domingo, 27 de setembro de 2009

Liberar ou não o download: dilema do MP3 ilegal volta a tirar o sono dos artistas

Polêmicas de Lily Allen e repressão à troca de arquivos racham opiniões. 'Tem uma coisa meio inconsequente na nova geração', diz Zero Quatro.

Era uma vez o Napster. Lançado em junho de 1999 por dois estudantes de computação como uma ferramenta para facilitar a busca de arquivos em formato MP3, o serviço on-line de compartilhamento de dados se tornou a principal sensação da internet naquele ano. Agitou os fãs de música, gravou de vez a palavra “download” (baixar) no vocabulário mundial e, ao mesmo tempo, acendeu o sinal de alerta de gravadoras e artistas que, de repente, viram seus fonogramas sendo trocados de um canto a outro do planeta, à velocidade de um clique e, pior, sem que os internautas pagassem nada por isso.

Uma década depois, o Napster não existe mais – foi fechado em 2001 graças a um processo movido pela RIAA (a associação de gravadoras dos EUA) e apoiado por nomes como Madonna, Dr. Dre e Metallica –, mas o fantasma do download livre, ilegal e gratuito continua a tirar o sono de uns e a encher os iPods e computadores de outros. Sem falar nos bolsos de quem “queima” (outro verbete reinventado pela geração MP3, que significa gravar os arquivos digitais em CD ou DVD) e vende os discos piratas na rua.

“Posso até parecer pedante, mas antes isso do que a demagogia rasteira que está assolando o falso debate sobre isso. Ao contrário do que estão chamando de movimento para baixar, eu preferia apostar numa alternativa como o movimento para pagar e baixar música ou música para pagar e baixar.”

O depoimento ao G1 é de Fred Zero Quatro, vocalista da banda pernambucana Mundo Livre S/A. Depois de disponibilizar faixas para download gratuito em seu site, incentivar a produção de videoclipes “genéricos” de músicas da banda feitos pelos fãs e liberar a reprodução do manifesto do mangue beat “Caranguejos com cérebro” sob uma licença alternativa de direitos autorais Creative Commons, o Zero Quatro versão 09 resolveu dar um passo atrás no discurso pró-internet.

Na última sexta-feira (18), em show em São Paulo que comemorava os 15 anos do disco “Do caos a lama”, de Chico Science & Nação Zumbi, o vocalista do Mundo Livre subiu ao palco como convidado e reforçou as críticas do cantor Jorge DuPeixe de que a internet e o download desenfreado de músicas estariam atingindo financeiramente os artistas: "Tem o virtual, mas precisa do real, e o real está aqui".

Artistas fazem dinheiro

Mas, se a fala inesperada de Zero Quatro e dos “afrociberdélicos” da Nação pode ter pego alguns fãs de supresa, a opinião parece estar ganhando força nas vozes de outros artistas que se beneficiaram da internet num passado nem tão distante. A cantora inglesa Lily Allen, frequentemente citada como um exemplo de sucesso graças à divulgação de suas músicas no site de relacionamentos MySpace, também resolveu sair recentemente em cruzada contra a pirataria de sua obra na rede.

Em resposta a um artigo que criticava uma proposta de lei que prevê a criminalização do download ilegal no Reino Unido publicado no jornal britânico “The Times” e assinado por diversos músicos, entre eles o baterista do Radiohead, Ed O’Brien, Allen partiu ao ataque daqueles que chamou de “artistas realmente ricos e bem-sucedidos”, que “fazem turnês esgotadas em estádios e têm as maiores coleções de Ferraris do mundo” – em 2007, o Radiohead liberou a íntegra de seu novo disco, “In rainbows”, em seu site para que os fãs pagassem o quanto quisessem (inclusive zero) pelo álbum, gerando críticas de que eles só o fizeram por terem uma base de fãs imensa e não precisarem do dinheiro.

“Ninguém começa sua carreira musical com Ferraris. Na verdade, você contrai uma enorme dívida com sua gravadora e passa anos trabalhando para pagá-la. Eu acabei de pagar todo o dinheiro que devia à minha gravadora [EMI]. Tenho sorte de ter tido sucesso e poder devolvê-lo, mas nem todos têm a mesma sorte”, declarou a cantora à agência EFE em recente passagem pela América do Sul.

Pressionada por internautas, que passaram a questionar suas opiniões, acusando-a inclusive de ter “pirateado” faixas de artistas consagrados nas mixtapes (coletâneas) que disponibilizava em seu site, Allen colocou um suposto ponto-final na história toda de maneira radical escrevendo em seu blog, "It’s Not Alright", na noite de quarta-feira.

“Só para vocês saberem, eu não renegociei o meu contrato com a gravadora e não tenho planos de fazer um outro disco (...) Os dias de eu fazer dinheiro gravando músicas se foram e, até onde eu sei, (nesse momento) eu não vou lucrar com a lei [do governo britânico sobre criminalização da troca de arquivos]. Exceto em vendas futuras de material previamente gravado (o que não será muito).” O blog de Allen saiu do ar horas após a publicação do post, mas as críticas dos internautas se estenderam por todo o dia seguinte.

Mudança de rumo

O grupo Featured Artists Coalition (FAC), que inclui, além do Radiohead, integrantes do Blur, do Keane e do Cornershop, também parece ter dado um passo para trás. Se antes esses artistas se posicionavam contra a proposta do governo britânico de bloquear o acesso à internet de pessoas que violarem a lei recorrentemente ao baixarem músicas de sites de compartilhamento de arquivos, agora alguns deles passaram a apoiar Lily Allen.

Na última sexta-feira (25), alguns dos membros do FAC assinaram uma declaração em suporte à cantora inglesa e também mudaram sua postura em relação à proposta do governo. Conforme reportou o semanário musical britânico "NME", o documento diz que os artista abaixo-assinados "apoiam a cantora Lily Allen ao alertar os amantes de música quanto à ameaça que o download ilegal representa à indústria".

'Fundamentalismo tecnológico'

“Tem uma coisa meio inconsequente de uma nova geração, quase que cultuando uma nova espécie de fundamentalismo tecnológico. A tecnologia é um novo deus, ainda que se tenha que sacrificar todas as cadeias produtivas [em seu nome]”, reclama Fred Zero Quatro. “No caso específico da música, por exemplo, eu não posso chegar numa feira livre e pegar quatro tomates e cinco pimentões e levar para casa. Eu vou ser acusado de ladrão – e olha que estou falando de coisas que brotam da terra. É muito doido saber que há uma consciência de sustentabilidade quando se trata da natureza, dos rios, das florestas, e que essa mesma geração não aplica esse conceito quando se trata de música, cinema, jornalismo, formação de debate. Acha que o pensamento, que a produção cultural, tem de ser necessariamente compartilhado.”

Mas, atualmente, nem a opinião é compartilhada pelos colegas de profissão. “Não acho que [a troca de músicas] seja algo contra o que você possa lutar. A tecnologia avança e isso vai acontecer de qualquer jeito. Música sempre foi algo feito para ser compartilhado com as pessoas: ‘Ei, escute isso aqui, é ótimo’, ou ‘Pegue essa’. Não tenho problemas com isso”, defende Chino Moreno, vocalista da banda de metal norte-americana Deftones, em entrevista por telefone ao G1.

“É óbvio que [o download ilegal dos discos do Deftones] me afeta financeiramente. Para as pessoas que têm a minha profissão, é preciso ficar em turnê para poder pagar as contas, entende? Não posso mais acreditar que é só fazer o disco, lançar e tirar dinheiro daí. Tenho de fazer shows o tempo todo”, lembra Moreno, que já teve ao menos três de seus cinco álbuns listados entre os top 10 de vendas da revista “Billboard” e que virá a São Paulo em novembro para se apresentar no festival Maquinaria.

Parceiro de Jorge DuPeixe na Nação Zumbi, o guitarrista Lúcio Maia também não concorda que os downloads estejam necessariamente afundando o grupo. “Tem essa condição de o cara não comprar o disco, mas ele baixa. Aquilo não traz um benefício fonográfico grande para a banda, mas traz um benefício ao vivo muito grande. Ele não comprou o disco, mas sabe cantar e vai para o show”, defende.

'Assunto delicado'

Fato indiscutível é que, depois dos episódios do Metallica brigando com seu público dez anos atrás e, agora, Lily Allen recebendo uma chuva de críticas por reclamar da pirataria on-line, poucos artistas querem se indispor com seu fãs – mesmo aqueles que, entre um download ilegal e outro, ainda pagam algumas dezenas senão centenas de dólares ou reais e lotam estádios para vê-los se apresentar.

“O assunto é muito delicado”, relativiza o titã Charles Gavin. “É preciso que o internauta entenda que músicos, produtores e técnicos dependem dessa receita para viver. É o trabalho de muita gente. Acho que a comunidade que baixa músicas pela internet faz isso muito mais por uma atitude política. Já houve muito abuso de poder econômico da indústria fonográfica há um tempo, principalmente nos EUA, onde até fãs, pessoas comuns, foram processadas. É uma questão que precisa ser discutida, mas acho que uma resolução razoável vai demorar a surgir”, diz o baterista.

O futuro é duvidoso mesmo para aqueles que só há pouco chegaram – com uma ajuda e tanto da internet – ao clube dos que querem sobreviver fazendo música, como Maurício Vieira, da banda de pop rock Glória. “Acho que o pessoal não pode perder essa coisa que já se está perdendo que é comprar o CD. O download remunerado também é superlegal. É uma forma de você ajudar o artista, que faz o CD com um p... carinho para os fãs.” Mas completa: “Quem sou eu para falar em proibir? Acho que não tem mais controle. Todo mundo está fazendo download a toda hora. A gente lançou o CD e em menos de uma hora ele já estava na internet. É inevitável e impossível de você ir atrás hoje em dia.”

Guerra aos piratas

Impossível ou não, a missão de correr atrás e punir os responsáveis pelo download ou pela facilitação de troca de arquivos protegidos por direitos autorais na rede ganhou reforço graças a decisões judiciais recentes. Nesta semana, o governo da França aprovou um projeto de lei semelhante à proposta britânica que pune com multa e suspensão do acesso à internet por até um ano os internautas que estiverem baixando ou disponibilizando conteúdo ilegal.

Em abril deste ano, a Justiça da Suécia condenou os quatro diretores do site The Pirate Bay, uma das principais páginas de acesso a conteúdo pirata no mundo, a um ano de prisão por cumplicidade na violação dos direitos autorais. O processo, movido por companhias como Warner Bros, MGM, Columbia Pictures, 20th Century Fox Films, Sony BMG, Universal e EMI, exigiu o pagamento de R$ 7,6 milhões por danos e prejuízos à indústria fonográfica, cinematográfica e de jogos eletrônicos, além de cerca de R$ 30 milhões a título de lucros não obtidos provocados pelos downloads via internet.

Os responsáveis pelo Pirate Bay não pagaram a multa, mas venderam a empresa para uma companhia sueca de software, que comanda a operação de cibercafés no país e pretende transformar o site em uma fonte legal de recursos que seja igualmente atraente para os usuários quanto para os produtores de conteúdo. A página, no entanto, continua ativa e disponibilizando milhares de torrents (espécie de links que permitem o compartilhamento de arquivos entre diversos usuários) de músicas, filmes e games protegidos por direito autoral.

Enquanto isso, no Paraná...

A estratégia de mirar não no usuário que baixa os produtos piratas mas nos serviços acusados de facilitarem o acesso a eles é semelhante à que levou, na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) a decidir pela condenação, inédita no Brasil, de um desenvolvedor nacional de software de compartilhamento de arquivos.

A ação movida pela Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (Apdif) proíbe a empresa Cadari Tecnologia da Informação e outros, responsável pelo desenvolvimento e manutenção do K-Lite Nitro, de disponibilizar seu software, “enquanto nele não forem instalados filtros que evitem que as gravações protegidas por Direito Autoral de titularidade das companhias representadas pela Apdif do Brasil sigam sendo violadas de forma maciça e constante pelos usuários do referido software”.

A Apdif representa as cinco maiores companhias fonográficas do país (EMI, Som Livre, Sony Music, Universal Music e Warner Music) e faz parte da Associação Antipirataria de Cinema e Música (APCM).

“É uma ação típica de direito autoral, contra algo que está sendo usado para facilitar o download de arquivos protegidos pela lei de direitos autorais. Pedimos simplesmente a aplicação da lei. A exploração desse software facilitador de ilícito é, por si mesma, um ato ilícito”, argumenta Carlos Eduardo Manfredini Hapner, advogado da Apdif no caso. “É como se alguém estivesse vendendo CD pirata no viaduto e você mandasse a polícia lá para que esse ilicitude cesse desde logo”, explica.

Hapner defende, entretanto, que se trata de uma “causa específica” contra um “réu específico”. “Não estamos aqui, no Paraná, numa luta ideológica ou de teses de ser lícito ou não, melhor ou pior, franqueado ou não, o download de arquivos pela internet”, afirma, ressaltando, contudo, que “além do aspecto concreto”, a decisão do TJ do PR “naturalmente vai ter um papel pedagógico em relação à jurisprudência que eventualmente vier a ser desenvolvida no Brasil no mesmo tema”.

Um dos defensores da Cadari, que entrou com recurso contra a decisão, o advogado Omar Kaminski alega que a empresa de software “não distribui conteúdo protegido”. “Sustentamos que o sistema em si não é ilícito. O que pode vir a ser [ilícita] é a oferta ao público da obra, através do sistema”. Em outras palavras, Kaminski defende que a empresa que cria a ferramenta – que pode ser empregada para troca de arquivos de qualquer origem, tanto legais quanto ilegais – não pode ser penalizada pelo uso que os internautas fazem dela.

“Parece-me que muitos dos que pregam a necessidade de controle ainda não entenderam que isso acaba minando os potenciais da internet. Nem que a arquitetura da rede foi concebida para contornar quaisquer tentativas de bloqueio ou censura”, justifica. “Obviamente, a lei não consegue acompanhar a velocidade da tecnologia, e acabam sendo criados vácuos de desobediência ou de inobservância.”

Baixar para quê?

Atento tanto às discussões sobre redes de trocas de arquivos quanto aos efeitos que impõem aos modos de produção cultural, Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), pondera a importância dos recentes episódios.

“As decisões são importantes porque representam uma espécie de ‘começo do fim’ do embate entre o modelo de negócios de mídia que já passou (o das gravadoras) e o que está por vir, o de entretenimento como serviço. É curioso, em plena era da internet, que as pessoas ainda tenham que ‘baixar’ arquivos. Isso porque esse é outro modelo falido. Imagine comunicação verdadeiramente banda larga (pense dezenas de megabit/segundo no seu celular, centenas de megabit/segundo no fixo)... Por que você iria querer ‘ter’, possuir, arquivos? Para quê?”.

Testemunha e, em certa medida, incentivador de muitas das ideias do movimento mangue, Meira não adota o mesmo tom alarmista de Zero Quatro com relação ao impacto da internet nas cadeias produtivas de cultura. E dá a receita: “Aberta a Caixa de Pandora, não há como fechar. As viúvas das gravadoras, da escassez, têm que começar a construir o próximo modelo, um que depende de muita banda, muito barata, em todo canto, com serviços baseados em micropagamentos, para estarem disponíveis para muita gente, para que eles, os autores e intérpretes, sejam remunerados por sua participação percentual no fluxo de atenção.”

Ideólogo favorito dos desconfiados com a web 2.0 – aquela em que os usuários supostamente criam e desfrutam livremente de seu conteúdo –, o inglês Andrew Keen, autor de “O culto ao amador”, também aposta que a cobrança por “serviços adicionais é provavelmente o futuro da mídia”.

Favorável a leis punitivas ao download ilegal como a proposta no Reino Unido, Keen não economiza nas palavras ao chamar as pessoas que baixam música protegida por direito autoral na rede de “ladrões”, mas não abandona a cautela ao analisar as últimas decisões judiciais em mensagem enviada por email ao G1.

“Não acho que a indústria fonográfica esteja ‘vencendo’ a disputa. Os vencedores só serão [revelados] no médio ou longo-prazo. Neste momento, porém, todo mundo é perdedor - artista, gravadora e consumidor. Somente quando todos perceberem que eles perderam (especialmente o consumidor) é que as coisas vão mudar”, avalia.

Fonte: G1

LEIA MAIS [...]

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

DJ sem braços causa sensação em verão europeu

Um DJ que usa os pés - em vez da mãos - para mixar discos se tornou uma estrela da noite na Espanha e um dos destaques deste verão europeu.

O francês Pascal Kleiman, radicado na Espanha há 26 anos, nasceu sem braços devido a uma malformação fetal causada pelo medicamento talidomida, ingerido por sua mãe na gravidez.

A deficiência física, no entanto, não o impediu de tentar a carreira de DJ. Como Kleiman conta no documentário espanhol Héroes, no hacen falta alas para volar (“Heróis, não é preciso asas para voar”, em tradução livre), prêmio Goya ao melhor curta-metragem deste ano, “aprender a usar os pés foi uma resposta natural”.

O filme ganhou mais de 30 prêmios internacionais, aumentando ainda mais a popularidade do DJ.

Persistência
Kleiman adotou a profissão em 1989, quando trancou o curso de Direito e começou a tocar para os amigos.

Autodidata, descobriu que “aquilo era a única coisa que permitia uma expressão absoluta”.

A partir dali passou a dar shows pela Europa, Austrália, China e Estados Unidos, e em 2009 foi eleito por publicações espanholas um dos melhores DJs locais do verão.

Filho de um clarinetista de jazz, Pascal Kleiman considera um exagero ser chamado de “herói”, mas admite ter feito muitos esforços para realizar seu sonho com a música.

Quando criança, aprendeu a ler e escrever com o avô e compreendeu cedo que usando os pés poderia superar quase qualquer limitação.

“Meus pais me diziam que quando eu era bebê chorava quando me vestiam com este tipo de macacão que cobre os pés, porque aquilo me cortava o movimento. Meus pés sempre foram claramente minhas ferramentas de primeira necessidade”, afirmou no documentário.

Por isso, declarou no filme que a persistência e a capacidade de adaptação são suas “armas secretas”, e gostaria que muitos espectadores pudessem ver o documentário para acreditar em suas próprias possibilidades.

“Vivemos em uma sociedade que não está feita para nós (deficientes), portanto temos que nos adaptar a tudo. O que consegui foi me adaptando e acreditando em que tudo é possível”.

O DJ que já tocou até numa discoteca em pleno deserto no Oriente Médio percorreu 88 países com a promoção do filme sobre a vida dele, do autor espanhol Ángel Loza.

Com o sucesso do documentário e dos shows, a única coisa que espera é “continuar tendo uma vida normal”, inclusive com seus dois filhos, que nasceram perfeitos, mas também estão aprendendo a usar os pés para atuar como DJs.

Por: Anelise Infante
De Madri para a BBC Brasil

LEIA MAIS [...]

Entrevista Rica Amaral e Feio

A dupla que comemora os 13 anos de seu filho primogênito “XXXPerience”, fala sobre a edição especial da festa.

Olá DJs, para começar num clima mais descontraído, vamos falar de seus filhos, a Malu, o Lou Jai e a XXXPERIENCE. A festa já tem quase 13 anos e as crianças nasceram quase juntas em 2005. O que dá mais trabalho, o filho de 4 anos ou o de 13?
Temos como princípio básico de educação a honestidade e o respeito. Transmitimos isso sempre aos nossos filhos. A Malu e Lou Jai por estarem com 4 anos, não dão muito trabalho, estão na fase de descobertas e querem fazer tudo sozinhos, já não usam mais fraldas, se alimentam sozinhos, brincam sozinhos... Já a XXXPERIENCE dá mais trabalho, pois está na adolescência, é a fase de maturidade e de fixação de valores que o evento possui desde suas raízes.

Este ano WOODSTOCK comemorou 40 anos e os noticiários disseram que os festivais de música vivem um novo “boom”. Esse auge todo significa que vocês podem se sentir seguros quanto ao sucesso de suas festas?
No início das festas, quando fazíamos a XXXPERIENCE sozinhos, sempre enfatizávamos o respeito ao nosso público. Antes das festas, íamos à Rua 25 de Março comprar brindes para presentear as pessoas, no Ceasa comprar frutas, comprávamos suco de laranja, iogurte, entre outras iguarias que dávamos de mão em mão para o nosso público na festa pela manhã. A XXXPERIENCE não seria nada se não tivéssemos esse público, e em respeito a eles é que pensávamos: “vamos comprar umas frutas para que eles se sintam bem, como se estivessem em suas casas”. Sempre tentamos passar isso ao público, somos do tempo que o “fio do bigode” falava bem mais alto do que qualquer outra coisa. Portanto, por tudo isso que mostramos nesses anos todos, é que eu sei que as pessoas acreditam na nossa festa, e que ela será sempre um sucesso, pois estamos sempre pensando neles em primeiro plano.

Quais as principais diferenças entre os públicos da XXXPERIENCE de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná?
Começando com a Bahia, essa festa particularmente traz praticamente gente de todo o país, inclusive baianos que provam que só de carnaval e axé o baiano não vive! Eles também precisam um pouco de e-music e a XXXPERIENCE está lá para isso. No Paraná eles são mais exigentes quanto às atrações, independentemente de estarem na mídia ou não. Já no Rio de Janeiro, o povo é festivo por natureza, praiano, e estão lá para curtir, eles acreditam em nosso bom gosto musical na formação do line-up. Minas Gerais também é exigente, pois são acostumados com os festivais realizados por lá durante o ano, além de vários clubs com DJs que vão do comercial ao underground, é um povo muito fashion pela própria essência e sabem o que querem. Finalizando por São Paulo, aqui é a nossa Nova York brasileira, temos de tudo um pouco, daí o fato de a edição especial ser aqui, pois além dos paulistas, todos os outros estados brasileiros mandam seus representantes, até porque muitos deles têm seus familiares por aqui e aproveitam a festa para as tradicionais visitas familiares ou para encontrar amigos de outras cidades. Mas no geral todas as cidades apresentam um público de grande vibe e sempre somos super bem recebidos por todos, sem distinção alguma entre esses estados.

Que atrações da edição especial que vocês estão doidos para assistir?
Nós dois indicamos DICK TREVOR [DICKSTER] um mago da psychedelic music, inclusive pelo tempo que ele atua na música eletrônica – seu primeiro projeto psy mais conhecido do público foi o GREEN NUNS OF THE REVOLUTION. Depois tem o grande AZAX SYNDROM, que todo mundo diz que é dark, mas vale a pena conferir, pois é um som único e não tão dark assim. Por fim o LOUD, que vem pela 1ª vez ao Brasil e que também possui um som único e inigualável, suas músicas viajam por todas as tendências da e-music e com um mix de extremo bom gosto.

Em termos de estrutura, qual patamar vocês almejam chegar? O que vocês sonham ter em seus eventos num futuro próximo?
Para o futuro, a grande tendência será continuarmos nesse mesmo estilo, com apenas duas ou três festas fora de São Paulo e a edição especial mostrando como é um festival de música eletrônica, com vários gêneros musicais, em várias tendas, deixando aquela imagem de “rave” no passado, nunca esquecida, pois foi a nossa base, mas um pouco mais com cara de festival de música eletrônica.

Citem alguns nomes importantes que fizeram parte do crescimento da marca XXXPERIENCE nestes 13 anos.
Primeiramente o público sem dúvida nenhuma, pois sem eles nada disso estaria acontecendo. Quanto aos artistas, acho que sem dúvida, dos internacionais, o SKAZI, seguido do ESKIMO, eles realmente agregaram muito ao já conceituado nome da festa, foi realmente uma troca, pois nós acreditamos neles e eles em nós. Entre os brasileiros, acreditamos que nossa imagem no exterior, onde já participamos de muitas gigs, contribuiu para expandir a marca internacionalmente.  Logicamente não podemos omitir a No Limits que produziu todas as XXXPERIENCEs nesses anos, e dos nossos parceiros em cada estado, peças fundamentais para o crescimento da festa.

De festa open air a festival. Como vocês, que ainda respiram tão fortemente o trance, encaram esta evolução, que trouxe outros gêneros até então inimagináveis numa XXX? Essa política será aplicada em toda a turnê 2010?
Essa implantação desses sons (referida como “evolução”) nada mais é do que músicas da cena eletrônica que já existem há anos. E para o público mais jovem, essa música é considerada “nova”. Para nós, que vivemos e respiramos isso há mais de 13 anos, já vimos esse “up and down” anteriormente, mas o público novo, que não pôde acompanhar a evolução da XXXPERIENCE nesses anos todos, não sabe que a nossa primeira festa era igualmente (a proposta, não a grandeza) a essa atual. Engana-se quem acha que a XXXPERIENCE sempre foi psytrance. Ao contrário, éramos muito democráticos nesse sentido. Muitos DJs participaram com a gente dessa batalha e evolução desde o começo, para chegar onde ainda estamos tentando chegar hoje em dia, como: Mau Mau, Marky (antes Marky Mark), Pil Marques, Anderson Noise, Camilo Rocha, Angelo Leuzi, André Pulse, Dimitri (Avonts), Renato Lopes, Alex S e mais uma lista de nomes enorme, que não caberia aqui. Mas acredito sim que, para 2010, essa mescla vai continuar, pois desde a primeira XXXPERIENCE em 1996 já havia esse formato.

Para os fãs, o que vocês gostariam de dizer sobre a festa de novembro?
Divirtam-se respeitando os outros e a si mesmos, pois a gente nunca sabe o dia de amanhã. RESPECT!

Por Bruna Armani – Grupo No Limits

LEIA MAIS [...]

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tribe 9 anos é cancelada

 

COMUNICADO OFICIAL TRIBE 9 ANOS

Amigos,
Neste ano de 2009 não realizaremos a tradicional festa de dezembro em São Paulo, ano que marca o aniversario de 9 Anos da Tribe.

Não é a primeira vez que isso acontece. Talvez poucos se lembrem que em 2001 a Tribe não comemorou o seu primeiro aniversário. A primeira celebração da data viria apenas um ano depois, na Tribe 2 Anos em 2002.
A idéia de não realizar essa festa surgiu do sentimento do grupo de que é chegada a hora de uma grande transformação para a Tribe.

Muitas coisas estão sendo pensadas desde que nos demos conta de que no ano que vem, completaremos 10 Anos de vida. E gostaríamos de aproveitar essa marca incrivel para realizar algo ainda mais especial e a altura da nossa historia.

Pela dimensão e complexidade do projeto 10 Anos, é possível que todo o foco em 2010 seja no sentido desta realizacao: uma data, um grande festival, a celebrar os 10 Anos de jornada! E optamos por canalizar nossos esforços nesta direção desde agora.

Nesta empreitada, queremos poder contar com as idéias, sugestões e opiniões de quem mais entende de Tribe: você.
Aguarde, e vamos construir juntos a Tribe 10 Anos!

Luz a todos!

Por: Bruna Armani – Grupo No Limits

LEIA MAIS [...]

Festa imaginária - Um ato de protesto (Flash MOB)

A conquista do tempo livre no mundo do trabalho e estudos transcende o direito de descanso e implica a oportunidade do exercício de funções individuais tais como distrair, desenvolver-se etc. Portanto, o tempo livre se inscreve num tempo social que permite a livre expressão do individuo em sociedade.

O lazer pode se tornar um tempo de “fuga” ou “anestesiante” o lazer que esvazia o homem de sua interioridade pelo processo de massificação. É o vazio, o nada, o tédio, a alienação que vem como lazer, porém, aqui podemos encarar mais como um “antilazer”. E não é desse tipo de lazer que estamos falando!

É justamente nesse sentido que vemos o papel social importante das festas de musica eletrônica que abrem espaços no interior da sociedade e ela não é apenas um espetáculo onde se joga com a realidade e com o imaginário, mas, igualmente, oferece a possibilidade para uma participação ativa onde se criam momentos para a libertação física e psíquica propiciando a vivencia da conviviabilidade e solidariedade.

A festa é uma verdadeira “recr(e/i)ação” ao contrario de muitas formas de lazer pobres em criatividade, convivialidade e comunhão cominutária. Somos ainda capazes de resolver, pelo menos no plano simbólico, as contradições da vida social, apontando assim, para seu poderoso papel de mediador entre as estruturas econômicas, bem como entre as diferenças sociais e culturais, estabelecendo pontes entre grupos e indivíduos, realidade e utopias, além de suas mediações simbólicas entre o sagrado e o profano. Um ritual moderno capaz de reforçar o sentido de cidadania proporcionando um despertar da consciência do grupo, de comunidade. Por essas razões, entre outras, às festas, tem uma tríplice importância: cultural, por colocar em cena valores, projetos, artes e devoção; como modelo de ação popular e como produto turístico capaz de revitalizar e revigorar muitas cidades.

Pelo fim da burocracia.
Pela liberação das raves.
Pela música eletrônica como movimento cultural.

Como vai funcionar
Flash Mob são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público, para realizar determinada ação inusitada, previamente combinada, após o que, as pessoas se dispersam tão rapidamente quanto se reuniram.

A duração desse FM (Flash Mob) é de 30 minutos.

Onde?
Cinelândia – Centro do Rio de Janeiro em frente à Câmara

Porque participar?
Será um ato irreverente e civilizado de protesto. Queremos chamar atenção e assim despertar a curiosidade.

Sua participação é fundamental, assim como o seu bom humor.

Tudo será registrado, filmado, fotografado e vamos repercutir o máximo que pudermos esse ato na mídia, pra que assim, possamos criar debates a respeito do tema.

O que devo levar?
- I-pod, ou qualquer tocador de musica;
- Fones de ouvido;
- Suas melhores musicas;
- Malabares;
- Se vista como se estivesse indo pra uma noitada ou de forma bem irreverente.

Vídeo de inspiração

As 18 hr em ponto a ação ira começar, tendo como “start” o som de um apito.
Dêem o play nos seus tocadores de mp3 e ajam como se estivesse em uma festa real, dançando, bebendo alguma coisa, batendo um papo com o som nas alturas… enfim… CHAME O MAXIMO DE ATENÇÃO! Faça com que as pessoas que estejam passando pelo centro, não entenda nada do que esta acontecendo ali!

Teremos algumas performances acontecendo, como malabaristas e uma performance chamada CORPINTURADAS (veja o vídeo pra mais detalhes).

Cartazes serão distribuídos e você também pode trazer o seu.

NÃO traga nenhum cartaz sobre drogas. O controle dessas substancias é responsabilidade do governo e não temos nada haver com isso. O uso ou repudio a essas substancias é algo pessoal e que também nada tem haver com essa ação.

E quando acabar?
As 18:30 em ponto saia do foco da ação. Não de explicação a ninguém. Simplesmente aja normalmente, como se aquilo tivesse sido um “surto” e saia deixando as pessoas curiosas…

As pessoas que participarem, podem marcar alguma coisa antes ou depois da ação, porém pedimos, pra que o efeito do FM não se perca, que se houver algum encontro, não seja no mesmo local.

Divulgue, divulgue, divulgue!
Pedimos a sua participação ativa nesse momento para poder convocar a todos pra esse ato, que além de ser uma nova forma de protestar, sem duvida será muito divertido.

É hora de demonstrar nossa união independente do gênero musical em nossos tocadores portáteis de musica, estaremos ali por acreditar que através da UNIÃO podemos começar a mudar as coisas por aqui.

Musica Eletrônica é Cultura! Esteja presente!

Fonte: Blog do Roosevelt

LEIA MAIS [...]

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Entrevista com Claudia Bukowski do Copacabana Club

Conversei com a baterista do Copacabana Club, Claudia Bukowski ou apenas Claudinha como é conhecida no cenário musical. A banda curitibana que atraiu a atenção da mídia nacional, como a MTV, após o lançamento do clip “Just do It” foi um dos destaques do Tribal Tech MultiCulti Festival que aconteceu no final de agosto na capital paranaense.

Claudinha disponibiliza alguns minutos de seu momento de “folga”, algo cada vem mais raro na vida da baterista que concilia os shows da banda com a sua pós em São Paulo, para responder algumas perguntas e contar um pouco mais da historia do “Copas”

A idéia de montar o grupo surgiu e foi concretizada em uma noite no James, certo? Contem um pouco de como o Copas nasceu.
O Copacabana surgiu mesmo no James, em uma noite que o Alec convidou o Luli pra montar a banda. Eu estava discotecando no andar térreo do bar e o Lulòi foi me convidar pra ser baterista porque ja tinhamos tocado juntos em outra banda, o Autobahn. A Caca estava por perto e apulou na conversa, pediu pra entrar na banda pra fazer "alguma coisa, depois a gente decide" hahahahahaha. E algum tempo depois chamamos o Tile pra assumir o baixo. A ultima novidade na formação do Copa é nosso novo guitarrista, Rafa Martins, que entrou no lugar do Luli.

No dia 09/07/2009 Ewandro Schenkel definiu o som do Copas em seu blog, “Sobre Nada”, da seguinte maneira: “É o tipo de trilha sonora para embalar os adolescentes que gostam de usar chapéus e pegar amiguinhos do mesmo sexo”. O que acham da posição do blogueiro e como vocês definiriam o som do Copas, para aqueles que não conhecem?
Eu sou fã incondicional do Radiohead e acredito que eles sejam a banda mais genial de todos os tempos. Ainda assim, eu tive inúmeras conversas com amigos que não gostam do som deles e não entendem o que eu acho de tão incrível na banda. Ou seja: se nem a banda mais genial do universo é unanimidade, é um absurdo achar que qualquer banda pode vir a agradar a todos e seria uma petulância sem tamanho o Copacabana Club pensar dessa maneira. Isso nunca passou pela nossa cabeça e é por esse motivo aceitamos bem críticas positivas e negativas. Todo mundo tem direito a dar sua opinião e pode gostar ou não gostar das nossas músicas. Por outro lado, também acho que críticas bem feitas e bem argumentadas, sejam falando bem ou falando mal,  tem mais chance de surtir algum efeito e fazer com que a sua opinião seja compreendida e respeitada. Eu não sei se os fãs do Copacabana Club usam chapéu ou se gostam de meninos ou meninas. Honestamente isso não me importa e não me parece dizer muito sobre o som da banda. Acho que a melhor definição sobre nossas músicas surgiu em duas resenhas que tivemos logo nos primeiros shows, mas nunca consigo me lembrar quais foram os sites: definiram o som do Copacabana Club como "indie-festa", "indie-carnaval".

“Just do It” já é um hit, qual a sensação de ver um dos primeiros trabalhos estourando em rádios e principalmente em um dos principais canais de música: MTV
Pra mim foi impressionante. Nunca tivemos o comprometimento de fazer músicas que fizessem sucesso ou que dessem certo, nós queriamos nos divertir. O Copacabana é a primeira banda da Caca, mas eu, Luli, Tile e Alec ja tivemos banda antes. E sabemos que as bandas 99% das vezes não vão além do que noites divertidas e uma meia dúzia de amigos que realmente gostam do seu som, por isso não tínhamos pretensão nenhuma que o Copacabana Club fosse diferente disso. Mas desde os primeiros ensaios era nitido que nós nos divertiamos mais do que o normal e que tinha uma química entre a gente que funcionava muito bem. Acho que demos sorte: isso se repetiu nas apresentações ao vivo e conquistamos um espaço maior do que esperávamos.

Recentemente vocês participaram de uma festa em SP onde assumiram as pick-ups. Gostam de música eletrônica? O que ouvem?
Gosto de música eletronica mas entendo muito pouco. A algum tempo já minha discotecagem tem sido "menos rock" do que era há alguns anos atrás, mas acho difícil que os fãs de música eletronica de verdade considerem meu som eletrônico. Gosto de The Knife, Justice, Air... e por aí vai.

Qual a sensação de tocar em um festival como o Tribaltech?
Foi bem bacana. Fiquei surpresa com o tamanho e a organizaçao do festival. Desde o primeiro contato, até o site, o livrinho com todas as informaçoes (como chegar, onde ficar, o que fazer em curitiba), acho que poucos eventos na cidade são feitos com tanta preocupaçao. Achei otima a iniciativa da festa de abrir espaço para bandas. É muito bom tocar com uma infraestrutura assim.

Muitas pessoas criticaram a idéia de unir vários estilos em uma festa que antes era voltada apenas para a música eletrônica. Como vocês vêm essa mudança?
Eu sou mais ligada a cena rock de curitiba, por isso ja tinha ouvido falar da Tribaltech mas ainda não tinha ido em nenhuma edição anterior.  Eu acho esse preconceito de misturar estilos bobagem, ainda mais num festival desse tamanho. A Tribaltech parece estar antenada e seguindo modelos de festivais maiores que acontecem la fora. O Glastonbury, o maior festival inglês que é nitidamente voltado para o rock há anos tem uma tenda mais eletronica. O mesmo acontece no Carling Weekend (Leeds e Reading), no T in The Parl, no V Festival. O Benicassim, o mais importante festival da Espanha, a cada edição parece mais e mais ligado com a cena eletronica, mas sem deixar de lado a veia rockeira dos primeiros anos de festival. Acho que tem espaço pra todos.

Muitos grupos sentem dificuldades em estar fora do eixo Rio-São Paulo, essas dificuldades (preconceito) realmente existem?
A dificuldade existe, mas em defesa do pessoal que organiza shows e festivais não acho que seja preconceito não. Simplesmente é difícil viabilizar isso financeiramente. Pela procura que temos no email do Copa e elogios de pessoas do país inteiro, eu tenho praticamente certeza que toda capital do Brasil, de Porto Alegre a Belém, tem um cenário de rock alternativo e que seria incrível tocar nesses lugares. Mas o tamanho dessa cena, apesar de suficiente pra fazer um show incrível, pode ser pequena para você viabilizar trazer uma banda de um lugar mais distante.

Assim como o Copacabana existem, em Curitiba, vários grupos independentes. Existe algum em particular que vocês gostam?
Vários! Eu fiquei impressionada com um show do Rosie & Me que vi alguns meses atrás, acho eles muito bons. Também gosto do Ruído/mm.

Alguns artistas aderiram a internet para divulgar seus trabalhos e como resultado acabaram indo parar na grande mídia, temos como exemplo o caso da Malu Magalhães. Vocês também são adeptos ao Orkut, twitter, myspace, como essa tecnologia ajuda o trabalho do Copas? Atualmente a Caca cuida de 6 perfis e se aparecer algum site novo provavelmente estaremos entre os 10 primeiros a se cadastrarem, hahahaha. Acho que a internet ajuda muito na divulgação. Teria sido muito dificil ter essa repercussão sem o auxílio do MySpace, YouTube e sites como Orkut e Twitter pra divulgar a banda.

Vocês já fizeram shows em São Paulo, Curitiba, Santa Catarina, qual a apresentação que mais marcou até agora.
As apresentações de Florianópolis são sempre muito animadas. Apesar de algumas dificuldades técnicas, nossos últimos shows no interior de São Paulo, em Ribeirão Preto e Campinas também foram muito bons. E tocar aqui em Curitiba sempre é ótimo... temos um público muito incrível por aqui.

Como são os “Copas” longe dos palcos, o que fazem, ouvem, onde vão?
Eu sou DJ, arquiteta e baterista (não obrigatoriamente nessa ordem). Geralmente aqui em Curitiba vou ao James e ao Wonka, mesmo quando não estou trabalhando. Em casa as vezes fico meio cansada de escutar as "músicas pra pista" que toco a noite e acabo sempre caindo nos mesmos CDs: Spoon, Wilco, Okkervil River. Gosto de ir ao cinema, mas faz tempo que não vou. Eu ando meio dividida entre Curitiba e São Paulo por causa do mestrado. Em São Paulo gosto de ir  no Sonique, Gloria, Squat.

Quais as influências musicais de cada um:
Eu gosto de Radiohead, Jesus & Mary Chain, Interpol. Como sou DJ, sempre estou atras de novidades e me apaixonei pelo ultimo CD do Phoenix, Passion Pit, Two Door Cinema Club e Little Comets. A Caca também escuta muita coisa nova. O Tile é o roqueiro da banda, fã incondicional de Stones e está inacreditavelmente feliz com a notícia que estamos confirmados pro Festival Planeta Terra ao lado do Primal Scream, sua banda do coração. O Alec gosta de muita coisa, de bossa nova a novidades, passando por Steve Wonder, Stereolab e Sondre Lerche. O Rafa divide comigo o gosto por Interpol e também é gosta muito de Television e Gang of Four. Acho que ele tem tudo pra trazer influencias geniais pra banda porque ele também gosta de coisas legais de música brasileira, como Jorge Ben na fase mais bacana e Felini.

Com certeza nesse início de carreira já passaram por várias dificuldades. Existe uma em que hoje, quando se lembram vocês dão risadas?
A gente fez um show histórico em Santa Maria, no festival Macondo. A Andy Andrade, produtora aqui de Curitiba da ex-Maamute me ligou e disse: "Eu tenho um show pra 4 bandas de Curitiba, bate-e-volta, sem hospedagem nem cache, que a gente só consegue pagar os custos do micro-onibus. Vocês topam?". Topamos na hora. A viagem era de 16 horas, num onibus completamente lotado e cheio de amps de guitarra no corredor. Mas o show foi lindo e todas as bandas se divertiram. Foi o primeiro mosh do Alec. E claro que não tinha ninguém na platéia disposto a segura-lo...

Os fãs podem esperar alguma novidade em breve, um CD, DVD?
Podem sim, só nao temos data definida. Nosso ep King of the Night foi lançado de forma 100% independente e o single Just Do It foi feito com a patrocínio da Levi's. Temos um repertório de aproximadamente 15 músicas no show, mais do que suficiente pra um álbum completo. Mas ainda estamos tentando descobrir como viabilizar isso financeiramente.

LEIA MAIS [...]

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Governo holandês proíbe venda de maconha para estrangeiros

País pretende conter o turismo das drogas e a proliferação da criminalidade com a medida

Alarmado com os efeitos colaterais causados pela política de tolerância às drogas, o governo holandês anunciou esta semana seus planos de tornar os coffee shops que vendem maconha e haxixe exclusivos para moradores do país. Na sexta-feira, as autoridades lacraram mais oito coffee shops localizados perto da fronteira com a Bélgica e têm planos de fechar ainda mais estabelecimentos como estes.

A ofensiva da lei já está em andamento desde novembro de 2008, quando a prefeitura de Amsterdã começou a fechar os primeiros coffee shops com problemas de regulamentação. O governo alega que as plantações e comercialização da droga feita por alguns desses estabelecimentos encontram-se sob o comando de organizações criminosas. E o crescente número de estrangeiros europeus que frequentam tais lugares para comprar maconha e haxixe com fim de traficar em países vizinhos é o motivo da represália.

Em média, 25% dos turistas que visitam a cidade são atraídos pelos coffee shops. O plano é de fechar mais da metade das casas instaladas no centro de Amsterdã, restando apenas 30 em operação com entrada e venda exclusiva para cidadãos holandeses cadastrados. A partir de 2010, os clubinhos da fumaça passam a funcionar como locais privados, permitindo a entrada de membros, apenas, e vendendo uma quantidade controlada de no máximo 5 gramas por dia para cada.

Se você é um dos patropis que gosta de fumar um baseado pra relaxar e sempre sonhou em ir pra Amsterdã conhecer os coffee shops e a Cannabis Cup (feira de degustação e debates sobre maconha), é bom se apressar porque logo a mamata vai acabar

Fonte: Skol beats

LEIA MAIS [...]

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Fotos House Mag Beach – P12 - Florianópolis

No feriado da independência, mais de 3 mil pessoas estiveram presentes no P12 em Jurerê Internacional – Florianópolis/SC para acompanhar a festa organizada pela revista House Mag.

A House Mag Beach contou com o projeto “Life is a Loop”, formado pelos DJs Leozinho e o TOP Fabricio Peçanha, além do percursionista Rodrigo Parcionik. O DJ e organizador do Tribal Tech MultiCult Festival, Jeje também foi um dos destaques ao lado de Paulo Antônio e André Pulse.

Para quem não conhece P12 é um espaço de frente para o mar, com uma pista em volta da piscina na qual bomba o dia e a tarde toda. Um ótimo lugar para os solteiros e solteiras observarem os corpos bronzeados e esculpidos, durante horas nas academias, que desfilam enquanto os DJs realizam os seus sets. Quando o sol se esconde atrás das montanhas que cercam o P12, a festa muda para uma área coberta e a agitação do público aumenta.

Porém o que mais chama a atenção de um “raver” acostumado em ver pés descalços dançando na grama, ver as pessoas não se importando com a lama espirrando em suas roupas, com o cheiro da água do chuveiro e com os pés encardidos por causa das areias da praia de Pratigí (BA) durante o Universo Paralello é o desfile de “Ray Ban” entre o público masculino e o de saltos alto, na maioria “Prada”, das mulheres.

Com o final da festa se aproximando as mulheres descem do salto, deixam os sapatos de lados e em êxtase sobem em cima dos sofás e dançam mostrando toda a sensualidade do sul.

LEIA MAIS [...]

domingo, 6 de setembro de 2009

Universo Paralello divulga line up

Divulgado o line up parcial da 10ª edição do maior festival de música e cultura alternativa do país: o Universo Paralello.

Veja abaixo a lista dos lives e DJ Sets retirada do site oficial do festival.

 



Lives:
28 - Vagalume Records - BR
Absolum - 3d Vision - FR
Aerophobia - Vagalume Records - NL
Aerospace - Spintwist Records - IL
Ajja - Peak Records - CH
AKD - Soulectro Music - IL
Alien Mental - EchoVortex Records - USA
Analog Drink - 4am - BR
Andromeda - Dream Vision Media - CH
Aphid Moon - Aphid Records / Nano Records - UK
Atmos - Digital Structures - SW
Avalon - Nano Records - UK
Baphomet Engine - Manic Dragon/2to6 Records - BR
Bitmonx - Blue Tunes Records - DE
Brainiac - Vagalume Records - DE
Burn in Noise - Alchemy Records - BR
Concept - 3d Vision - FR
Cosmosis - Holophonic Records - UK
Cosmotech - Vagalume Records - BR
Day Din - Spintwist Records - DE
Deviant Species - Ambivalent Records - ES/UK
Earsugar - Iboga Records - SW
Earthling - Neurobiotic Records/Spun Records - SP
Ecliptic - Nano Records - MEX
E-jekt - Bionic Records - IL
Etic - Spintwist Records - IL
EVP - Wild Thing Records - UK
Fearsome Engine - Nano Records - UK
Floating Point - FrakaSound Records - MEX
Frozen Ghost - Disasterpeace Records - SA
Headroom - Nano Records - SA
Helios - Logical Light Productions - USA
Heterogenesis - Dark Prisma Records - ARG
Hujaboy - Tip World - IL
Hyperfrequencies - Mechanik Records - FR
Kashyyyk - Kamino Records - MEX
Kox Box - Twisted Records/Solstice Records - SP
Laughing Buddha - Nano Records - UK
Liquid Soul - Iboga Records - SW
Logica - Vagalume Records - BR
Loopus in Fabula - Fabula records - IT
Made on Earth - Aphid Records - SA/BR
Materia - 24/7 Records - DE
Mental Broadcast - 24/7 Records - BR
M-Theory - Alchemy Records - UK
Naked Tourist - Parvati Records - DE
Necropsycho - Shaman Films Records - BR
Neelix - Spintwist Records - DE
Neuromotor - Mechanik Records/Medusa Records - FR
One Taste Morsel - Zenon Records - AUS
OOOD - Phar Psyde Records - UK
Orestis - Tantrunn Records - GRE
Psynema - 4am - DE
Psyxel - Audioalchemists - ARG
Reality Grid - Wild Thing Records - UK
Reality Scientists - Wild Artists – BR
Sensient - Zenon Records - AUS
Shift - Nexus Media - SA
Shotu - Hadra Records - FR
Sonic Species - Alchemy Records - UK
Tetrameth - Zenon Records - AUS
The First Stone - Vagalume Records - BR
Trancemission - Iboga Mexico - MEX
Tristan - Nano Records - UK
Tron - Liquid Records - MEX
Vlott - Antu Rec - CHI
Xibalba - Blue Tunes Records - MEX
Zolarium - Uxmal Records – MEX

DJs:
Back to Mars - Wild Thing Records - NL
Beardy - Wild Thing Records - UK
Boteon - Antimateria Records/Noise Poison - BR
Caramaschi - Fiction - BR
Cassiano Cruz - Vagalume Records - BR
Ch5 - Iono Music - BR
Chicodelico - 3d Vision - BR
DaksinaMurti - Nexus Media/Shiva Space Technology - DE
Dick Trevor - Nano Records - UK
Dimitri - Tip World - UK
Dre - Carambola - BR
Edoardo - Neurobiotic Records - IT
Ekanta - Vagalume Records - BR
Fabio - Blue Tunes Records - DE
Feio - XXXperience - BR
Gui - Nexus Media
Inner_g - Hadra Records - FR
Jagna - Vagalume Records - BR
Janczur e Paulinha - 2to6 Records/Noise Poison - BR
Liquid Ross - Liquid Records - UK
Mack - Spun Records - BR
Marios - Oktava Records - GR
Martim - Blue Tunes Records - CH
Matt Mushroom - Mushroom Magazine - DE
Max Grillo - Vagalume Records - BR
Nazca - Sonomoon - BR
Nem - Oxygen Records - CZ
Pateta - Vagalume Records - BR
Pedrao - Vagalume Records - BR
Pin - Planet Ben - BR
Rica - XXXperience - BR
Richards - Vagalume Records - NL
Scott - Vuuv - DE
Sentient - Alchemy Records - USA
Shane Gobi - Alchemy Records - SA
Shove - Alchemy Records - MEX
Spliffnick - Auraquake - JP
Spyros - Psytribe - USA
Styx - Transylvania Calling - RO
Swarup - Vagalume Records - BR
Teko - Klatu - BR
Texas Faggot - Exogenic Records - FIN
Thatha - Vagalume Records - BR
Xama - Vagalume Records - BR
Xcamas - Sonomoon - BR
Zumbi - Vagalume Records – BR

Mais
www.universoparalello.art.br

LEIA MAIS [...]

Paramore - Use Somebody (Kings Of Leon Cover)

LEIA MAIS [...]

sábado, 5 de setembro de 2009

Vitória contra o preconceito as raves em Búzios

Parece que as coisas estão mudando, pessoas estão finalmente entendendo que as raves não são um “lugar de livre consumo e comércio de drogas” e sim uma manifestação cultura.

Com muito prazer eu redigitei as palavras do Juiz João Carlos de Souza Corrêa pra postar aqui e no meu blog pois essas são palavras que merecem ecoar por tudo quanto é canto. É mais uma grande vitoria que demonstra que estamos conseguindo “aos poucos” mas de forma firme, demonstrar que o que há contra as raves é na verdade puro preconceito e falta de conhecimento.

Aos que vão a festa, comemorem por todos nós la!!! E demonstrem o que temos de melhor!

Texto abaixo retirado da decisão oficial que garante a realização do evento

Outrossim, a alegação de que os frequentadores de tal evento sem “baderneiros” e “drogados” não condiz com a realidade, além de revelar um preconceito que deve ser irremediavelmente repudiado.

Da mesma forma, alegar que uma festa realizada ao ar livre possa ser foco de disseminação de gripe h1n1 é tergiversar fatos e procurar difundir o terror.

Sabe-se que as contaminações não ocorrem tão-somente por aglomerações de pessoa, natadamente quando ao ar livre e em espaço deveras amplo.

Também merece rechaço a alegação de que tal evento não traz qualquer lucro ao Municipio. Primeiro porque o entre público Prefeitura Municipal realmente não pode objetivar qualquer espécie de lucro com a realização de eventos particulares. Depois porque o argumento encerra severa falsidade. Indiscutível que serão oferecidas funções gratificadas diretas e muitas outras remuneradas de forma indireta. Não se pode olvidar das inúmeras pessoas e comerciantes que obterão lucros consideráveis com a movimentação geral do comercio local, incluindo-se aí transporte, hotéis, restaurantes e hospedarias.

No mesmo viés, deve ser também rechaçada a afirmação de que o evento ocasionará sobrecarga ao Hospital Municipal. Seja porque o Hospital pode e deve receber os que procuram, seja porque o evento a ser realizado contará com unidades médicas completas, extremamente bem aparelhadas e com um Corpo Médico altamente qualificado.

Postula o impetrante, então, a concessão liminar de segurança para que possa realizar o evento, vez que cumpriu todas as normas atinentes á espécie.

Não pode o ente público muni-se de um poder que não tem para, por critérios subjetivos, impedir a realização de atividades salubres, quando os organizadores subsumen e cumprem as prévias normas legais.

De certo que a busca desenfreada para impedir a realização do evento denominado “xxxperience” cinge-se a questões pessoais dos atuais mandatários municipais, vez que para outros eventos de grande porte e aglomerações mereceram até mesmo incentivos oficiais do município.

A descriminação não pode, pois, ser aceita com passividade. Como pode o município alegar que é cidade de turistas, mas não quer o público jovem que freqüenta as raves? Como pode o município afirmar que todos os freqüentadores da “rave” sejam potenciais loucos ensandecidos que só irão destruir a cidade? Incabível e inaceitável qualquer destas afirmativas.

Atenta contra a ordem legal e contra próprio estado de direito as alegações do ente público municipal.

Não vislumbro, portanto, nenhuma razão fática ou de direito capaz de permitir ao Município de Búzios impedir a realização do evento “xxxperience”.

Por outro lado, a Assembleia Legislativa deste Estado recentemente aprovou lei reconhecendo as “festas raves” e “bailes funks” como manifestações culturais e musicais do Povo Carioca e Fluminense: não mais estando elas passiveis, pois, de qualquer discriminação. Tal lei aguarda apenas sanção do Excelentissimo Governador do estado, que já antecipou sua pré-aprovação á norma.

Cumpra-se.

Intimem-se. Publique-se. Comunique-se.

DOU FORÇA DE MANDADO A ESTA DECISÃO.

Ciencia a todos os interessados.

Dê-se ciência imediata ao Ministerio Público.

Armação de Buzios, 03 de setembro de 2009.

João Carlos de Souza Corrêa

Juiz de Direito

Link da integra: http://www.directa.art.br/downloads/…acao_xxxbz.pdf

Por: Roosevelt

LEIA MAIS [...]

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Funk é definido como movimento cultural pela Assembléia Legislativa do Rio

Na mesma sessão, também foi revogada a lei que estabelecia regras rígidas para a realização de bailes funk e raves.

Ontem os deputados Wagner Montes-PDT e Marcelo Freixo-PSol aprovaram na ALERJ, em votação unânime, o projeto de lei que define o funk como movimento cultural e musical de caráter popular. A justificativa óbvia é despreconceitualizar mais uma forma de expressão cultural que nasceu (ou se reinventou) nos guetos cariocas.

Na mesma sessão, também foi revogada a lei que estabelecia regras rígidas para a realização de bailes funk e raves. De acordo com a legislação anterior, pra organizar estes tipos de evento, os produtores deveriam enviar uma documentação específica e aguardar autorização da Secretaria de Segurança Pública, que ao meu ver não tem a incumbência de proibir ou permitir qualquer formato de expressão cultural.

O projeto aprovado prevê também a utilização do funk nas escolas, como ferramenta pedagógica, além de reconhecer o gênero musical como uma influente ferramenta de integração e comunicação.

Já que agora a festa tá liberada, separei pra vocês uns vídeos com alguns batidões que marcaram época nos bailes funk e me deixaram bem nostálgicos...

Fonte: rraurl

LEIA MAIS [...]