sábado, 29 de agosto de 2009

Noel Gallagher anuncia saída do Oasis

Para mim é pura jogada de marketing, o jeito é esperar um pouco para ver se é mesmo o fim dessa super-banda.

Noel Gallagher anunciou nesta sexta-feira (28) que está oficialmente se afastando do Oasis, banda de rock que fundou com o irmão, Liam.

Em um comunicado divulgado no site do grupo, ele alega que não tem mais condições de trabalhar com o irmão, com quem tem brigas constantes.

"É com alguma tristeza e grande alívio que digo a vocês que deixo o Oasis hoje à noite. As pessoas vão escrever e dizer o que elas quiserem, mas eu simplesmente não posso continuar trabalhando com Liam nem mais um dia", indicou Noel, considerado o cérebro por trás das letras e arranjos de uma das maiores bandas de rock dos anos 90.

Sempre envolvidos em polêmicas e constantes atritos, os irmãos Gallagher alimentaram rumores e colocaram o futuro da banda em dúvida. No último fim de semana, os rumores cresceram após o grupo cancelar a apresentação que faria no V Festival.

Formado em 1994, o Oasis liderou o movimento britpop e emplacou sucessos como Wonderwall, Champagne Supernova e Don't Look Back In Anger.

Fonte: Terra

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Rave “invade” o gibi do Chico Bento

Aprendi a ler e cresci com as histórias sobre os planos “infalíveis” de um menino que troca o “r” pelo “l”, que sempre convencia seu melhor amigo a participar desses planos em busca do poderoso coelho azul e no final tudo acabava em coelhadas e olhos roxos causados por uma menina de vestido vermelho, baixinha, gorducha e dentuça.

Histórias da roça, de fantasmas, préhistóricas, de astronautas, de loucos e de vários outros personagens criados pelo genial Mauricio de Souza que, com certeza, fizeram parte da infância de muitos. Hoje em dia não leio mais os gibis com tanta freqüência, mas confesso que, as vezes, pego emprestado os do primo de seis anos e deito no sofá para ler sobre a turma mais conhecida do país: A Turma da Mônica.

Na última semana, em um dia desses “empréstimos”, comecei a ler a edição número 32 do Chico Bento e tive uma surpresa com o tema da história principal. Com o título de “Causando na roça", os criadores aproveitam o “boom” das festas eletrônicas e levam este cenário vivido por muitos jovens para dentro dos quadrinhos.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Anthony Rother no Brasil

DJ alemão volta ao Brasil com cinco capitais agendadas! Confira datas da turnê.

Anthony Rother condensa nessa vinda ao Brasil o que acumulou em seus 17 anos de carreira, sendo um dos nomes mais produtivos do Electro mundial. Durante esses anos, o artista se revezou entre os palcos, percorrendo o mundo com seu respeitado live act, e os estúdios, lançando faixas por diversos selos, inclusive o seu próprio, o prolífico Datapunk.

Em 2008, Rother lançou “My Name Is Beuys Von Telekraft”, álbum que incorporou sons digitais comprimidos, e sua natural baixa qualidade sonora, como um dispositivo estilístico auto-suficiente. Trata-se de uma opção pelo manejo lo fi de seu trabalho, sendo essa auto-redução o ponto de partida para uma música cada vez mais energética.

Em maio de 2009 ocorreu um encontro que os fãs de Techno e Electro tanto almejavam. Foi nessa data que Anthony Rother lançou “Hot Chocolate In The Milky Way”  pelo lendário Gigolo Records, casa de nomes como DJ Hell, Tiga, Miss Kittin e The Hacker, especializado em Electro e suas variações. “Hot Chocolate...” mostra como uma bela melodia pode conduzir uma pista de dança.

Já no palco, Rother apresenta uma nova maneira de tocar suas músicas. Além do Electro, transita com segurança pelo Techno e Minimal através de recortes de sons digitais, investindo em uma atmosfera futurista, robótica e urbana, conseqüência imediata de seu conhecido diálogo homem X máquina. Sua apresentação consiste em um laptop e um mixer Korg Zero 8, que possibilita a comunicação com diversas interfaces. Estão lá suas próprias composições, mas também produções de outros artistas como Alter Ego, Kraftwerk e até Jean Michael Jarre.

Para 2010, Anthony Rother prepara um novo disco e segue elaborando experimentações visuais para o seu novo live.

Confira as datas da turnê:
29 de agosto – Garage – Campo Grande
03 de Setembro – Festa NEO – Lounge 69
04 de setembro – Kraft – Campinas
05 de setembro – Garage – Cuiabá 
06 de setembro – Deputamadre – Belo Horizonte
10 de setembro – D-Edge – São Paulo
11 de setembro – Vibe – Curitiba

Fonte: DJ Mag

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Berlin Calling

Vai sair nos próximos meses no Brasil um dos filmes mais aclamados pelos amantes da música eletrônica. O longa Berlin Calling é interpretado pelo DJ Paul Kalkbrenner que faz o papel do DJ Ickarus na fervorosa cena eletrônica alemã, mas o filme não se trata somente do óbvio e sim quando o assunto tangencial drogas e música se encontram. Quem aguarda o lançamento e espera ver muitas festas, curtição e DJs diferentes não vá com muita sede ao pote, pois ele se passa praticamente dentro de uma clínica para reabilitação e os únicos DJs que aparecem são Sascha Funke e Fritz Kalkbrenner (irmão de Paul). Mas a trilha sonora especialmente editada e produzida para a história ficou fantástica, ela toca durante todo o filme e já está disponível nos principais sites de venda de música digital no mundo.

www.berlin-calling.de/en
www.myspace.com/paulkalkbrenner

Por: Doriva Rozek – housemag

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Gui Boratto nomeado embaixador da Dance4Life

Gui Boratto, um dos produtores brasileiros mais prolíficos é oficialmente embaixador do dance4life, um projeto que angaria fundos para campanha de prevenção do HIV através da música, em eventos que acontecem em todos os continentes. Este projeto tem o apoio dos maiores nomes da cena eletrônica da atualidade, como Tiësto e Paul Van Dyk, também embaixadores mundiais do dance4Life.

A parceria de Gui com o projeto começou com a doação da música “Like You”. “É maravilhosa a maneira como o projeto motiva a juventude do mundo todo a se conscientizar e prevenir contra o HIV e AIDS. Como músico, me sinto honrado em participar do dance4life e assim ajudar esta causa tão nobre e organizada.” – Gui Boratto.

Agenda Support DANCE4LIFE:
- 05 de junho – GivClub, Santos
- 06 de junho – Sedna Lounge, Goiânia
- 13 de junho – The 727 Club, Araçatuba
- 11 de julho – Sirena, Maresias
- 16 de julho – Museum, São Paulo
- 19 de setembro – Save (Melody), Portão

mais:
www.guiboratto.com.br
www.dance4life.com.br
www.3plus.art.br
www.myspace.com/guiboratto
www.dance4life.com

Fonte: Portal Mivi

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Diversidade cultural e muita E-music


O maior evento Multicultural do Brasil é paranaense

Enquanto muitos achavam que as festas open-air já haviam alcançado o seu clímax e migravam para a decadência, um núcleo paranaense lança um novo conceito para festas Rave. Neste sábado, a partir das 12h, na Fazenda Heimari (Rua Atílio Pedao, 15 – Piraquara), a cena eletrônica brasileira terá pela primeira vez um evento multicultural realizado pela Tribaltech, que em sua 15ª edição traz como tema a diversidade cultural, seguindo – com originalidade – uma tendência adotada pelos grandes festivais europeus.

A música eletrônica é o foco principal e prevalece entre mais de 70 atrações. Artistas de MPB, cinema, teatro, artes visuais e videoarte se integram em cinco espaços: Mainstage, Black Tarj Club, 3plus/Dj Mag House, Organic Beat, além de um local totalmente projetado e dedicado ao cinema, o Cinetech.

Cinema
No espaço Cinetech serão exibidos vídeos de vários realizadores do Brasil inteiro, que foram convidados para expressar sua arte em filmes dos mais variados gêneros: iniciantes, ficção, animação, documentário, trash e vídeo. A “Mostra Cinetech” estará dividida em Mostra Profissional - que apresentará filmes de produtores convidados, e Mostra Iniciante - que apresentará os melhores trabalhos inscritos no Concurso Multicultural, promovido pela própria Tribaltech. Um dos vídeos em destaque é o curta O Encontro, dirigido pelo curitibano Marcos Jorge.

Música e Teatro
Outra novidade interessante é o espaço Organic Beat, que reúne as artistas de peso do cenário alternativo, contando ainda com performances circenses e teatrais. Destaque para Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado e B Negão e os Seletores de Freqüência.

Difícil mesmo é enumerar os destaques da e-music. A grande maioria dos 40 artistas nacionais e internacionais que estarão presentes no festival possuem grande reconhecimento pela crítica especializada. E entre tantos veteranos circula uma dupla com pouco tempo de estrada que já chamou a atenção de ninguém menos que Madonna. O projeto Felguk, formado pelos cariocas Felipe e Gustavo, tem pouco mais de 2 anos de existência e uma grande notabilidade no segmento eletrônico. Recentemente a popstar convidou a dupla pessoalmente para remixar a música Celebration, uma das faixas inéditas do álbum de coletâneas que a cantora está preparando. Também vale a pena conferir as apresentações de X-noize, Gustavo Bravetti, Format B, Liquid Soul, D. Ramirez e Maetrik.

Show de Lasers
Em meio a tantas novidades, a grande expectativa gira em torno da apresentação inédita do Laser Beam Factory, formado pelo dinamarquês Dennis e o holandês Trang. Eles desembarcam no Brasil com a promessa de proporcionar um show de lasers bem colorido e com um visual jamais visto. A dupla se tornou famosa mundialmente pela forma com que desenvolvem suas apresentações, seus truques e pela capacidade única de criar ambientes, tudo isso utilizando mais de 1 tonelada de equipamentos. Com mais de 10 anos de experiência o Laser Beam Factory já se apresentou em quase todos os mais respeitados festivais da Europa, como o Full Moon, Psychedelic Circus e Liquid Time.

A festa ainda conta com vôos panorâmicos, Bungee Jump, enfim, não faltam atrações para quem gosta de cultura. Uma boa opção para fugir da cidade e passar o fim de semana com boa música, tecnologia e diversão.

Informações: www.tribaltech.art.br

Por: Jefferson Genta

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(entrevista) Marc Romboy

Um dos destaques do Tribaltech Multicult Festival abre o jogo no site rraurl

Marc Romboy respondeu nossas perguntas com bastante entusiasmo. Decisivo e brincalhão, não deixa todo a correria de suas carreiras (homem de família, produtor, homem de negócios, DJ) abalar seu bom-humor ou esgotar o amor pelo o que faz. Ao contrário: Romboy é um apaixonado e procura sempre que possível falar da "alma" da música.

Sua carreira já acumula mais de15 anos e seu selo Systematic Recordings acabou de ver o quinto aniversário. As comemorações são globais e contam com mix especial por Oxia em um promo do recente lançamento de um box de comemoração desses 5 anos, o 5YSYST (5 Years Of Systematic Recordings). O álbum foi produzido de maneira grandiosa, com inúmeros artistas, entre amigos e produtores, colaborando com uma faixa inédita cada.

Aproveitamos sua vinda para o Brasil para um bate-papo. Bastante brincalhão o produtor alemão aproveitou a oportunidade para contar segredinhos de bastidores (como uma colaboração com Gui Boratto) e soltar alguns dos futuros passos do selo.

Olhando para trás em sua discografia podemos ver que você tem lançado discos por mais de 10 anos. Quando foi que sua carreira começou? E que faixas te chamavam a atenção na época? Desde o início de sua carreira você pensou que algum dia você chegaria tão longe? Olhando para trás, há alguma coisa a qual você se arrependa ou que quis fazer?
Bem, eu lancei minha primeira faixa em 1992. Não sob a alcunha de Marc Romboy, mas de um projeto diferente, com meus amigos. Eu me interesso por música eletrônica desde os oito anos quando escutei "The Robots" do Kraftwerk pela primeira vez na vida. Desde então esse "tipo" de música mexe comigo. Estou muito cansado da música mainstream radiofônica e por vezes troco as estações (de rádio) por música clássica, algo que eu realmente gosto. Voltando as minhas influências, são muitas, começando pelo new wave e indo até o breakdance. De Chicago house ao techno house até pessoas como Carl Craig e Juan Atkins. E,acredite-me, eu não arrependo de nada. Essa é a minha vida!

Seu selo está comemorando 5 anos de existência com extensa compilação onde produtores convidados contribuiram cada um com uma faixa exclusiva. Como foi esse processo?
Não sei quem teve essa ideia absurda de lançar uma caixa com cinco discos e, sim, esse projeto foi uma loucura total, tomando 4 meses de trabalho duro. Normalmente tratamos com uma ou duas pessoas para lançar um disco, mas dessa vez tive que tratar com 32 artistas diferentes. Foi irreal. Sinceramente, foi o maior projeto que jamais fiz, e foi muito divertido. O feedback de grandes produtores como Stephan Bodzin, Jerome Sydenham, Technasia, Steve Rachmad e Mike Monday, só para nomear uns poucos, foi sensacional e emocionante para mim. Estou muito orgulhoso do selo até agora, tem me feito muito feliz e tem sido sempre uma boa base para o lançamento de minhas faixas e também das músicas de amigos meus.

Você vai tocar pela segunda vez no Brasil, e dessa vez o Systematic Recordings é considerado um dos mais influentes selos do planeta. Como você combina a carreira de DJ/produtor com a carreira de "dono de selo"?
Bem, isso é algo que frequentemente me pergunto e, para ser honesto, não sei a resposta. Minha percepção de "fazer negócio" mudou completamente no espaço de 3, 4 anos. Uma semana parece dois dias nesse momento e é muito difícil de administrar tudo: família, selo e gigs. Mas, eu tenho muitas pessoas a bordo que me apoiam o projeto, muitos profissionais que tomam conta dos negócios, como bookings, gerência do selo, meu programa no rádio, vinis, CDs, vendas online e por aí vai. Estou muito feliz de trabalhar com esse pessoal.

E o que podemos esperar de seu set dessa vez? Você vai tocar um DJ set como os das celebrações da Systematic ou vai ser algo como a sua compilação, "Systematic Colours Volume Two"?
Eu sempre procuro ler a linguagem corporal das pessoas para ter um aporte do que elas querem e como elas sentem, combinando essa impressão com os meus sentimento e clima. Então todos os meus sets são bastante diferentes. Eu amo tocar deep e groovy, embora eu ame as levadas dos spins e kicks, também. Mas, para mim, é essencial manter a alma no techno. Eu não gosto de techno frio e sem alma de maneira alguma, isso me irrita bastante. Essa é a razão pela qual estou sempre procurando por músicas com alma, não me importando como essa alma vai se expressar. Ela pode ser uma voz maravilhosa, ou um barulho, ou um efeito, ou uma melodia, não importa. Porém, isso é algo com o qual você poderá sempre contar comigo. É a essência do meu trabalho e de minha produtividade, produção.

Qual será o próximo passo em relação a produções e lançamentos seus e do selo? Que surpresas você está escondendo debaixo de sua manga? Você pode falar um pouco sobre isso?
Oh, temos muitas idéias esperando para serem realizadas! O próximo grande passo no Systematic será o álbum vindouro de meu amigo Robert Babicz, de Cologne. Nós já estamos preparando seu álbum, com singles e remixes, para lançar até o próximo verão e, acredite-me, está fantástico. Demonstra exatamente o que sinto nesses momento. É muito deep, cheio de aspectos musicais que te pegam e não deixam partir. É morno, agradável e uma nova dimensão de som para mim. Alem disso, estamos próximos de finalizar o primeiro app de iPhone do Systematic, com o qual você poderá preparar os seus próprios DJ mixes com músicas do Systematic e, claro, a produção de meu terceiro álbum começará em 6 meses.

Você terá algum tempo para gastar consigo nessa visita ao Brasil? Você quer ir a lugares além das cidades?
O que realmente me interessa são as pessoas do Brasil e da última vez que estive aí tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas calorosas e amigáveis. Uma experiência que realmente me impressionou. E, sim, dessa vez vou ficar por quase duas semanas, então, com certeza terei mais tempo para conhecer lugares e checar a cozinha brasileira (risos).

O que você costuma escutar quando não vai tocar? Tem algum recente artista/produtor que tem chamado a sua atenção?
Major Lazer, Portishead, Boards of Canada, Jimmy Hendrix, The Residents, Bauhaus e música clássica estão no meu iPod no momento e eu tenho reexplorado um CD mixado velho do Mathew Herbert no Tresor. É o que gosto esses dias. Contanto que não seja música gaga de rádio normal, eu sou bem mente aberta.

Como é produzir com alguns dos seus parceiros musicais?
A coisa mais engraçada nesse assunto é o fato de que a única colaboração artística dos últimos anos, que eu tenha ficado na mesma sala de estúdio, foi com o meu amigo, Stephan Bodzin. Todos os outros, como Blake Baxter, Chelonis R. Jones ou Gui Boratto fizeram suas criações em seus próprios estúdios e eu fiz a minha parte em casa, na Alemanha. Com a opção de novas mídias, como email e internet, é tão fácil colaborar com outras pessoas e fazer música juntos. Vou te contar um segredinho: quando minha colaboração com o Gui Boratto saiu, nós não nos conhecíamos cara a cara, só por email e telefonemas. Você acredita nisso? Isso funcionou porque eu sabia que estamos no mesmo tipo de frequência. Apenas poucas semanas depois do lançamento é que fomos, finalmente, nos encontrar em Amsterdã, passamos um bom tempo juntos e rimos bastante.

Quando você está produzindo uma faixa você sabe logo se ela "precisa" de um vocal? Você gosta de usar vocais nas suas faixas ou isso é como um exercício para você? E que tipo de música "aquece a sua alma"?
Há, agora você mencionou alma também! O que é alma? Eu me pergunto tempo todo. Bem, quando eu produzo uma faixa o impulso de incluir vocais me vem de repente e automaticamente. A combinação de máquinas sensacionais e um elemento natural, como a voz, é algo que me fascina sempre e sempre. Ah, droga, me desculpe, eu realmente não posso explicar isso. É muito difícil de expressar os meus sentimentos... Mas você certamente sabe o que quero dizer!

Por: Catarina Liarth - rraurl

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Festival Tribaltech toma medidas contra gripe suína

Evento de música eletrônica curitibano distribui máscaras e álcool em gel para o público

Nesses tempos em que o mundo se encontra em estado de alerta por causa da pandemia de influenza A, mais conhecida como gripe suína, o Festival Tribaltech lutou com todas as forças para conseguir a papelada necessária, junto às autoridades, para a realização de sua 14ª edição. Que está confirmadíssima, no dia 22 de agosto. Prevenindo-se para conter a doença, a organização disponibilizará ao público, em vários pontos do evento, dispensers de álcool em gel, distribuirá máscaras para aqueles que acharem necessário e todos os funcionários dos bares e da limpeza usarão luvas.

O festival Tribaltech foca sua temática na diversidade cultural. A programação, entretanto, dá ênfase à música eletrônica, que prevalece nas mais de 70 atrações. Além dos mestres das batidas digitais, também se apresentam artistas de MPB, cinema, teatro, artes visuais, videoarte e performances, que se integram em cinco espaços: Mainstage, Black Tarj Club, 3plus/DJ Mag House, Organic Beat, e também um local totalmente projetado e dedicado ao cinema - o Cinetech.

Entre os headliners do Mainstage estão X-Noize, Format B, Vibe Tribe, Tim Healey, Chris Lake, Marc Romboy, Sesto Sento, Liquid Soul, Gustavo Bravetti, David Amo & Julio Navas, Tigerskin aka Dub Taylor e outros. O Black Tarj Club investe no universo underground, apresentando projetos alternativos como Maetrik, Beckers, Marshall, D.Ramirez, Freakslum, Gaz James, Rolldabeetz, Tech System, Catz'n'Dogz. Mais uma vez, a agência 3Plus e a DJ Mag dão nome a um espaço reservado às atrações da house, progressive-house e tech-house, como Southmen, Gui Boratto, Life is a Loop e Paulinho Boghosian.

+ info:
www.tribaltech.art.br

Fonte: Skolbeats

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

(entrevista) Gui Boratto

Um dos mais talentosos e hypados artistas brasileiros da atualidade, que lançou recentemente seu segundo álbum Take My Breath Away e que está se apresentando pelo mundo todo, literalmente... Na entrevista abaixo, Gui fala de todos os níveis de sua vida, desde a época de Chromophobia até o uso de sua faixa Besides em campanha publicitária da gigante Apple... Confira!

Qual é a grande diferença entre o Gui Boratto antes de Chromophobia e o Gui Boratto depois de Chromophobia?
Acho que todos nós vivemos em uma constante mudança. Eu principalmente, devido ao fato de estar vivenciando inúmeras e diferentes culturas desse mundo. Mas, acho também que, mesmo com todas essas mudanças, o Chromophobia e o Take My Breath Away são álbuns complementares. Não só muitas intenções, mas até mesmo a produção, foram muito semelhantes. Ambos foram produzidos na sala da minha casa, normalmente pela manhã, sem pressa ou qualquer outro tipo de pressão.

Jornais, revistas e sites do mundo todo estampam notícias com seu nome. A que você atribui esse seu sucesso mundial?
Acho que o fato de atingir um leque maior de audiência, deve-se talvez a minha música ter melodia. No techno, não é uma coisa muito comum. Normalmente, as produções desse gênero possuem como principal foco, texturas e ritmos, deixando a questão harmônica e melódica meio de lado. Na minha música acontece o oposto. Isso acaba me levando para caminhos mais "pop" da música eletrônica, abrangendo consequentemente um público maior.

Você acha que ainda há mais espaço para a música eletrônica se expandir pelo mundo? Ou o nível de maturidade já foi atingido?
Acho muito relativo a gente definir isso como música eletrônica. Afinal de contas, até as bandas de rock mais pesadas do momento se utilizam de aparatos tecnológicos e/ou eletrônicos de alguma forma. Acho que talvez a cultura techno, de raves, clubes, festivais, estão em muitos países, principalmente da Europa, realmente bem maduros, mas acho que a tendência é crescer ainda mais. Acho também que existe um tendência ainda maior na fusão de estilos, como a fusão do rock com electro, ou do techno com indie-pop.

Como foi idealizado e produzido Take My Breath Away? Que faixas você destaca neste novo trabalho?
Como já foi dito, foi um processo bem semelhante ao de Chromophobia. Bem, quanto as faixas de destaque, acho que No Turning Back e a faixa-título Take My Breath Away têm um apelo maior com o público, por serem extremamente melódicas. Mas eu tenho a minha preferida, que é a Besides, que inclusive foi licenciada recentemente para uma campanha publicitária da Apple.

As suas experiências anteriores como músico, arquiteto, publicitário, influenciam suas produções musicais atuais, ou são coisas que ficaram no passado?
Eu sempre vou carregar a bagagem do passado comigo. Tudo que aprendi como engenheiro de som, técnico de estúdio e músico me ajudam muito no dia a dia. Não só para programar, mas para também poder gravar instrumentos, compor, entre outras coisas.

Como tem sido suas apresentações nos festivais internacionais, como por exemplo o Coachella 2009? Como surgiu o convite para integrar o line-up de um dos maiores festivais de música do mundo?
Esse ano eu tive grandes oportunidades de me apresentar em festivais de peso, como Coachella, Montreux Jazz Festival ou Exit, na Sérvia. A resposta do público foi incrível, principalmente às músicas do meu novo álbum Take My Breath Away. Estou muito feliz e acho que no caminho certo.

Você já está confirmado também para as três últimas edições da XXXPERIENCE – Belo Horizonte, Búzios e Edição Especial 13 Anos, que será um grande festival. O que você acha da tendência de os eventos open air se tornarem grandes festivais, englobando mais vertentes da música eletrônica?
Isso já vem acontecendo há algum tempo. Raves que estão se tornando festivais. Abrir mais espaço para outras vertentes só "colore" ainda mais o evento, trazendo uma mistura de público muito legal. O legal é quando as tribos se misturam mesmo.

Da parceria com Tim Simenon, do Bomb The Bass, o que já rolou até agora e o que mais podemos esperar?
Eu e o Tim falamos quase todos os dias. Encontrei ele em Amsterdam há algumas semanas, quando toquei no festival 5 Days Off. O nosso projeto está bem adiantado. Estou na verdade fazendo um disco autoral com o Tim, que será o novo álbum do Bomb The Bass, escrito e produzido por mim e pelo Tim. Já temos 6 faixas prontas. Estou muuuito animado para que o disco fique pronto logo. A idéia é, antes de sair o álbum todo, de uma vez, lançarmos singles, em diversas gravadoras, com outros artistas remixando tais temas. Já temos o primeiro remix do meu parceiro e amigo Michael Mayer, para o primeiro single. Provavelmente, teremos esse single lançado em parceria entre a Kompakt e o selo !K7, do Bomb The Bass.

Além de Tim Simenon, que outros "big names" já entraram em contato com você para tratar de música e que, no caso, você ficou surpreso?
Fiquei muito feliz com o contato dos Pet Shop Boys, já que escutei muito os caras quando era pequeno. Acho que tem algumas bandas que sempre serão referência, como Depeche Mode, New Order, Cure e Smiths. Também fiquei muito feliz em remixar Moby e recentemente Booka Shade.

Fale-nos um pouco mais sobre o seu novo formato de apresentação, que visa explorar também a linguagem visual.
Não é em todo lugar que consigo executar isso, mas hoje conto com um diretor de fotografia que dirigiu e produziu um lindo material para cada música do meu disco novo. É como se fosse um clipe para cada música. Isso tudo é sincronizado e disparado entre o meu equipamento e o do VJ.

As pessoas insistem em tratar Gui Boratto como "DJ" em muitos lugares, sendo que você é apenas produtor. Em nenhum momento você pensa em começar a fazer sets mixados?
Não tenho essa pretensão. Meu lance é produzir e mostrar esse trabalho para as pessoas, ao vivo. Além do mais, eu não compro música, nem sou super antenado para os novos lançamentos desse vasto mercado, o que um DJ faz diariamente.

Por Guigo Monfrinato
Fonte: Essential

mais: www.myspace.com/guiboratto

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domingo, 16 de agosto de 2009

Woodstock foi o fim da contracultura, afirma professor

Os hippies de Woodstock queriam mudar o mundo com flores, drogas, paz e amor, mas acabaram transformados pelo mundo.

Para as pessoas que participaram do festival em Bethel, norte de Nova York, o espetáculo anunciava o advento de uma nova era, mas a euforia de ontem se transformou em ressaca. Passados 40 anos não ficou claro se Woodstock conseguiu, de fato, mudar alguma coisa.

O professor de jornalismo da Universidade Quinnipiac, em Connecticut, Rich Hanley explica que o festival marcou o fim --e não o início-- da revolução dos anos 60 e da contracultura.

"Em 1971 [dois anos após Woodstock], tudo já havia terminado. As manifestações acabaram. A geração Woodstock saiu em busca de trabalho e o trabalho acabou com a diversão."

Segundo Hanley, "os hippies agora se transformaram em republicanos, perderam o cabelo e trocaram o LSD pelo Viagra".

Batalha campal

Menos de quatro meses depois de Woodstock, em dezembro de 1969, um show parecido organizado no autódromo de Altamont (Califórnia) terminou em uma violenta e alucinada batalha campal.

Apesar dos protestos pacifistas, as tropas americanas continuaram lutando no Vietnã até 1973, e um ano mais tarde o escândalo Watergate acabava com a presidência de Richard Nixon.

"Acredito que as pessoas perderam as ilusões", afirma o diretor do museu de Woodstock de Bethel, Wade Lawrence. "O tema da paz e do amor passou a ser algo pitoresco."

Alguns ex-hippies como o fotógrafo Michael Murphree, agora com 56 anos, não se arrependem de sua juventude. "Paz, amor, felicidade: realmente queríamos isso", comenta, com um sorriso, enquanto caminha pelo museu.

Ironicamente, o resultado mais palpável foi a apropriação do rock pelas empresas como fonte de renda. Os shows passaram de encontros improvisados a operações que geram grandes somas de dinheiro.

"Woodstock mudou a indústria da música", afirma Stan Goldstein, um dos organizadores originais. "Pela primeira vez, pudemos ver o poder que tinham os artistas para atrair multidões", acrescentou.

Por: Sebastian Smith (France Presse)
Fonte: Folha online

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Reflexões Sobre Woodstock: Mãe fala sobre festival com filho

Harriet Fier, que participou da feira de música e arte de Woodstock há 40 anos, conversa sobre essa experiência com seu filho de 17 anos. Reportagem do New York Times

Fonte: UOL Música

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sábado, 15 de agosto de 2009

(video) Fudêncio - Bala droga

Criado por Thiago Martins, Pavão e Flávia Boggio a série de desenho exibida na MTV desde 2005 vem se destacando pela essência do seriado: a crítica social e o politicamente incorreto. Algo como um “Simpsons” brasileiro.

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Homem que ajudou a tornar Woodstock realidade conta a experiência em livro e filme

WASHINGTON - O roteirista e produtor Elliot Tiber tinha 34 anos quando Woodstock aconteceu, em agosto de 1969. Apesar de não ter sido um dos organizadores do festival ou de sequer ter feito parte da plateia de meio milhão de pessoas, Woodstock não teria acontecido sem ele. Foi para salvar o hotel El Mônaco, que seus pais haviam comprado em 1955, em Bethel, Nova York, que Tiber ofereceu o terreno do hotel para o festival. Ele soube que os produtores de Woodstock haviam perdido a licença para realizar o show em Wallkill e entrou em contato com Michael Lang, produtor do evento, e com o vizinho, o produtor de leite Max Yasgur, para oferecer o enorme terreno.

O resto é História, e ela pode ser lida na biografia de Elliot Tiber - "Aconteceu em Woodstock" (BestSeller, R$ 34,90) -, escrita por ele e pelo jornalista Tom Monte. Foi com base neste livro que o cineasta Ang Lee filmou "Aconteceu em Woodstock", que foi exibido em maio no Festival de Cannes, estreia dia 28 nos EUA e chega ao Brasil em janeiro de 2010.

O senhor já viu "Aconteceu em Woodstock"? Achou o filme fiel ao livro?
Já vi o filme oito vezes e acho a história engraçada, leve e ao mesmo tempo apaixonada e fiel ao momento daquela época. É óbvio que a linguagem cinematográfica pede algumas mudanças: minhas três irmãs, por exemplo, acabaram virando uma só no filme, para simplificar. Mas o Ang Lee fez um trabalho ótimo, conseguindo reproduzir, por exemplo, aquela cultura judia nova-iorquina dos meus pais. Aliás, os atores que fizeram meus pais são mesmo muito parecidos com eles.

E o que achou do trabalho do comediante Demetri Martin interpretando o senhor?
Bem, eu era bem mais bonito que ele na época, mas o trabalho dele é excepcional, mostrando com clareza o gay que eu era na época, um sujeito que havia participado das manifestações de Stonewall mas era incapaz de se assumir para a família judia. Ang e James queriam que eu me sentisse feliz com o filme, e eu estou felicíssimo com ele.

Muita gente acha que faltou falar mais dos artistas que se apresentaram no festival.
Mas o filme, assim como o livro, não foi feito para falar dos artistas. Sobre isso já temos muitos documentários, livros e estudos. Minha ideia, e acho que a de Ang Lee, era mostrar os bastidores daquela festa, como ela se tornou possível, e nessa tarefa eles foram muito bem.

As comemorações dos 40 anos de Woodstock parecem maiores do que os eventos dos 20 anos do festival...
E estão sendo mesmo. Eu acho que só mesmo o tempo faz a gente ter uma dimensão exata da importância de determinadas coisas ou pessoas em nossas vidas. A geração que viveu Woodstock está hoje nos seus 60 ou 70 anos, muitos já morreram. E o impacto hoje, na nova geração, é maior.

Como assim?
A realidade americana hoje é de uma crise econômica sem precedentes, duas guerras e um constante sentimento de sobressalto em relação às ameaças terroristas. Viramos um país com medo. Daí, quando se percebe que, em 1969, apesar da Guerra do Vietnã e do presidente Nixon, era possível ser livre e feliz, isso tem um impacto e traz uma nostalgia e uma surpresa imensas. Éramos capazes de ser libertários, de interagir, de brigar pela paz sem vergonha disso. As drogas eram maconha e ácido, drogas gregárias, nada das drogas sintéticas egocêntricas de hoje. A gente se divertia em rolar na lama. Essa simplicidade e alegria de viver meio que se perderam hoje.

E o principal legado de Woodstock, para o senhor, é um legado comportamental, cultural ou musical?
Eu não tinha a menor noção de como o festival mudaria a minha vida e a vida de toda uma geração. Foram três dias de rock e mensagens em defesa do amor livre e da paz no mundo como nunca mais se repetiu. Afinal, era meio milhão de pessoas em Bethel e outras tantas presas no engarrafamento a caminho da festa. Eu levei três anos escrevendo o livro e dois negociando a produção do filme com Ang Lee. E o que eu percebi, nesse meio-tempo, foi que Woodstock mudou a forma como víamos o rock, os jovens, a guerra e até o sexo. Tudo passou a ser olhado com mais seriedade.

E as suas mudanças pessoais? Woodstock o ajudou a se assumir como gay?
Completamente, e isso está claro no livro e no filme. E é bom que seja assim, porque o processo de assumir-se não é o mesmo para todo mundo. Estou cansado de filmes com gays estereotipados, e "Aconteceu em Woodstock" conta a história de uma pessoa que pode ser um exemplo de vida, por achar o seu caminho e sua identidade. E essa é a lição de otimismo e fé na vida que o livro e o filme passam, de forma divertida.

O senhor acabou não assistindo a um show sequer do festival.
Não assisti porque o nosso hotel virou o quartel-general dos organizadores de Woodstock, e nós tivemos um trabalho enorme para viabilizar aquela festa. Mas eu ouvia os artistas do lago ao lado do hotel. E o que eu ouvia era excepcional. O rock produzido e exibido ali era uma mensagem libertária, com letras geniais, bem diferentes do desabafo violento e preconceituoso do hip hop ou do rock pesado atuais. A trilha de Woodstock ficou comigo, ainda que minha cantora favorita seja mesmo a Judy Garland.

E as críticas sobre as drogas e de que aquilo era um evento para hippies?
Era a voz dos conservadores da época, muito parecida com a dos conservadores de hoje. Nosso hotel acabou funcionando como uma espécie de posto de saúde, e o que se via eram casos de gente bêbada ou muito doida de ácido. Ninguém morreu, coisa que seria impensável hoje num festival com 500 mil pessoas.

A cultura americana ficou melhor depois de Woodstock?
Não tenho a menor dúvida. Os eventos daquele verão em Nova York já foram reconhecidos como uma virada na vida cultural americana. E foi tudo tão por acaso...

O senhor agora trabalha na realização do Gaystock? Pode explicar do que se trata?
É um festival de música com bandas de gays e lésbicas para um público homossexual. Há um enorme mercado consumidor para este público que não é bem atendido. Eu não falo só das músicas, mas do pacote musical completo, que inclui as letras e o comportamento das bandas. Deve ser em Miami, onde moro parte do ano. E até sobre isso eu preciso agradecer a Woodstock, porque foi com a visibilidade dos 40 anos do festival que alguns estúdios se interessaram em montar o festival comigo. Ainda não tem data marcada.

Seu livro está sendo lançado em português. O senhor conhece o Brasil?
Fui ao Rio há 20 anos e adorei. Achei magnífico, apesar das recomendações que todos fazem para que os turistas tomem cuidado com a violência. Eu até aprendi umas palavras em português, mas a esta altura já não me atrevo a falar nada.

Por: Gilberto Scofield Jr (O Globo)

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(video) Drogas e direção

Dica do @oliveira_deco.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Earthdance São Paulo 2009 - Maior evento sincronizado de música eletrônica e dança do mundo

Criada em 1996, na California e desde 2000 no Brasil, a Earthdance é uma ONG internacional sem fins lucrativos, que anualmente promove um evento sincronizado em diversos países de todos os continentes, com o objetivo de custear causas humanitárias em prol da paz, tendo como ferramenta a dança e expressões artísticas e culturais que permeiam o universo da música eletrônica no mundo. Anualmente, a organização escolhe parceiros responsáveis em cada país (chamados Embaixadores) e os incentiva a realizar um evento de cunho humanitário e pacífico com a bandeira Earthdance, disseminando consciência social e ecológica a arrecadar fundos para a paz mundial.

Em todo o mundo, cada evento beneficia ONGs e/ou instituições de caridade que trabalham com o meio ambiente, crianças carentes, tribos indígenas ou jovens urbanos. Para o ano de 2009, o tema escolhido é “Blessing the Children”, transmitindo a idéia da sustentabilidade como o melhor caminho de preservarmos o mundo para as gerações futuras. Nesse ponto, a organização também propõe um debate, o que está sendo feito para que as próprias crianças aprendam a fazer um mundo melhor. Ao escolher a ONG Makanudos do Javeh, buscamos incentivar ações que coloquem as crianças em um patamar inteligente de convivência com o planeta.

Desde 1997, o evento cresceu mais de seis vezes em tamanho e foi descrito pela mídia especializada em música como “O Dance Aid do novo milênio". Desde 2000, mais de 30 mil reais já foram doados pela Earthdance em festas organizadas pelo Zuvuya.net em parceria com diversos outros núcleos. Desde 2007, a 4iDeas! Productions assumiu a produção do evento em São Paulo, sendo também a coordenadora geral das Earthdance que ocorrem em todo o Brasil.

No final de semana dos dias 26 e 27 de setembro, aproximadamente 200 mil pessoas pelo mundo unem suas energias no maior evento sincronizado de música eletrônica no mundo, utilizando a interação entre música e seres humanos, e as batidas do psytrance para lutar por um mundo melhor. No Brasil, a celebração acontece também em Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Brasília e Teresina.

O clímax do evento ocorre durante o link global, às 20h00 do Brasil, quando todas as festas Earthdance, em cada cidade ou país, tocam a música "Prayer for Peace" no mesmo momento. A Earthdance se tornou uma comunidade mundial forte e, como resultado, evoluiu de um evento anual para uma plataforma estável para música, arte e novas tecnologias.

“Mais do que ajudar as crianças, queremos possibilitar que adquiram ferramentas para criar e vivenciar um futuro onde a cosnsciência ecológica seja regra. Um mundo melhor não depende apenas de fazermos nossa parte, mas também educar para que todos o façam. O movimento eletrônico se encontra em constante crescimento, e pode ser usado inteligentimente por uma causa maior”, afirma Jigar Assar, embaixador da Earthdance International no Brasil.

Earthdance SP 2009
Data:
26/09/2009
Horário: 12h00
Local: No Alto da Serra da Mantiqueira
Cidade: São Paulo-SP

Pelo segundo ano consecutivo, a 4iDeas! Productions e o núcleo Mystic Tribe se unem para a realizar a festa em um local novo, situado no Vale do Paraíba, em meio a estonteante natureza da Serra da Mantiqueira. Trabalhando com cooperativas e apoios locais, muitas propostas estão sendo desenvolvidas para mostrar à todos que técnicas de sustentabilidade e permacultura podem ser a solução para um convívio pacífico para o planeta

Para isso uma série de iniciativas serão propostas, como Plantio de Árvores, Distribuição de Porta Micro-Lixo, Doação de brinquedos, Doação de Livros Escolares, Produtos feitos a partir de materiais reciclados, Palestras, Permacultura, além de palestras, workshops e principalmente muita música de qualidade para completar esse grande cenário de celebração.

Especialmente nesse ano, a Earthdance SP incentiva e pede a colaboração para a doação de brinquedos e livros aproveitando a proximidade com a data da celebração do Dia das Crianças no Brasil, bem como promoção de consciência ambiental de modo criativo através de palestras, espaços para ONGs, e distribuição de recipientes portáteis para micro-lixo e reciclagem de materiais.

A edição paulistana da Earthdance 2009 reunirá mais de 30 DJs e produtores de música eletrônica convidados, entre eles artistas como o francês Absolum, Analog Drink, Braincell, S- Range, Janczur, Pedrão, entre outros a serem confirmados até o evento A festa ainda conta com a presença de VJs, malabaristas, pirofagistas, artistas circenses, performancers, workshops e estandes para ONGs ambientalistas.

mais:
www.earthdance.com.br
twitter.com/earthdancesp

Por: Ligia Varo - Onze11

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Secretário de Saúde orienta fechamento de boates no Litoral catarinense

Como se adiantasse algo….

BALNEÁRIO CAMBORIÚ - O secretário de Saúde José Roberto Spósito solicitou ontem à tarde ao prefeito Edson Renato Dias, o Piriquito (PMDB), que decrete o fechamento das casas noturnas do município até dia 1º de setembro, a fim de evitar a proliferação do vírus H1N1, causador da gripe A. Spósito sustenta que a medida é necessária, diante da falta de ventilação nos locais e o contato próximo entre frequentadores. O prefeito mostrou-se favorável à ideia, mas ainda não havia decidido se adotaria a medida, até o fechamento desta edição. Ele afirmou que a decisão deveria ser tomada na manhã de hoje.

– Devemos tomar um posicionamento de prevenção à vida. O decreto seria uma forma de proteção aos frequentadores, funcionários das casas noturnas e aos próprios empresários. Qualquer prejuízo econômico decorrente de 15 dias seria momentâneo e contornável, ao contrário do prejuízo a vidas humanas – argumentou Piriquito.

A Secretaria da Saúde de Balneário Camboriú monitorava ontem três casos suspeitos, à espera dos exames. Outros três pacientes confirmados com gripe A estão melhores.

– Nossa postura pode parecer antipática, mas é preventiva, pois as principais vítimas da gripe A têm sido adultos jovens. Pedimos que as pessoas fiquem em casa, mas acreditamos que uma medida para suspender eventos em locais fechados possa evitar a contaminação em larga escala – declarou Spósito.

Fonte: Clic RBS (11.08.2009)

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DJ Ingrid em turnê na Europa

DJ e produtora santista fez muito sucesso em apresentação na Italia

DJ Ingrid, uma das mais comentadas DJs e produtoras do Brasil, se apresentou na última sexta-feira, dia 7 de agosto, na festa Garden Party na cidade de Venafro na Italia. A festa foi um sucesso e teve a Djane brasileira no comando da pista. “Foi perfeito!”, afirmou a artista santista.

Com uma série de indicações e prêmios conquistados em todo o Brasil Ingrid toma outros rumos e segue para uma série de apresentações na Europa. Depois do sucesso na Garden Party, no dia 7 de agosto Ingrid se apresenta novamente na festa open air na piscina do hotel Dora dia 21 de agosto.

Seu DJ set vai do house ao techno podendo ouvir variações de electro, minimal, clássicos e breaks, muita influência no tech-house.

Você pode ouvir todo o set gravado ao vivo na festa Garden Party no Link: http://soundcloud.com/djingrid/01-dj-ingrid-ao-vivo-garden-party-italia

A apresentação também foi filmada e já esta disponível na internet. Confira a Djane Ingrid na Italia:

 

A única residente mulher da noite Moving do club D-Edge de São Paulo lançou em 2007 as faixas “Beladona e Los Ninos” na compilação nacional “Deep volume 1 e Deep volume 2, pela Transmit Music em 2007.

No mesmo ano, Ingrid lançou a track “Mission of Luv” em uma compilação dedicada só a produtoras femininas pelo selo francês Falco Music – Djette vol 1.

Em janeiro de 2008 lançou a faixa “Lover Boy” pelo selo Definittive Records, que está disponível no Beatport. Confira todas as novidades de Ingrid em seu myspace www.myspace.com/djingrid

A Tune Music Agency & Management é a responsável pelo booking da DJ Ingrid. Para a contratação de Ingrid entre em contato com a Tune Music Agency & Management pelo site http://www.tune.art.br

Mais Informações:
http://www.myspace.com/djingrid

Por: Marcelo Malanconi

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Woodstock completa 40 anos de paz, amor e rock’n’roll

Longa-metragem, museus e livros retratam e celebram o lendário evento de 1969

Há exatos 40 anos, entre os dias 15 e 18 de agosto, acontecia o evento musical mais marcante e significativo da história da humanidade, o Woodstock Music & Art Fair. O capítulo, que reuniu cerca de 186 mil pessoas, transformou os campos de uma fazenda em Bethel - Nova York em palco para aquilo que seria tomado como referência mundial para um verdadeiro festival de rock.

O acontecimento foi organizado à base do improviso, e contou com as lendárias apresentações de nomes como Ravi Shankar, Santana, Greatful Dead, Creedence Clearwater Revival, Joan Baez (grávida de seis meses), Janis Joplin, The Who, Jefferson Airplane, Joe Cocker, Jimi Hendrix e a esteia de Neil Young no supergrupo Crosby, Stills, Nash & Young.

Numa data incontestavelmente importante, lançamentos de livros, filmes e exposições de fotos e artefatos homenageiam a lendária celebração flower power. A começar pelo renomado diretor e vencedor do Oscar Ang Lee, que realizou o filme Aconteceu em Woodstock, baseado no livro de Elliot Tiber (Taking Woodstock). A película concorreu ao Festival de Cannes em maio, e a estreia no Brasil está prevista para janeiro de 2010.

Fatos & fotos
O Hall da Fama e Museu do Rock and Roll de Cleveland, por sua vez, comemora o aniversário com a mostra "Woodstock: The 40th Anniversary", que reúne diversos objetos pertencentes aos músicos. A exposição ficará em cartaz até 29 de novembro. Enquanto isso, o Museu de Londres exibirá, também, apanhado de imagens durante o mês de agosto. Os retratos farão parte de um livro do projeto "Woodstock Experience". A seleção foca nos registros feitos pelo único fotógrafo oficial do festival, Henry Diltz, e pelo jovem Dan Garson, que à época foi convocado a clicar o evento para a revista do colégio.

Já o promotor do Woodstock Michael Lang, o qual pretendia fazer uma edição do festival este ano para comemorar seus 40 anos, acabou mudando de ideia. Entretanto, ele não se contentou em deixar a data passar em branco e escreveu o livro The Road to Woodstock, lançado dia 30 de junho nos Estados Unidos. Nele, Lang conta histórias dos bastidores e algumas curiosidades, como a razão pela qual Bob Dylan não se apresentou em Woodstock.

O site de vendas de livros, filmes, CDs, etc, Amazon.com não podia ficar de fora. Aproveitou a ocasião para lançar exclusivamente o DVD Woodstock: 3 Days of Peace & Music Director's Cut (40th Anniversary Ultimate Collector's Edition Exclusive Bonus Disc) - um boxset trazendo o filme produzido por Martin Scorsese, vencedor do Oscar de melhor documentário em 1971, e retrato definitivo do evento. Além de muitos bônus, inclusas quatro horas de cenas editadas pelo diretor, três de conteúdo extra e mais. O boxset ainda oferece outros mimos, como uma reedição da Life Magazine com mais de 60 páginas, um adesivo, fotos e algumas surpresinhas.

Saiba mais sobre o Woodstock aqui.

Por: Flavinha Campos - skolbeats

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

(fotos) Manticas Low Beats - 08.08

Sem palavras! Não tem como descrever a última festa realizada pelo núcleo catarinense Manticas. Dedicada apenas ao LOW BPM a festa contou em seu line-up com o DJ e organizador da Tribaltech, Jeje e também com nomes da cena local, com destaque para Eder Fronza (baixe o set de agosto), que fechou a festa em grande estilo.

Veja algumas fotos abaixo.

Outras fotos em:
www.hleranafesta.com.br

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Praia do Garcez a nova casa do Universo Paralello

A organização do UP confirmou o que já se comentava nos blogs e sites de relacionamentos. A próxima edição do festival será em um novo lugar. Veja o comunicado oficial retirado do site do festival.

Como todo organismo vivo no planeta estamos em constante transformação e acreditamos que mudanças são bem vindas quando o novo vem para acrescentar e o que passou fica no coração e na memória, como terreno fértil e acolhedor, que nos propiciou crescer e chegar até aqui.

Após seis anos na querida Ituberá (BA), onde plantamos e colhemos, conhecimento, experiência, e principalmente amigos, é hora de germinar em outro lugar mantendo a proposta itinerante que nos acompanha desde o nascimento do projeto e o objetivo de espalhar a cultura alternativa, paz e amor, para quem quiser e souber viver essa magia.

A mudança de governo e sua nova gestão nos impossibilitaram de seguir no mesmo local. No intuito de preservar o festival, e tendo em vista novas e boas alternativas, optamos pela mudança de local.

O novo espaço que nos acolhe segue a linha de belezas que já conhecemos das praias paradisíacas da Bahia. Localizada entre Morro de São Paulo e Ilha de Itaparica, há 80 km de Bom Despacho (desembarque do Farryboat de Salvador), povo e governo nos recebem de braços abertos, como sempre foi, típico carisma baiano.

A Praia do Garcez, na Ilha d’Ajuda, localizada no Município de Jaguaripe, é mais uma praia fantástica da Costa do Dendê, situada entre mar e rio, cercada de Mata Atlântica e coqueirais. Uma área de mil metros de praia particular, absolutamente isolada, onde não circulam automóveis, camping totalmente sombreado, estacionamento ao lado da portaria que já é dentro do festival.

A região conta com vários rios de água doce nas imediações, possibilitando ao visitante mais uma opção de banho, podendo se refrescar agora em água doce ou salgada. Somado a tudo isso, outro boa nova é a possibilidade de acréscimo de mais um dia de festa para fechar com chave de ouro nossa celebração.

O Universo Paralello em sua edição especial convida a todos para mais uma vez celebrar o ano novo na beira da praia, agora Ilha d’Ajuda (BA), encantadora praia do Garcez, entre os dias 28/12/2009 a 03/01/2010.

Tomados por uma alegria única começamos a preparar o Universo Paralello. Um encontro que pretende resumir toda magia de uma década de celebração entre amigos, cercados de arte, cultura alternativa, natureza e muita música.

No clima de renovação começa agora o festival de 10 anos do U P e você é parte fundamental nessa comemoração. Vamos então fazer desse encontro um grande ritual, iniciando assim um ciclo de muita alegria, confraternização e aprendizado junto ao próximo e a natureza, onde os ritmos se multiplicaram e as sensações se unificaram numa só frequência.

Em breve mais informações detalhadas sobre os preparativos e atrações desse grande encontro. Por hora, sejam todos, mais uma vez, muito bem vindos.

UP Crew

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sábado, 8 de agosto de 2009

(entrevista) John Acquaviva

A revista House Mag (edição julho/agosto) publicou uma entrevista bem descontraída com o criador do revolucionário portal beatport, Jonh Acquaviva. Nela o DJ declara seu amor pela música e revela sua outra grande “paixão”. Vale a pena a leitura.

Quando começou seu envolvimento com a música?
Sempre tive o vírus da dance music. Quando era mais novo, no colégio, comprava os discos que mais gostava e tocava para meus amigos nas festas. Continuei sendo o cara que organizava e selecionava as músicas, até que passei das festas do colégio para assumir residências em clubs. Aos 19 anos me tornei o residente de um club em 1982. Comecei a comprar equipamentos de estúdio, conheci o Richie Hawtin e iniciei minha carreira internacional em 1989-90.

Sua carreira deu um salto em 1989, quando você fundou junto com Richie Hawtin o selo Plus 8 Records. Como você descreve o mercado naquela época? Afinal vocês foram bem precursores… Muitas dificuldades?
Não havia e-music por si só ainda. Era analógico na maioria das festas. Era um mundo diferente, certamente. As pessoas que faziam música nos anos 80 e início de 90 eram em sua maioria “freaks”, acreditando em um futuro tecnológico. Eu não me sinto mais como uma “aberração”.

O Definitive Records, também em parceria com Richie, já completou mais de 15 anos. Como você avalia hoje o selo?
Semos uma grande família. Eu mantenho meu foco no Definitive, que é um pouco mais House, e Richie tem o Minus (projeto que se tornou selo) e també a Plus 8 (selo) que também são minimal e techno. Sinto como se fôssemos irmãos, crescemos juntos e damos forças aos nossos artistas como se fossem nossos filhos.

Uma DJ brasileira, a Ingrid, está no seu casting, certo? Algum outro artista do Brasil você destacaria?
Sim, tivemos um release com a Ingrid. Eu adoro a energia dela. Lançamos uma música do Nyllon, Ulisses Nunes, Ilan Kriger e eu tenho muitas produções brasileiras que eu adoro e toco. Os produtores brasileiros, assim como os DJs, estão muito fortes agora.

Em qual DJ que hoje voê conhece e aponta como uma grande revelação para a cena eletrônica?
Acredito que todo mundo conhece ele. Meu talento preferido é o Oliver Giacomotto.

Como surgiu a idéia de lançar o Beatport.com?
Quando muitos de nós começamos a tocar com laptos e tecnologia “final scratch” percebemos a necessidade de mais conteúdo digital. Um grupo nosso sentiu que era finalmente o momento de tornar nossas músicas internacionais, mais acessíveis para um número maior de pessoas, via internet. Hoje ajudamos artistas e labels a chegar nos DJs que são pagos pelo conteúdo. Também oferecemos melhores preços para o cliente que estava pagando muito dinheiro para os vinis e CDs.

Você está praticamente numa permanente turnê mundial. Quais países te chamaram mais a atenção até hoje?
Non-stop tour, é verdade! Estou em turnê há 20 anos. Eu sou um verdadeiro viciado em viagens e música! Assim como comida, eu gosto de várias opções, então cada país e cidade tem seu próprio charme. A América do Sul é demais com o Brasil a frente. Os países pequenos e as cidades pequenas guardam as maiores surpresas porque você nunca sabe o que esperar.

Você tem um histórico de muitas gigs em grandes festivais. Prefere tocar em festivais ou em clubs?
A cada 100 gigs talvez eu toque em 20 festivais. Nossa música é sobre clubs e clubbers. Mas os festivais são os bônus e o lado grande do nosso negócio. Eles têm uma energia muito maior como os grandes concertos tendem a ter. É muito divertido tocar nesses eventos intensos e imensos. Os clubs são muito bons porque você pode fazer sets mais longos e tentar diferentes sons e grooves.

Como você avalia essas duas décadas de carreira como DJ? Pretende seguir na carreira, produzindo e viajando, ainda por um bom tempo?
Estou na primeira divisão internacional por 20 anos, só motivos para ficar feliz e agradecer. Eu amo música e sempre quis tocar as pessoas com ela, seja ela minha própria música ou tocando músicas de outros produtores que admiro. Ainda faço e, mais importante, as pessoas ainda me convidam. Então, pra que parar?

Imagina-se em outra profissão?
Sim e não. Música é a minha vida e eu vivo quase tudo que faz parte deste universo. Eu adoro comida e cozinho por hobbie, então se não estivesse fazendo música diria que faria esportes o dia inteiro e pensaria seriamente sobre cozinhar o tempo todo.

Suas produções influenciam milhares de DJs ao redor do mundo. O que te inspira na hora de produzir?
Ouvir e, mais importante, achar a nova “música-bomba” de um novo artista/label. Como um verdadeiro viciado, eu vivo para mais uma “bola”. Essa busca me mantém renovado.

Quais tracks/EPs você lançou recentemente?
Dêem uma olhada e registrem-se no meu recém-inaugurado podcast cia meu website ou myspace. Ao menos uma hora a cada mês com playlists da mais novas e melhores faixas.

www.myspace.com/acquavivadj

Por: Davi Paes e Lima (revista House Mag – Julho/Agosto)
Colaborou: Alan Watkins

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Dré Guazzelli se prepara para tour Europa 2009

Conheci o som do Dré nessa última edição do UP - #9. Foi um dos melhores sets que presenciei durante o festival, não dava vontade de abandonar a pista alternativa para tomar aquela ducha “cheirosa” e se preparar para a virada do ano.

Na Tribe Light pude conferir o som dele novamente e mais uma vez foi “sem palavras. Agora o DJ irá mostrar todo o seu talento para os gringos.

O ano de 2009 para o dj e produtor Dré Guazzelli (foto) tem se mostrado nada mais que um reflexo dos 7 anos de estrada desse artista jovem e versátil, que nao se prende a rótulos, ou seja, no mínimo excelente.

Dré marcou presença nas melhores festas como Universo Paralello, onde se apresentou nas 3 pistas do festival e na festa Tribe, além de ter se apresentado nos melhores clubs do Brasil como Clash, Anzuclub, bar Sonique e Pacha. Dré Guazzelli também foi presença constante em todos os eventos da Nokia Flagship Store da Oscar Freire.

O mês de agosto vem para dar seqüencia ao bem sucedido ano e assim Dré Guazzelli se prepara para mais uma tour pela Europa, embarcando para Londres, onde se apresentará em duas festas.

No dia 14 de agosto Dré se apresenta na festa Made in Brazil ao lado de djs brasileiros no famoso bairro de Camden Town.

No dia 15 de agosto o dj, que estava escalado para se apresentar na festa Respect em São Paulo, recebeu o apoio e incentivo da produção da festa no Brasil e está então confirmado para tocar no renomado club the Egg, também em Londres, por onde ja passaram grandes nomes como Phonique, Popof, Mike Monday, Sebastian Leger, entre outros.

Em seguida Dré parte para a paradisíaca ilha espanhola Ibiza, se apresentando no dia 16 de agosto no club Privilege, que possui um dos maiores dancefloors do mundo, e por onde passam com freqüencia nomes como Tiesto e Mauro Piccoto.

Para o dia 17 de agosto, o selo Hed Kandi prepara uma festa no hotel És Vive – Ibiza, e Dré Guazzelli se apresentará ao lado do ibizenco Robbie Romero e do austríaco Stereo Sushi.

Na sequencia, Guazzelli se apresenta no renomado El Divino, no dia 19 de agosto na festa da Deep Flight Records ao lado de Robie Romero e Stereosushi.

Para os brazucas que estiverem curtindo o verão europeu, vale a pena irem conferir!

mais:
http://www.myspace.com/andreguazzelli

Por: Por: Ligia Varo (Onze 11)

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

(video) Partly Cloudy

Partly Cloudy é a nova animação dos Estúdios Pixar. Assim como os outros títulos da Pixar: Presto (meu favorito), One Man Band, Jack Jack Atack, Lifted e muitos outros os quais sou capaz de perder um sábado só assistindo essas obras primas criadas pelo pessoal do estúdio.

Assista abaixo Partly Cloudy:

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Mais um pouco dos “supergrupos”

Ontem postei uma matéria que saiu no G1 comentando sobre a união dos artistas: John Paul Jones (baixista do Led Zeppelin), Dave Grohl (líder do Foo Fighters) e Josh Homme (guitarrista e líder do Queens of the Stone Age). Hoje me deparo com o artigo da Flavinha Campos publicado no site do Skol Beats: Supergrupos voltam a surgir no cenário musical.

Uma boa dica de leitura para conhecer mais um pouco de The Dead Weather, Them Crooked Vultures, Chickenfoot (foto) entre outras bandas.

Supergrupos voltam a surgir no cenário musical

Forjado durante os anos 60, conceito rende frutos mais uma vez na história e se mostra uma boa investida para artistas já famosos afim de se jogar numa coisa mais "for fun" e menos comprometida

O fenômeno dos supergrupos apareceu no final da década de 1960. O termo veio para definir aquelas bandas cujos membros já haviam alcançado fama e respeito anteriormente, com outras empreitadas ou em carreira-solo, e que depois se reuniram em projetos paralelos bem-sucedidos. Com a boa repercussão de seu álbum de estreia, o The Dead Weather (no destaque), formado este ano por Alison Mosshart (The Kills, Discount), Jack White (The White Stripes, The Raconteurs), Dean Fertita (Queens of the Stone Age) e Jack Lawrence (The Raconteurs, The Greenhornes), traz de volta este conceito. O projeto surgiu como parte de uma jam session em estúdio, em janeiro último. Pouco depois, eles já haviam composto as canções de Horehound, que saiu há pouco no dia 14 de julho. Muito bem recebido pelo público, emplacou a 6ª posição das paradas norte-americanas e o número 14 no ranking britânico.

A mesma colcha de retalhos de talentos consagrados, característica predominante de qualquer supergrupo, pode ser conferida no Them Crooked Vultures, conjunto anunciado esta semana e constituído pelo líder do Foo Fighters - Dave Grohl, o vocalista do Queen Of The Stone Age - Josh Homme e o ex-baixista do Led Zeppelin - John Paul Jones. O trio se apresentará pela primeira vez em Chicago neste domingo (9), e já está em estúdio em Los Angeles, na Califórnia, trabalhando em novas músicas. Também lançou um site oficial, um MySpace, um Facebook e um perfil no Twitter. Em breve, veremos um álbum pintando na praça.

Outra banda que vem na esteira desta tendência é o Chickenfoot. De nome engraçado (Pé de Galinha), nasceu da união entre Sammy Hagar (Van Halen, Montrose), o baixista Michael Anthony (Van Halen), o guitarrista Joe Satriani e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers). Eles estrearam com disco auto-intitulado em junho. Sammy Hagar pode até não aceitar o rótulo, mas a definição do termo serve como uma luva para o combo que surgiu, assim como o Dead Weather, após uma jam session em um bar no México. As pessoas perguntavam se os caras lançariam um álbum e Sammy disse, brincando: "Vamos perguntar para Joe Satriani. Eu o considero o melhor guitarrista do mundo". O nome também veio de uma brincadeira, tal qual o logo, nascido da combinação de pé de galinha com símbolo da paz, mas acabou pegando.

Antes dessa onda embrionária de supergrupos vindo por aí, tivemos o Audioslave em 2001. Chris Cornell (Soundgarden, Temple of the Dog, solo), Tom Morello (Rage Against the Machine, Lock Up), Tim Commerford (RATM) e Brad Wilk (RATM) se juntaram com o fim do Rage Against the Machine. Após a saída do vocalista Zack de la Rocha, os membros restantes foram em busca de um novo vocal até ensaiarem com Chris Cornell - o entrosamento foi tamanho que, logo, concordaram em formar uma banda. Dois discos de sucesso depois, em 2007, o mesmo Cornell abandonou o projeto alegando divergências artísticas e conflitos pessoais.

Pioneiros

Um dos primeiros nomes a receberem o título de supergrupo foi o Cream (foto menor). Nascido em 1966, ainda que Eric Clapton fosse seu único membro realmente conhecido pelo grande público - pois já vinha do renomado The Yardbirds e do John Mayall & the Bluesbreakers -, isso não interferiu em sua classificação pela mídia. Os outros integrantes, Jack Bruce (John Mayall & the Bluesbreakers, Manfred Mann, Graham Bond Organisation) e Ginger Baker (Graham Bond Organisation), deram um toque de psicodelia ao projeto de raízes blues e hard rock. Não precisa nem comentar que a banda foi um estouro. Ao longo destes 43 anos de história, eles se juntaram e se separaram uma série de vezes - a última reunião aconteceu em 2005.

Além do Cream, também foi responsável por firmar este conceito o Crosby, Stills, Nash and Young, que, como o próprio nome diz, traz David Crosby (The Byrds), Stephen Stills (Buffalo Springfield), Graham Nash (The Hollies) e Neil Young (Buffalo Springfield) na formação. Inicialmente, o time não incluía Neil Yong. Ele veio somar-se ao trio apenas antes da apresentação no Woodstock no mesmo ano de 68. Young entrou e saiu da banda algumas vezes, por conta do sucesso que fez em carreira-solo.

Os supergrupos são assim, geralmente criados em brincadeiras, jam sessions e com o fim de outros grupos conhecidos. Nem sempre eles têm uma vida útil longa, talvez por causa da disputa de egos dos integrantes. Mas, muitas vezes, surgem apenas como projetos paralelos a fim de satisfazer uma necessidade artística imediata, sem a intenção de longevidade. De qualquer maneira, eles são super, enquanto duram.

Por: Flavinha Campos

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Músicos do Led Zeppelin, Foo Fighters e Queens of the Stone Age lançam projeto

Após o lançamento de Horehound, primeiro albúm da “superbanda” The Dead Weather - formada por nada menos que: Jack White (White Stripes e Raconteurs), Alison Mosshart (The Kills), Jack Lawrence (Raconteurs) e Dean Fertita (Queens of The Stone Age) – nasce mais um supergrupo: o Them Crooked Vultures.


John Paul Jones (baixista do Led Zeppelin), Dave Grohl (ex-Nirvana, atual guitarrista e líder do Foo Fighters) e Josh Homme (guitarrista e líder do Queens of the Stone Age) juntaram-se em um novo projeto, chamado Them Crooked Vultures.

O projeto é assunto dos músicos há anos – em uma entrevista à revista “Mojo” em 2005 Grohl disse que seu próximo projeto envolveria o próprio tocando bateria, Josh Homme na guitarra e John Paul Jones no baixo. "Esse vai ser meu próximo álbum”, comentou.

Josh Homme também falou sobre o novo grupo com o jornalista francês Cyril Deluermoz em abril deste ano.

“Estou trabalhando em outras músicas, mais roqueiras, com duas outroas pessoas. Esperamos estar em todos os lugares durante o verão”.

O Them Crooked Vutures já tem site oficial e página no twitter, e deve fazer sua estreia nos palcos no próximo sábado (8) no clube Metro, em Chicago.

Fonte: G1.com

Mais:
www.themcrookedvultures.com
www.facebook.com/crookedvultures
www.twitter.com/crookedvultures

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Videoclipe feito por Heath Ledger ataca indústria baleeira

Um videoclipe de animação dirigido pelo ator Heath Ledger, que faleceu no ano passado, estreou na internet na terça-feira. O filme, feito para a canção "King Rat", da banda de rock alternativo Modest Mouse, ataca a indústria baleeira.

Em seus seis minutos, o vídeo de animação recorre à ironia para expor sua mensagem contra a caça às baleias, mostrando-as em um navio comercial "caçando" humanos, que elas pegam com arpões, matam a pauladas e depois deixam sem a pele para transformá-los em biscoitos.

O australiano Ledger apresentou em 2007 ao vocalista do Modest Mouse, Isaac Brock, a ideia de um videoclipe que tomasse posição contra a caça às baleias realizada no litoral da Austrália, informou a rede de relacionamento social MySpace, que colocou o vídeo na internet na terça-feira.

O videoclipe já havia sido inteiramente planejado, mas estava inacabado quando Ledger morreu de uma overdose acidental de medicamentos em janeiro de 2008, assinalou o MySpace.

Depois de sua morte, a The Masses, produtora de filmes e música com a qual Ledger estava envolvido, finalizou o vídeo, segundo o MySpace.

Em fevereiro um Oscar póstumo foi dado a Ledger, na categoria de ator coadjuvante, pelo papel do Coringa em "Batman - O cavaleiro das Trevas"

Por: Alex Dobuzinskis (reuters)

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Psicodélicos e recreatividade: As problemáticas e riscos do uso ilícito.

O autor do projeto UltrAlice, Ciro MacCord, descreve o projeto da seguinte maneira “O projeto se utilizará do Design Gráfico enquanto linguagem pura, desconectada do circuito comercial, como forma de questionar a hegemônica proposta mercadológica, e abodará o complexo tema das drogas psicodélicas através de uma ácida crítica à desinformação e às defasadas políticas públicas atuais - assentadas sobre um violento proibicionismo incapaz de lidar com a real complexidade das drogas.”

Confesso que após a suspensão do Baladaboa achei que nunca mais iria ver na internet um projeto relacionado com esse tema. O projeto que pretendia educar os usuários de ecstasy, foi um dos pioneiros no país, porém em 2007 teve suas verbas cortadas pelo governo paulista no qual alegou que o material divulgado nos clubes e faculdades “incentivavam o uso de ecstasy”.

Em festivais como Universo Paralello, Festival Fora do Tempo e Soul Vision é comum encontrarmos grupos que buscam conscientizar as pessoas sobre “redução de danos”. Mas todos sabemos que o consumo desses “psicoativos” acontece além dos festivais.

A baixo um texto extraído do UltrAlice.

É preciso, antes de tudo, reconhecermos que o uso ilítico de psicoativos ocorre nos mais variados locais e pelos mais variados grupos e através de distintas famílias de químicos: entre elas, as substâncias psicodélicas. Apesar de agirem muito diferentemente de drogas estimulantes como a cocaína e o crack e de drogas depressoras como o álcool, os psicodélicos também incidem em danos à saúde pública. Mas de que forma estes riscos de apresentam? E de que maneira as lesões provocadas pelo abuso e uso inconsciente podem ser efetivamente reduzidas?

Durante os anos 60, atamancados na efervescência da Contracultura, os psicodélicos disseminaram-se entre vastas populações, sobretudo de jovens, os principais proponentes do Movimento Hippie – um movimento que, diante do ecatômbico panorama da guerra e de uma completa escassez de perspectivas, procurava questionar a hegemonia capitalista norte-americana, criticando ferozmente a capenga tentativa de suprimir a desesperança do povo através de gadgets inacabáveis e novidades tecnológicas para o conforto. O sonho americano estava sendo mostrado às avessas.

Nesta dinâmica de grandes mudanças sociais e um fluxo que pretendia se finalizar na ruptura, os psicodélicos representaram uma espécie de motor de auxílio. Tais substâncias, até então pertencentes aos dominós da ciência e às mais novas vanguardas que investigavam principalmente o comportamento, o cérebro e a consciência humana, despiram-se da imagem de alcalóides promissores na pesquisa clínica e respostas à natureza do ser e da percepção para tornarem-se o produto do propagandismo hippie que dizia que estas drogas expandiam a mente.

De certa forma, tal propagandismo baseava-se em experiências verídicas e opiniões compartilhadas: parte dos jovens que propuseram o movimento da Contracultura haviam se voluntariado anteriormente para experimentos clínicos com substâncias como o LSD, inclusive para o programa investigativo da CIA, o MKULTRA, que procurava estabelecer estratégias químicas de guerra ou uma busca pelo tão desejado soro da verdade. O insucesso dos testes para a guerra, no entanto, não foi capaz de apagar as experiências profundas e transformadoras vivenciadas pelos voluntários, que, ao juntarem-se a alguns cientistas que abandonaram o caráter acadêmico em função de um certo deslumbre pelos psicodélicos, como o psicólogo Timothy Leary, formaram a base do Movimento Hippie.

Este momento representou o trágico escape das substâncias psicodélicas dos domínios científicos: a disseminação do uso indiscriminado e inconsciente destas drogas significou o fim absoluto das pesquisas clínicas que mergulhou tais químicos em uma moratória científica de aproximadamente três décadas. Durante os anos 60, substâncias como o LSD popularizaram-se até mesmo mais do que a própria maconha (THC) e milhares de jovens e adultos entraram em contato íntimo e direto com os fármacos.

Entrava em cena, pela primeira vez na história dos psicodélicos, o uso recreativo destas substâncias – e de forma massiva. Até então tais drogas já haviam desenvolvido importantíssimos papéis na cultura e religiosidade, como no universo dos povos pré-colombianos, e também, de forma muito expressiva, no mundo científico, mas a sua significância enquanto aspecto modificador da esfera social em larga escala era novidade.

A disseminação do uso recreativo de drogas como o LSD e psilocibina, no entanto, denunciou uma série de riscos e perigos que jamais se apresentaram sob o olhar da religião ou da ciência e, ao contrário do que se supõe inicialmente, não diziam respeito a danos fisiológicos ou dependência, mas sim ao frágil equilíbrio da psique. Estudos sobre os riscos físicos apresentados, como os do químico suíço Albert Hoffman para o LSD, provaram e continuam provando que a toxicidade cerebral destes alcalóides é baixa (em certos casos, como o da Ayahuasca, bebida sacramental que contém DMT, ela é comparável á toxicidade do suco de maracujá) e que eles não possuem mecanismos capazes de gerar dependência física, ou seja, os riscos fisiológicos não são capazes de acarretar distúrbios orgânicos ou provocar overdose, mas podem apresentar-se como drogas devastadoras no aspecto psíquico.

O grande perigo reside no fato de que os efeitos psíquicos apresentam-se de forma extremamente variada e provocam experiências imprevisíveis e subjetivas: elas podem mergulhar o usuário tanto em uma vivência de êxtase e expansão consciencial como também em uma vivência aterradora de medos profundos, paranóia e pânico (má viagem, bad trip). Os psicodélicos desencadeiam experiências intensas de alteração de percepção, e a natureza das “jornadas”, diferentemente do que se crê, vai muito além do aspecto visual: ela ultrapasse os limites do próprio corpo e pode provocar novas sensações que concernem à natureza do próprio ser e da consciência. Estes efeitos, jamais observados em outra família de fármacos, apresentam-se de maneira profunda e submergem o usuário, vertiginosamente, em um mundo de percepções estranhas e irreconhecíveis, e é aqui que reside o risco: o despreparo e a falta de monitoramente científico ou religioso no trato com estas modificações tão bruscas podem causar severas marcas na psique humana.

Além deste fator, outra característica única dos psicodélicos, e que também incide nos perigos do uso recreativo, é a capacidade de provocarem um efeito conhecido como psicolítico: liberação de conteúdos reprimidos, traumas, motivações afetivas e reconhecimentos dos porquês da personalidade na forma de revivências e experiências de catarse.

Tais efeitos, que se sobrepõe terminantemente aos os efeitos fisiológicos – dilatação das pupilas, aumento da pressão sanguínea e efeitos eméticos variáveis (vômito) – decorriam de maneira segura sob o monitoramento científico ou na prática religiosa: universos onde o reconhecimento destas substâncias e o uso consciente e o conhecimento prévio são determinantes. Já no uso recreativo, iniciado nos anos 60 e definitivamente estabelecido com o nascimento da cultura da música eletrônica a partir das décadas de 80 e 90, eles decorrem de forma aleatória e ameaçadora: a ignorância, o uso abusivo e a total ausência de monitoramento podem transformar os efeitos profundos em altos riscos para a saúde mental. Torna-se fácil imaginar as decorrências negativas das alterações intensas e efeitos psicolíticos em um usuário recreativo que não possui nem mesmo idéia da natureza daquilo que ingere.

Estudos como o do psiquiatra norte-americano Sydney Cohen, em 1960, procuraram estabelecer porcentagens relativas a estes danos. Cohen contou com dados de 44 pesquisadores da época que investigavam substâncias como o LSD e a mescalina clinicamente, casos de administração que somavam aproximadamente 25.000 doses em 5.000 voluntários. Cohen concluiu que, sob condições médicas apropriadas e preferencialmente trabalhando-se com voluntários saudáveis (trabalhou-se bastante com pacientes psicóticos), a pesquisa psicodélica não oferecia risco. Em 69, o psiquiatra britânico Nicolas Malleson, apesar de porcentagens um pouco maiores, chegou a conclusões similares.

A forma com que estes danos se apresentam, no entanto, ainda representam mistérios científicos. A partir do momento em que estas drogas espalharam-se em grandes populações e a sua utilização recreativa foi amplamente advogada, no decorrer dos anos 60, surgiram relatos sobre psicoses permanentes provocadas pela ingestão até mesmo de suicídios desencadeados por este uso. A grande questão estabelecida nos laboratórios era: estas drogas provocam o despertar de estados psicóticos latentes e geneticamente herdados ou possuem a capacidade de gerar, por si próprias, estados psicóticos permanentes?

Estudos que procuravam quantizar estes danos, como os dos psiquiatras Sydney Cohen e Nicolas Malleson, no entanto, tornaram-se de extrema dificuldade a partir do final dos anos 60, quando os psicodélicos foram proibidos nos territórios mundiais e inclusive retirados, à força e de maneira arbitrária, das mãos da ciência. Estimou-se que um quarto dos americanos que haviam experimentado o LSD, por exemplo, sem monitoramento científico, experienciaram as conhecidas más viagens (bad trip): um evento preocupante no que diz respeito aos danos psicológicos severos desencadeados pelos psicodélicos.

A hipótese mais aceita no meio científico é a de que estes acalóides, quando provocam tais danos severos e a longo-prazo, na verdade, dão uma espécie de clique em quadros psicóticos pré-existentes, latentes e herdados. Mas enquanto a ciência não é capaz de responder com exatidão a certas perguntas e mesmo que procuremos agir com dissimulação, o uso recreativo e ilícito de drogas com o LSD, hoje, representam uma perigosa verdade social: se a violência de um proibicionismo sedimentado em um tabu generalizante não é capaz de lidar com a natureza complexa e com os riscos apresentados pelos psicodélicos, como diminuir tais danos?

As políticas de redução de danos tem tomado força nos últimos anos, mas também tem sofrido o ataque conservadorista que as consideram uma espécie de apologia. A questão é simples: ou reconhecemos que as políticas públicas de segurança não são capazes de sanar a problemática das drogas e que estas drogas precisam ser discutidas e compreendidas pela sociedade como um todo ou fingimos que tais drogas não existem e que os danos por elas provocados são meras manifestações do além.

A política meramente proibicionista presume-se total, mas acaba por mergulhar no reducionismo do universo das drogas: ela anula todas as demais implicações – saúde pública, história, religião e até mesmo a própria ciência – e procura estabelecê-las dentro de uma única problemática: a da segurança pública. Esta incompetência, ao contrário do que presumem as frentes conservadoras, pode ser positivamente transformada pela incorporação de políticas públicas de redução de danos: estas políticas estendem-se da disseminação da informação correta e sincera até o universo da educação, onde denunciam o completo despreparo das instituições em instruir a população, de maneira honesta, sobre os riscos reais das drogas e sobre a diferença abissal entre os grupos de psicoativos.

Neste contra-fluxo encontramos iniciativas como as da MAPS (Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos), que produz material anti-desinformação de alcance público e que segue diretrizes de políticas de redução de danos na questão das substâncias psicodélicas. Como um bom exemplo, temos o vídeo Lidando com Experiências Psicodélicas Difíceis, através do qual especialistas procuraram definir princípios gerais de como auxiliar alguém que está vivenciando uma má viagem (bad trip) e de como esta abordagem pode ser determinante para a diminuição de possíveis danos para o usuário. Como dito no próprio vídeo: psicodélicos são utilizados por variados motivos e por variados grupos sociais, você pode encontrar alguém próximo sob efeito de um psicodélico em alguma altura da vida.

A recreatividade no mundo dos psicodélicos oferece riscos muito distintos de outras famílias, como a dos estimulantes e a dos depressores, e há muito despreparo e falta de informação neste trato. É preciso que se discuta o uso, a natureza e os riscos destas drogas nos ambientes familiares, escolas e rodas de amigos, do contrário os danos irão continuar incidindo em um submundo que se passa debaixo dos nossos próprios narizes e sob os nossos olhos hermeticamente fechados.

Por: Ciro MacCord

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