar qualquer MP3 que esteja em sua biblioteca, ou seja, todas as faixas dispostas ali são totalmente liberadas para download, retirada de samples e remixes. O visitante pode fazer tudo isso sem necessidade de registro de usuário, pagamento de taxa, tempo de espera ou propagandas.

Com layout que lembra o de um blog em sua página de home, o FMA divide as faixas da biblioteca por gênero, artistas, álbuns, etc. Caso goste de algum artista, o site permite que você faça doação via PayPal diretamente para ele ao postar um comentário. Não é o máximo? A versão do site ainda é beta e muitas outras funções legais devem estar por vir.

Entre os artistas encontrados no FMA estão 8 Bit Weapon, Daniel Johnston, Dan Deacon e os brasileiros do Bonde do Role (foto). A lista continua crescendo e o site promete ficar cada vez melhor. Experimente!

Por: Flavinha Campos - skolbeats

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Já dançou trance?

Uma matéria escrita pelo DJ e jornalista Camilo Rocha e publicada na revista época em 2006. Vale a pena a leitura para entender um pouco do surgimento das festas no mundo e aqui no Brasil.

A nova onda do psy-trance mistura Woodstock, circo e tecnologia em festas que duram até uma semana.

O estilo nasceu nas praias de Goa, na Índia. Os maiores astros vêm de Israel. As festas em geral acontecem muito longe das grandes metrópoles e duram dias a fio, com a  música tocando sem parar. Ainspiração está em Woodstock. O astral mescla o espírito dos hippies à tecnologia digital. O resultado dessa mistura excêntrica atende pelo nome de psy-trance, ou trance psicodélico, ou ainda, na abreviação que está na boca da galera, psy. Opsy é hoje o estilo de música eletrônica mais popular no Brasil.

Há dezenas de festas ao ar livre, festivais e noites em clubes pipocando de Manaus a Porto Alegre. Gigantes do meio, como as raves paulistanas XXXPerience e Tribe, atraem facilmente de 20 mil a 25 mil pessoas em cada edição. Festivais menores em lugares remotos, como o Universo Paralello, realizado em Ituberá, sul da Bahia, ou o Trancedence, em Alto do Paraíso, Goiás, costumam atrair milhares de jovens de 15 a 25 anos - ou até mais velhos -, vindos de todo o país. Nada mal para um estilo que praticamente não toca no rádio, é ignorado pelos meios de comunicação e raramente conta com patrocínio de grandes empresas.

Vários motivos explicam tanto sucesso. Primeiro, o psy quebra a sisudez das festas embaladas nos últimos 20 anos pelos gêneros eletrônicos, como drum'n'bass ou tecno. Segundo, a atmosfera das raves evoca os efeitos de um transe lisérgico: é alegre e lúdica e não esconde o sabor de revival dos anos 60. Terceiro, a música soa mais acessível que a das raves dos anos 90. Serve de porta de entrada tanto para a moçada como para gente mais madura, tornando a diversão mais democrática. Finalmente, o ambiente eufórico e informal faz parte do espetáculo. As festas não acontecem em galpões fechados ou escuros, mas a céu aberto, em lugares paradisíacos, promovendo o encontro dos participantes com a natureza. Os eventos costumam contar com superprodução. Os organizadores investem em decoração e nas fantasias de artistas de circo, como malabaristas ou engolidores de fogo, para animar a imensa pista ao ar livre. No tecno e na house music, o público gosta de se concentrar na música. No psy, predominam o visual espalhafatoso, a exibição dos corpos e a variedade sonora.

O deejay Rica Amaral é o brasileiro mais bem-sucedido na onda psy. 'O trance pegou por causa das festas ao ar livre. Elas trouxeram muita gente ä para a música eletrônica e acabaram na mão do pessoal do trance', diz ele. Rica, um ex-dentista, também é um dos pioneiros do psy-trance no país. No fim de 1996, fez uma festa com amigos que reuniu 700 pessoas num sítio. Chamava-se Rave XXXPerience. Atualmente, essa é a maior marca do psy-trance. Já promoveu mais de 80 festas por todo o Brasil e lançou dois DVDs, que, juntos, venderam cerca de 10 mil cópias. Outro nome que tem feito sucesso no psy brasileiro também é sócio da festa: o deejay Feio, que antes desenhava roupas de surfe. 'As festas ao ar livre fazem as pessoas sair da vida urbana e conectar-se com a natureza', diz ele. Rica e Feio têm agenda cheia no Brasil e se apresentam no exterior com regularidade.

Na Europa, o trance psicodélico surgiu como uma manifestação de contracultura, uma espécie de vertente neo-hippie dentro da música eletrônica. Até hoje, o caráter lá fora permanece alternativo. As festas são freqüentadas por legiões que vivem em trailers e ganham a vida vendendo roupas e acessórios nos eventos. No Brasil, o sucesso do trance já alcançou outro patamar. Há comerciais de festas na TV e os eventos atraem jovens de classe média que moram com os pais e têm carro importado. O deejay Rica Amaral chegou a aparecer em um episódio do Big Brother Brasil no ano passado. Outro sinal do sucesso será a tenda própria dedicada ao psy-trance no festival Skol Beats em São Paulo, a cargo da equipe da Tribe.

Apesar de tudo, o êxito galopante não agrada a todos. De acordo com o deejay Marcelo VOR, um dos mais conceituados na cena trance, 'existem duas linhas de artistas: a dos que vão para o lado farofa e a outra, séria'. Entre estes últimos, Marcelo inclui nomes como Audio-X e Wrecked Machines. Na categoria 'farofa' estaria, segundo ele, Skazi, deejay e produtor israelense que hoje garante festa cheia em qualquer canto do Brasil. O apelo de Skazi é exibir atitudes de roqueiro e produzir versões psy para faixas do estilo heavy metal. Ele não fala em valores neo-hippies, muito menos em transcendência ou psicodelismo. Prefere se autodenominar o 'Axl Rose do trance'.

Muitos enfatizam, porém, a opção pelos valores originais da tradição psicodélica, como amor, paz e respeito. É o caso do festival Universo Paralelo, realizado pelos irmãos Dario e Juarez Petrillo (o deejay Swarup), de Brasília. A última edição levou 5 mil pessoas por oito dias para o sul da Bahia, onde foi montada uma minicidade com cibercafé, apresentações de música regional, teatro, cinema e até mesmo uma unidade de reciclagem de lixo. 'Em oito dias, não tivemos nenhuma ocorrência de violência, não aconteceu uma briga,' afirma Dario.

Mesmo assim, o psy é visto com reservas pelos fãs de outros gêneros de música eletrônica. A história do psy quase sempre esteve descolada do restante. Ao contrário do que acontece com o house ou o tecno, os deejays de psy-trance nunca foram apegados ao disco de vinil. A música deles não tem conexão com um passado de som negro e baseado no ritmo. As referências mais ecléticas talvez levem os praticantes a renunciar à criatividade e à improvisação ao vivo, traços essenciais nas festas eletrônicas do passado.
O formato digital sempre foi o preferido pelos praticantes do psy. No início, os deejays tocavam com DATs (fitas de áudio digital, normalmente usadas por estúdios). Atualmente, quase todos usam o CD. Também há um intenso intercâmbio de músicas entre deejays e produtores de todo o mundo, e uma fome constante por música nova. O deejay Marcelo VOR afirma que hackers já entraram em seu computador e roubaram produções suas exclusivas.

Mas, no meio das massas dançantes, ninguém parece ligar muito para esses problemas. Com a combinação de pistas lotadas, filosofia neo-hippie, violência zero e lugares ecologicamente encantadores, o psy-trance segue animando centenas de milhares de fãs brasileiros. Modismo ou não, tem força e popularidade para durar anos. Afinal, esse gênero emergente inclui qualquer tipo de música e atinge todas as tribos. Melhor de tudo, a pista de dança é feita de terra e iluminada dia e noite pelas estrelas.

PSY-TRANCE É...
As cinco principais características de um som que não se prende às escolas tradicionais da eletrônica
*Bumbo reto e seco e ritmo galopante, chegando a 150 batidas por segundo
*Trechos de vozes falando sobre assuntos que vão de alienígenas a visões alucinógenas
*Sintetizadores distorcidos, com um som épico e grandioso
*Centenas de versões para hits de outros gêneros, de artistas como Tribalistas, Planet Hemp, Nirvana, Metallica, Iron Maiden, Benny Benassi e Underworld
*Ao contrário dos outros gêneros da música eletrônica, não usa disco de vinil nem tem conexão declarada com a música negra

Os deejays israelenses e europeus viajaram para a Índia. Descobriram a energia das festas de praia em Goa e fez-se o som.

As origens estão em Goa, na Índia. Ex-colônia portuguesa, lugar de tradicional tolerância e hospitalidade, a região se firmou como destino de mochileiros e hippies nos anos 60. As festas nas praias se tornaram um costume local. Na virada dos anos 80, a música passou a ser eletrônica. Aos poucos, deejays e produtores europeus como Goa Gill, Mark Allen e Youth começaram a desenvolver uma vertente influenciada pelo misticismo indiano, por sons étnicos e pelo rock psicodélico progressivo. A ênfase não era mais o ritmo, mas sim a 'viagem', proporcionada por uso intenso de efeitos de estúdio e de timbres exóticos. Em meados dos anos 90, depois de um acordo de vistos entre Índia e Israel, legiões de jovens recém-saídos dos rígidos anos de serviço militar israelense passaram a se atirar nas raves de Goa. Graças a essa conexão, Israel se tornou o país onde o psy-trance teve o maior impacto no dia-a-dia. Lá, psy-trance toca no rádio, e um artista como Skazi é reconhecido por crianças na rua. Hoje, nomes como Infected Mushroom, Astrix, Analog Pussy e Astral Projection são conhecidos internacionalmente. O fato de serem alguns dos raros artistas israelenses que conseguiram isso faz deles um orgulho nacional.

Reportagem de Camilo Rocha
Fonte: Revista Época 06/03/2006

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terça-feira, 14 de abril de 2009

Documentário sobre Dubstep faz sucesso na internet

Living Inside The Speaker retrata o estilo musical em filme que reúne entrevistas e depoimentos de personagens e DJs da cena britânica.

Living Inside The Speaker foi produzido há alguns anos por dois membros do núcleo de festas Mashup Mafia, da Nova Zelândia, que atendem apenas pelos nomes Mike E (foto menor) e Mark. No entanto, somente agora a dupla decidiu liberar o longa para a galera baixar de graça na internet.

O documentário, a propósito, foi super bem comentado no renomado fórum especializado no gênero, o dubstepforum.com. O filme traz entrevistas com gente como DJ Pinch (no destaque), Pevere list, Bubonic, Hench Crew, Stealth, Dub Boy, Skream e muitos outros, retratando a cena de Bristol, considerada a Meca do dubstep na Inglaterra.

Para conhecer melhor este subgênero da eletrônica, baixe o filme gratuitamente aqui.

Por: Flavinha Campos - skolbeats

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Polícia desconfia de rave ilegal em novo vídeo do Deadmau5

O produtor canadense Deadmau5 estava filmando o vídeo da música “I Remember” em um depósito na cidade de Manchester quando policiais chegaram pensando que se tratava de uma rave ilegal. No papel principal estava o premiado ator inglês Stephen Graham, de “Snatch – Porcos e Diamantes”.

A idéia do clipe é revisitar a cena do começo dos anos 90 e a gravação contava com vários clubbers prontos para fazerem a festa. Felizmente, toda a documentação estava em ordem e os policias foram embora.

De acordo com informações do tablóide britânico The Sun, o produtor canadense Deadmau5 assinou contrato com a Virgin e parece estar disposto a revitalizar a cena dance. Poucas pessoas sabem da verdadeira identidade do Joel Zimmerman, já que ele raramente tira a máscara de cabeça de rato, até quando está tocando.

Ouça "I Remember", do produtor Deadmau5:

Por: Marcelo Fontenele - psyte

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Cinco Perguntas para Dusty Kid

Sobre o novo disco, morar na Sardegna e fãs obcecados

Como o gênio produtor por trás de numerosas faixa de techno/trance incluindo "The Riot", "Tsunamy", "The Twister" e mais recentemente "Train Number 1", o italiano de 20-poucos anos Dusty Kid já é reconhecido mundialmente, ainda que ele se sinta desconfortável com a atenção que atrai. "Às vezes acontece", ele concorda, quando perguntado sobre ser perseguido por fãs, digamos, obcecados "mas eu nunca acreditei que seja famoso, ainda que em alguns países existam pessoas tão completamente viciadas na cena techno que te tratam como se você fosse um superstar. Esse tratamento às vezes me faz feliz, mas normalmente me deixa profundamente entediado", diz. Conversando comigo hoje, seu foco principal é seu álbum de estréua, A Raver's Diary, um projeto que o deixa super entusiasmado.

"Eu concebi a idéia de um álbum conceitual, que é algo que eu sempre quis fazer, e comecei com a visão de fazer algo que descreva meus sentimentos pessoais e as sensações de uma rave", ele diz, "A Raver's Diary é o resultado e eu honestamente posso descrever a realização dele como uma experiência fantástica".

Com um background de longos estudos de música clássica como uma criança-prodígio em um concervatório musical de elite, não é surpresa que ele sempre exceda na criação de uma música com profundidade e emoção, ainda que em A Raver's Diary, como ele faz questão de apontar, a ênfase esteja no techno "sério".

"Algumas poucas faixas no disco são bastante orientadas para a pista de dança e eu já tive o feedback de algumas pessoas dizendo que ficaram surpresas com sua energia" diz "as duas primeiras faixas em particular 'Here Comes the Techno" e "The Underground Persistence" são deliberadamente pensadas como faixas para clubs, é exatamente o que elas são".

Jonty Skrufff: Por onde você normalmente começa quando está fazendo uma faixa: uma batida? Uma linha de baixo? Um riff? Qualquer outra coisa?
Dusty Kid: Isso depende. Normalmente eu começo tocando melodias estúpidas no piano, fazendo alguma bagunça, até encontrar algo interessante, então eu tento encontrar uma batida que combine com essa melodia. Outras vezes eu tenho alguma idéia bastante precisa na minha cabeça e tento reproduzir. Acho que essa é a forma mais difícil de começar uma nova cançao, por que nem sempre eu consigo replicar a mesma idéia que imaginei.

Quanto tempo você levou para fazer "The Riot" (2007) do começo ao fim?
Acho que uns 2 dias, eu só gravei aquele crescendos com um sh-101 e coloquei algumas batidas. Recentemente eu soube que o Jutice sampleou um dos barulhos para uma faixa deles.

Ela tem uma introdução de uns 15 segundos, algo complicado para um DJ mixar, o quanto disso foi de propósito para confundir alguns DJs?
99% das faixas para pista sempre começam com batidas, para ajudar os DJs a mixa-las. Eu odeio esse tipo de introdução, prefito usar algo diferente. Eu não sou um DJ, o que significa que pessoalmente eu não trabalho da mesma forma que eles. Eu prefiro fazer "músicas" ao invés de "faixas". Parece que todo mundo é um DJ hoje em dia, mas eu prefiro fazer e tocar minha própria música, ao invés das músicas dos outros. Eu acho que em uns 5 anos a maioria dos DJs estará fazendo live sets.

Em uma entrevista de 2007 você disse ainda estar "atraído pelo mundo da música pop, ainda escrevendo canções pop e sonhando com o dia em que poderei trabalhar com artistas que venho escutando hà anos, como Coldplay e Madonna".
Eu continuo atraído pelo mundo da música pop, escrevendo canções pop e sonhando com o dia em que poderei trabalhar com artistas que venho escutando hà anos, como Coldplay e Madonna.

Na última vez em que conversamos você disse que talvez mudasse para Berlim. Essa ainda é uma opção?
Certamente não. Nos últimos meses eu tenho tocado tanto que eu perdi muito do prazer de ir aos clubs. Eu adoraria ficar em Berlim por algumas semanas para ter a chance de descobrir o que está acontecendo no mundo da eletrônica, mas eu atualmente vivo na Sardenha. Eu realmente amo muito inha ilha e tenho uma casa por lá, para onde espero retornar em junho. Eu não poderia viver em nenhum outro lugar".

A Raver's Diary do Dusty Kid sai em 20 de abril pela Boxer Recordings.

Por: Jonty Skrufff - rraurl

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