sábado, 26 de dezembro de 2009

Gotan Project

Batizado a partir da inversão das sílabas da palavra "tango", o grupo propõe uma fresca aproximação ao gênero tradicional. O DJ francês Phillippe Cohen-Solal foi o fundador do grupo. Compositor, particularmente de música house, se junta ao suíço Christoph Müller, conhecido das eletrônicas sofisticadas. Em 1995 começam a trabalhar como produtores e engenheiros de som e criam a editora "Ya Basta!".

Em 1998, conhecem o guitarrista e cantor argentino Eduardo Makaroff, que vive na França desde 1990, e como Cohen-Sosal, tem um passado de compositor nas áreas de cinema e televisão. Em Paris, Makaroff é o chefe de orquestra do “Club Tango de la Coupole”.

A união de paixões pela música eletrônica e latino-americana permitiu os primeiros ecos de uma fusão inovadora. Entre 1996 e 2000, os músicos juntam as experiências de Boys from Brazil, PCS Mind Food, Fruit of the Loop ou Stereo Action Unlimited que prefiguram os Gotan Project, ao fundirem a música eletrônica com os sons do Brasil.

A procura de um som para um projeto a três, que incluísse o dub jamaicano e o bandonéon argentino, deu origem à invenção do “cibertango”. Assim, construíram pontes entre ritmos totalmente diferentes, criando uma formação musical radical, remodelando o tango, remetendo sempre à sua beleza original.

 

Texto: Release Oficial

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“Barebacking”: a que ponto chega a estupidez humana

Enquanto autoridades de TODOS os estados se preocupam em embargarem festas eletrônicas, as quais ainda insistem em classificar como um lugar de livre comércio e consumo de drogas, um novo estilo de movimento vem surgindo no país: Barebacking

A reportagem abaixo foi extraída do JB Online e mostra a que ponto chegou a mentalidade de algumas pessoas que acabam deixando de lado a vida para acreditar em um “prazer” inexistente. Em busca desse “prazer” acabam prejudicando a área da saúde do país (que já não anda lá essas coisas) e atrapalhando quem realmente precisa.

'Barebacking' cresce no Brasil e torna-se caso de saúde pública

RIO - “Procuram-se HIVs”. Impresso em um caderno de classificados dos jornais das grandes metrópoles, o anúncio não passaria despercebido. Do ponto de vista conceitual, HIV é uma sigla que desperta interesse e hostilidade, fascínio e medo, compaixão e ódio.

Estigmatizada até então como o acrônimo da morte, ela vem ganhando novos contornos etimológicos devido a um grupo de homens que praticam sexo com homens (os HSH), absolutamente crentes na teoria de que o vírus da Aids, se contraído numa relação sexual, pode trazer benefícios para seu cotidiano, libertando-o, de uma vez por todas, do uso do preservativo, aumentando o prazer, proporcionado uma liberdade só experimentada no auge da revolução sexual, na década de 70.

A teoria foi posta em prática. E tem nome: "barebacking" (derivado da palavra barebackers, usada em rodeios para designar os caubóis que montam a cavalo sem sela ou a pêlo).

O termo ficou conhecido internacionalmente como uma gíria para o sexo sem camisinha, praticado de preferência em grupo, em festas fechadas, por homens sorodiscordantes (HIVs positivos e negativos).

“Coisa de macho”, garantem os adeptos. O movimento cresce no Brasil, de forma assustadora, e tornou-se uma questão de saúde pública e motivo de preocupação social.

O Jornal do Brasil teve passe livre em dois desses encontros, batizados de bare party (festa bare).

É a primeira vez que um veículo de comunicação ingressa em reuniões nas quais o leitmotiv, ou fetiche, é praticar sexo com pessoas desconhecidas, que possam, acima de tudo, ser soropositivas. Às cegas, todos são guiados apenas pelo que sentem. E, para facilitar a comunicação, criaram um vocabulário próprio.

Festa da conversão

As orgias são chamadas de conversion parties ou roleta-russa. Entre os convidados, há os bug chasers (caçadores de vírus), o HIV negativo, que se lança ao sexo sem camisinha, e os gift givers (presenteadores), os soropositivos que se dispõem a contaminar um negativo.

São esses os responsáveis por entregar o gift (presente), o vírus. Quem participa de encontros bare confirma: o prazer sem barreiras é o que importa. Quanto à Aids, eles não encaram mais a doença como mortal, porém crônica, com tratamento à base do coquetel.

A contaminação, portanto, elimina o medo e apresenta uma perspectiva futura da naturalidade do contato pleno.

– Sou um barebacker assumido – dispara R. H., 31 anos, geógrafo e cientista social, com pós-graduação nas duas áreas.

– Eu odeio camisinha. Acho uma m... É terrível interromper o sexo para colocá-la. Acaba com o meu prazer. No mais, o bare, para mim, é um fetiche. Eu gosto, apesar de ter contraído o vírus da Aids numa festa. Mesmo assim, faria tudo de novo. Não me arrependo.

A declaração aterroriza, preocupa. E só mesmo ingressando no singular mundo dos barebackers para comprovar o que depoimentos, documentários, teses, livros e outros elementos que abordam o tema tentam desvendar ou explicar.

Na maioria das vezes, não conseguem. O que se testemunha numa festa bare está além da imaginação humana, supera os delírios e o surrealismo de Fellini em obras como Satyricon, ultrapassa a sordidez e o ceticismo pasoliniano em Saló ou 120 dias de Sodoma. Não há limites. De verdade.

A constatação pôde ser feita em encontros programados para homens de grupos sociais distintos. Na Ipanema da bossa nova, de gente chique “pulverizada” de Dior, Prada, Gucci, Kenzo, Gaultier e Armani, a reunião começa às 22h num casarão de uma das mais movimentadas e conhecidas ruas do bairro.

A mansão, de três andares, é fechada especialmente para a ocasião. O décor é sofisticado. No primeiro pavimento, paredes brancas contrastam com sofás vermelhos. TVs de plasma 42' exibem clipes de Madonna, Beyoncé, Cher, Christina Aguilera ou filmes com astros e estrelas de Hollywood.

As luminárias brancas rebatem a luz dicróica contra a parede, gerando clima de aconchego, e o bar, com bebidas importadas em sua maioria, está sempre livre. Ninguém fica sobre balcão. Não há tumulto. Claro, é uma festa para pessoas escolhidas a dedo, para poucos, no máximo 60 convidados, informados por e-mail.

Há regras, e elas são claras. É condição sine qua non ficar nu ou no, máximo, com uma toalha (cedida pela produção do evento) amarrada na cintura. Quem se recusa é convidado a se retirar.

Outra exigência: o sexo tem de ser praticado nos ambientes comuns de convivência. Ou seja, nada de se trancar em banheiro, em cozinha, em quarto. Ali, todos estão para ver e serem vistos.

E o ritual começa na entrada, quando os participantes tiram a roupa e guardam as peças em um armário, trancado com chave numerada. O funcionamento é semelhante ao de termas, masculinas ou femininas.

A medida, na verdade, serve para evitar a circulação com dinheiro e cartões de crédito. É precaução. Os que desejam consumir bebidas ou aperitivos, apenas transmitem ao barman o número assinalado na chave.

Os itens são lançados no computador e, no fim da festa, a conta é paga no caixa. O mecanismo lembra o adotado por boates e bares do eixo Rio–São Paulo, com suas tradicionais cartelas de consumação mínima. Só que numa festa bare, a bebida ajuda, os petiscos “fortalecem”, mas não são peças-chave para o divertimento.

Circulando pelos outros andares, a prova: na sala de vídeo, um jovem de cerca de 20 anos se entrega ao prazer, cercado por três homens.

Nenhum deles usa preservativo. A cena é chocante. O rodízio de papéis, durante o ato sexual, é comum nessas festas. Faz parte do jogo. O quarteto não frustra as expectativas dos voyeurs reunidos na porta da sala.

Como “astros do sexo”, diante de câmeras e de uma equipe de produção, atuam com vontade em uma performance longa, nada convencional, sem limites. Quem se propõe a ficar sob os holofotes sabe o risco que corre.

Mas é a sensação de perceber a adrenalina disparar e o coração bater aceleradamente devido ao unsafe sex (sexo inseguro) sem pudores e em público que os impulsiona.

Um deles podia ser gift giver e os outros bug chasers. Ou vice-versa. A probabilidade de o gift (o vírus) estar ali, entre eles, era grande. Ninguém se importava.

Quando terminou a primeira das muitas rodadas de sexo, o boy toy lover (brinquedo sexual) do trio foi jogar paciência em um dos quatro computadores, com internet liberada, instalados no segundo andar.

– As pessoas perdem a noção do perigo em busca do prazer – explica Jorge Eurico Ribeiro, 40 anos, coordenador de Estudos Clínicos da Fiocruz.

– E o conceito de barebacking se perdeu. Originária da Califórnia, a proposta é a de festas em que um ou mais participantes, sabidamente positivos, são convocados por um produtor para praticar sexo com os convidados sem o uso de preservativos. Todos têm ciência de que, na reunião, há portadores de HIV. O fetiche consiste exatamente na possibilidade de contrair ou não o vírus. Só que, atualmente, há quem acredite que as festas bare são simplesmente um evento para o sexo sem camisinha com participantes negativos, o que é um grande equívoco.

Ribeiro analisa que os barebackers que não apresentam o raciocínio da conversão imaginam, de fato, que, uma vez soronegativos, se limitarem seus relacionamentos com pessoas igualmente soronegativas, estarão fora do risco. Definitivamente não estão.

Há o espaço de tempo de variável (conhecido como janela imunológica) em que um indivíduo já contaminado pelo HIV pode ter resultados de exames laboratoriais de soronegatividade, ou seja, resultados falso-negativos. Testes HIV não são tão matemáticos como se supõe.

No Brasil, o obscuro universo do barebacking é pouco discutido publicamente por especialistas em sexualidade humana. Ainda não há estudo com precisão estatística sobre o número de praticantes, independente de orientação sexual.

No entanto, os relatórios do Ministério da Saúde com dados de infectados pelo HIV, de 1980 a junho de 2008, dão a pista. Os casos acumulados de Aids no país nesse período foram 506.499. Desses, 333.485 (66%) são homens e 172.995 (34%), mulheres. Em 2007, registraram-se 33.689 novos portadores.

Homo, bi ou hetero, todos praticaram sexo sem camisinha. A irresponsabilidade tem preço. E alto. Dos cofres públicos do governo federal saem cerca de R$ 1 bilhão por ano para tratamento exclusivo de soropositivos. Um paciente consome de R$ 5.300 a R$ 26.700 por ano. Cerca de 20 mil pessoas infectadas iniciam tratamento com anti-retrovirais no país, anualmente.

– Sinceramente, não me preocupo com essa questão e nem me sinto culpado. Não estou nem aí em ser um ônus para o governo – enfatiza R. H.

O Federal Health Research (centro de pesquisas de saúde), órgão governamental americano, divulgou recentemente a informação de que muitos homens com comportamento homossexual, bem como agentes de prevenção contra o HIV, confirmaram que a prática de sexo inseguro está se tornando cada vez mais comum.

Um estudo com 554 homens assumidamente homo ou bissexuais, residentes na Califórnia, apontou que 70% estavam familiarizados com o termo barebacking e que 14% já o haviam praticado, muitos em relacionamentos extraconjugais.

De acordo com a pesquisa, dos homens HIV positivos que participaram do estudo, 22% declararam ser barebackers e 10% dos negativos também tinham feito sexo inseguro nos últimos dois anos.

Não há informações sobre qual o número de pessoas em geral (homo, bi ou hetero) que pratica sexo inseguro nem sobre que motivos as levariam à auto-exposição.

Interesse dos jovens

Nas principais metrópoles, o fenômeno tem chamado a atenção de jovens. Comunidades sobre o tema se espalham por sites de relacionamento como o Orkut. No Rio e em São Paulo, a adesão ganha força.

Na indústria pornô, os filmes bare são os mais procurados. No YouTube, as postagens com cenas de sexo sem o uso de preservativos lideram o ranking das mais assistidas. Muitos dos que não praticam ou não têm coragem para fazê-lo buscam o prazer lançando mão de DVDs ou de vídeos na internet. O conceito de barebacking se dissemina.

– Colocar-se frente à possibilidade de contágio do HIV por meio do barebacking traz motivações psicológicas que podem ir do sadismo ao masoquismo. A possibilidade de uma relação sexual mais livre, com maior contato íntimo e afetivo pode estar encobrindo uma caráter suicida – avalia Paulo Bonança, sexólogo e psicólogo, membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana e da Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual.

Risco assumido

HIV positivo, o administrador T.W., 45 anos, ratifica a análise de Bonança. Para ele, os adeptos do movimento sabem os riscos da superexposição e, alguns, ressalta, desejam o contágio conscientemente:

– Quem pratica sexo sem preservativo não pode ser considerado ingênuo. Tenho um amigo casado com soropositivo. Ele pediu ao parceiro que o contaminasse. Disse que era por solidariedade, mas acho que é masoquismo.

As observações de Bonança e T.W. foram comprovadas pelo JB em outra festa com a mesma proposta. Dessa vez, na Zona Oeste, a mais de 60 km da reunião em Ipanema.

O encontro, realizado mensalmente em um sítio, é batizado de Vale Tudo e está em sua 17ª edição. De sunga, de cueca ou nus, exigência para entrar, os participantes se divertem ao som de funk. Dos inocentes à la Perlla aos proibidões, compostos pela “galera da comunidade”. Agora não há TVs de plasma, luz ambiente, bebidas ou petiscos sofisticados. Computador?

Nem pensar. É uma zona praticamente rural. O bar improvisado oferece cerveja em latão, sopa de ervilha, salsichão na brasa, batata frita na hora e campari. O sexo, claro, também é praticado sem timidez.

Na varanda do casarão, na sala, nos quartos, na piscina, na grama. O produtor avisa, na entrada, que os preservativos estão disponíveis.

Percebe-se o zelo pela prevenção. A maioria, no entanto, dispensa, sobretudo em se tratando de sexo oral.

As situações são muito parecidas com as da festa na Zona Sul. Geralmente, dois dão o sinal verde e, em poucos instantes, como num formigueiro, três, quatro, cinco ou dez estão reunidos em busca do prazer.

Há um ano e meio, Igor (codinome de J.C., 42 anos, professor dos ensinos fundamental e médio) produz em sociedade com Renato (A.F, 40 anos, militar), a Vale Tudo.

Garante que o encontro não incentiva o bare, é freqüentado só por maiores e que o uso de drogas é proibido. Esses são dois de cerca de 20 itens de uma espécie de manual enviado por e-mail aos convidados.

Ainda está registrado na mensagem:

- Sexo liberal entre todos. A formação de casais ou grupinhos é censurada. Estamos numa orgia e não num consultório matrimonial.

– Menor, cocaína, ecstasy, crack, maconha ou qualquer outra droga são vetados. Mas sempre há os que usam discretamente. Como posso controlar o que os convidados fazem? Se eu vir, peço que se retirem. Mas não vou colocar seguranças. Isso desconfiguraria a proposta da festa. São adultos. Cada um é responsável por seus atos – frisa Igor.

Mesmo sem ser em orgia, quem não usa proteção é 'barebacker'

A prática do sexo sem o uso de preservativo continua a conquistar novos adeptos. As campanhas milionárias do Ministério da Saúde sobre o tema não têm sido lá tão eficazes como deveriam.

E apesar do conceito de barebacking estar associado a orgias freqüentadas por homens que praticam sexo com homens, qualquer pessoa, independentemente de orientação sexual, que busca o prazer sem lançar mão de camisinha é um barebacker.

Também corre o risco de ser infectado, ainda que não seja um participante assíduo das conversion parties, as polêmicas e inconseqüentes festas de roleta-russa, nas quais os convidados brincam com a possibilidade de contrair o vírus HIV.

- Como expliquei, a conceituação de barebacking se transformou ao longo dos anos – ressalta Jorge Eurico Ribeiro, coordenador de Estudos Clínicos da Fiocruz.

– Todos os que praticam sexo sem preservativo, seja homo, bissexual ou hetero, podem ser considerados, atualmente, um bare.

Risco permanente

Ribeiro destaca a necessidade de de todos os que se lançam ao sexo sem camisinhas refletir sobre o polêmico tema e as conseqüências da prática. Os familiarizados com o termo e o movimento partem para o simples "sou contra" ou "sou a favor", estabelecendo-se, assim, dois lados que se mostram inconciliáveis justamente pela falta de consenso sobre a inconseqüência com que muitos homens praticam o unsafe sex. A discussão vai além.

- É importante se informar, pensar e decidir o que se pretende com isso. Ter uma vida saudável passa longe do exercício do bare. A decisão, claro, é exclusivamente pessoal. Da mesma forma que escolheram a orientação sexual, podem assim decidir o que fazer com o próprio corpo - assinala

Números divulgados pelo Ministério da Saúde sedimentam a análise do pesquisador. Em 1996, no Brasil, o índice de heterossexuais com mais de 13 anos contaminados pelo HIV era da ordem de 22,4% do total de 16.938 infectados.

Até junho deste ano, esse percentual saltou para 45,7%. Entre os homo/bissexuais houve uma redução de 32,5% (em 1996) para 27,4% (junho de 2008).

Preço mais alto

Garoto de programa desde 2005, Gabriel Chaves, 22 anos, afirma ser heterossexual e ter namorada. Mas assume que, quando um cliente oferece um valor maior do que o cachê estabelecido para praticar sexo sem preservativo, não pensa duas vezes:

– Tem uns que dobram ou triplicam o valor. Eu não tenho como recusar. Com mulher também é assim. Há homens que pagam mais para transar com elas no pêlo. É um risco, mas eu, por exemplo, procuro conversar antes e, aos poucos, perceber a qualidade do cliente – conta.

Gabriel não foge à regra dos barebackers e poderá fazer parte da estatística no futuro. Embora se autodenomine heterossexual, integra o grupo HSH (Homens que praticam sexo com Homens).

Há 12 anos, o percentual de HSHs infectados era de 24%. Uma década depois, em 2006, eles já somavam 41% do total de soropositivos naquele ano.

Aumento dos índices

Em 2004, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas Sexuais do Ministério da Saúde apontou que o índice estimado de HSHs no Brasil, entre 15 a 49 anos, era da ordem de 3,2 % da população, ou cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A partir dessa base populacional, a pesquisa calculou a taxa de incidência da Aids nesse grupo. Foram constatados 226,5 casos para cada 100 mil pessoas. Esse índice é 11 vezes maior do que o da taxa da população geral (de heteros), que é de 19,5 casos por grupo de 100 mil.

O crescimento no número de casos, sobretudo entre os homens, está relacionado ao fato de que toda uma geração, que jamais havia tido contato direto com a Aids, atingiu uma faixa etária sexualmente ativa. Bombardeados por campanhas em favor do uso do preservativo, acabaram desenvolvendo uma certa "imunidade" a elas, crendo que a doença não é um "bicho tão feito quanto pintam".

Quando remédio é desculpa para ficar doente

Difundida principalmente nos Estados Unidos (Califórnia, em primeiro lugar) e na Europa, a prática do barebacking é polêmica.

Os adeptos do bare alegam que, em função dos avanços atuais relacionados ao tratamento anti-HIV e à facilidade de acesso a ele, caso sejam contaminados não perderão em qualidade de vida.

- Temos os anti-retrovirais, medicamentos que inibem a reprodução do vírus e potencializam o sistema imunológico. Isso impede o surgimento de enfermidades oportunistas (Aids) - ressaltam.

Eles ainda defendem como ponto positivo para não abrir mão da prática o fato de a ansiedade e a angústia frente ao possível contágio pelo HIV desaparecerem, assim que se descobrem soropositivos. Isso é sinônimo de libertação, pois que o uso do preservativo passa a ser descartado.

O barebacker está à procura da relação sexual mais livre, com maior contato íntimo e afetivo. As conseqüências, no entanto, relacionadas à prática nem sempre se traduzem de forma positiva, como supõem seus praticantes. Anti-retrovirais não são os únicos responsáveis pela qualidade de vida de um HIV.

Quando expostos, de forma freqüente, a relações de alto risco, os soropositivos podem sofrer o que se chama de “recontágio”, uma nova contaminação, acarretando aumento da carga viral e desencadeamento de queda de imunidade e sintomas.

Além disso, têm grande chance de contrair outras DSTs, tais com sífilis. Isso, certamente, dificultará o tratamento.

“Montar a pêlo”, a tradução literal para barebacking, seria uma lenda urbana se não houvesse comprovação real da prática.

A terrível tendência de comportamento existe. Há, de fato, homens, na maioria homossexuais, que querem ser infectados pelo HIV e outros que têm o prazer de ajudá-los a tornar esse desejo realidade.

Psicólogos, antropólogos e sociólogos teorizam sobre distúrbios de comportamento ou disfunção social. Para o resto do mundo, não passam de estúpidos ou patéticos.

Por: Vagner Fernandes, Jornal do Brasil

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Caça às bruxas: Respect cancelada e manifesto da organização

Infelizmente, mais um capítulo da contínua caça às bruxas às festas de música eletrônica e raves teve lugar no último fim de semana. No dia 19 de dezembro, a festa Respect, que deveria apresentar para o público presente em Suzano – SP as batidas psicodélicas de Twenty Eight, Space Tribe, Odiseo, entre outros, foi lacrada em cima da hora, em mais um sórdido exemplo de truculência , abuso e manipulação da máquina pública contra legítimas manifestações culturais.

Inevitável o adiamento da festa, o núcleo responsável pela organização divulgou o comunicado abaixo. Confiram-no na íntegra:

“ORGANIZADORES DO FESTIVAL RESPECT SÃO VÍTIMAS DE GOLPE DOS ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE SUZANO

Foi neste fim de semana que o núcleo organizador do festival Respect constatou que o preconceito, censura e arquitetura de interesses por parte dos órgãos do município de Suzano (SP) usam verdadeiras artimanhas para embargar o tipo de evento que mais antipatizam: as festas de música eletrônica.

Com toda produção impecável, segurança e estrutura perfeitamente projetadas e funcionários a postos, a festa Respect programada para acontecer no último dia 19 de dezembro no sítio da Vovó Marta em Suzano, não ocorreu injustamente devido a uma notificação recebida 1h e 19 min antes de abrir as portas ao público: a secretaria municipal afirmou que o alvará já concedido no dia 18, não tinha mais validade.

Motivo? A falta do AVCB, protocolo de vistoria que, agendada para o dia 17 de dezembro, não teve o comparecimento do corpo de bombeiros. Devido a essa falta, os organizadores do evento tomaram providências para que a destemida vistoria acontecesse o mais rápido possível, ficando então, reagendada para o próprio dia 18 a noite.

Com todas as exigências em vigor de estrutura e segurança, a vistoria remarcada foi IMPEDIDA antes mesmo de sua conclusão pelo secretário público que, acompanhado da polícia e da TV Globo local, afirmou que o festival não iria acontecer pela falta de alvará. Detalhe: o alvará já estava nas mãos dos organizadores e só perdeu sua validez pela falta de conclusão da vistoria, primeiramente não realizada pelo não comparecimento do corpo de bombeiros na data agendada e que, quando estiveram presentes em outro dia, foram impedidos de realizarem seu trabalho.

De mãos atadas, couberam aos organizadores recorrer a uma liminar de segurança enviada ao fórum de Mogi na qual foi negada.

Todo esse sensacionalismo apresentado no resumo contraditório pela 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SUZANO, é exemplificado no trecho “impedir a realização de festa rave neste município, sob fundamento de que o poder público não foi avisado anteriormente da referida festa”, não tem fundamento. Desde o dia 02 de dezembro/2009 todos os órgãos da Polícia Militar, Guarda Municipal, Delegacia e Departamento de trânsito foram notificados do evento, com todas as informações que precisam saber como prova de que o festival Respect poderia acontecer pois atendia todas as necessidades demandadas pelo Ministério Público.

Neste mesmo documento ficamos sem entender quando lemos: “nem mesmo estrutura mínima para segurança dos participantes, os quais normalmente são crianças e adolescentes”. A vistoria que comprova as ótimas condições para a realização do evento foi ignorada, manipulada e dissimulada. Além disso, como todos já sabem, a venda de ingressos só acontece para maiores de 18 anos, não permitindo a entrada de crianças e adolescentes, como foi citado pelo diretor de receita.

A bela estratégia amarrada entre todos os órgãos de Suzano/SP para finalmente conseguir uma boa verba, tem multa diária de R$ 200.000,00. O curioso de tudo é receber com exatidão de tempo ligações suspeitas por um escritório de advocacia que por “apenas” R$ 60.000,00, talvezpudesse remanejar todo o cenário e fazer acontecer o evento.

O objetivo deste comunicado é justificar o embargamento do evento e ilustrar que, de forma alguma, foi pela inexperiência ou falta de profissionalismo dos organizadores, pelo contrário. Também um sincero pedido de desculpas aos que compareceram no local por não terem sido avisados a tempo e aos que, assim como nós, gostariam muito que o festival tivesse acontecido, sabemos que teria sido um momento único de celebração, assim como todas as outras edições foram.

A Respect se sente em dívida com o seu público e precisa de seu reconhecimento para que a festa ainda continue. Considerem um adiamento do festival programado para o início de 2010, com mais atrações, estrutura e decor que irão comprovar porque o núcleo é respeitado e admirado na cena de música eletrônica do Brasil. Contamos com vocês neste momento para que entendam nossa frustração e juntos, com certeza, iremos fazer de nossa 9a edição a melhor da história da Respect!

Sobre os ingressos, os mesmos que seriam utilizados na entrada desta edição no dia 19/12 poderão ser utilizados para a nova data, que deverá ser divulgada em janeiro/10. Quem comprou o ingresso e não puder comparecer nesta próxima data ainda a ser definida, providenciaremos a devolução do dinheiro após o acontecimento da mesma.

Aguardem novidades em breve no site: www.respect.art.br

E que venha 2010!

Fonte: Psicodelia

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

República Tcheca descriminaliza todas as drogas

País libera quantidades limitadas para porte

Seguindo os passos de Portugal, a República Tcheca é o segundo país europeu a descriminalizar formalmente o porte de todas as drogas. O anúncio foi feito na semana passada em Praga e considera que portadores de quantidades específicas de drogas não sofrerão processo ou prisão.

Pelas novas leis, que entram em vigor em primeiro de janeiro de 2010, os cidadãos tchecos poderão portar até quatro tabletes de ecstasy, 15 gramas de maconha, cinco gramas de haxixe e uma grama de cocaína. Pena prisional poderá ser aplicada a quem portar quantidades maiores.O promoter tcheco Ales Bleha conta que está "feliz com as novas leis", mas acredita que terão pouco efeito sobre as pessoas: "pouca gente tem problemas com drogas aqui, a não ser aqueles que provocam a polícia ou fazem algo realmente estúpido. Quem usa maconha ou cocaína o até mesmo algumas das drogas mais pesadas continuará fazendo o mesmo que antes", prediz. "A República Tcheca é às vezes chamada de 'segunda Amsterdam' ou "a Amsterdam do leste'. Mas o que realmente importa sobre essas leis é que elas representam uma descriminalização genuína, um passo importante rumo a uma legalização total que, eu acredito, é a única solução possível para lidar com as drogas e o tráfico e reduzir o mal associado a elas. Não creio que o problema seja o usuário de drogas, mas a criminalidade e das máfias envolvidas na compra e venda."

Bleha, que promove noites de música eletrônica em Praga, também pensa que as quantidades estabelecidas também são bastante sensatas: "Pelo menos falando da minha experiência pessoal. Eu só fumo maconha, então não posso falar das outras drogas, mas com certeza nunca carrego mais do que cinco gramas comigo". Para ele, esse é apenas o começo: "Penso que as drogas serão legalizadas na Europa nos próximos vinte anos", ele diz "e gostaria de agradecer às muitas pessoas que nunca desistiram dessa luta e trabalham duro para explicar aos governos que é melhor se concentrar em controlar o problema das drogas abertamente do que insistir em uma repressão dura e pouco eficaz".

Fonte: rraurl

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Divulgado o novo trailer de Alice.

Chega logo abril..

 

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Mixtape Killer On The Dancefloor – Radio Oi

01 - Hey Champ - Cold Dust Girl
02 - Evermore - Can You Hear Me (DCUP’s Horny Remix)
03 - Crystal Waters - Gypsy Woman (Russ Chimes Remix)
04 - Mowgli - London To Paris
05 - Killer On The Dancefloor - Gringo Oba Oba (Tropkill’s Remix)
06 - N.E.R.D. - Lapdance (Bingo Players Remix)
07 - Miike Snow - Animal (Fake Blood Remix)
08 - David Guetta Vs Black Eyed Peas - Toyfriend Boom Boom Pow (KOTD Mashup)
09 - Boris Dlugosch – Bangkok

Link: 4shared

Info:
www.myspace.com/killeronthedancefloorbr
www.twitter.com/kotdbr

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

(foto) Felguk @ Danghai Club (04.12.2009)

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

No Limits e Tribe encerram parceria de 2 anos

Através de um comunicado oficial, divulgado à imprensa nesta semana, a No Limits informa que não é mais parceira do núcleo Tribe. Leia abaixo o comunidado na íntegra:

"As produtoras It’s Magic e No Limits Eventos comunicam que, a partir de Outubro de 2009, os eventos TRIBE não mais serão produzidos em parceria com a No Limits Eventos, encerrando um período de 2 Anos (2007-2009) na organização de eventos em conjunto com a It’s Magic. A It’s Magic agradece a No Limits Eventos todos os esforços durante este período e informa que anunciará, em breve, sua programação para 2010.

Fonte: Essentiral

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domingo, 6 de dezembro de 2009

“Imagine 7 dias no paraíso, sem nada para fazer. A não ser, tudo aquilo, que você sempre sonhou".

Faltam menos de um mês para o maior festival de música e cultura altenativa do país: O Universo Paralello. A ansiedade já começa a tomar conta de trancers, roots e outras culturas de todo o país e do mundo para a 10ª edição do festival.

E para entrar no clima e aumentar ainda mais a ansiedade de estar, naquela que tem tudo para ser, a maior edição do UP vale a pena assistir mais esse video produzido por Rogério Jaques.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Alanis Morissete diz em entrevista que é usuária "moderada" de maconha

Em entrevista à revista americana High Times, Alanis Morissette revelou que fuma maconha e que, segundo ela, a erva ajuda no processo de criação das músicas.

"Quando estou sob o efeito, as mensagens aparecem sem filtros. Então, quando tenho que escrever ou obter respostas claras. Essa é a forma mais fácil de conseguir", disse a cantora.

A revista "High Times" é especializada em assuntos que envolvem cultivo e uso da maconha, e  também aborda temas como a legalização do uso da erva.

Alanis namora o ativista do uso medicinal da maconha, Tom Ballanco, e se diz uma usuária moderada.
"Eu sou moderada - tanto quanto posso. [...] Frequentemente me sinto telepata e receptiva à mensagens inexplicaveis por toda minha vida. Eu posso afastá-las quando não estou chapada", explica Alanis.

Fonte: Cifra Club News

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

(video) Universo Paralello #7, #8, #9

O fotógrafo Rogério Jaques reuniu no video abaixo algumas de suas fotos feitas nas últimas três edições do Universo Paralello. Esse e outros videos serão apresentados na edição deste ano do festival. Vale a pena conferir.

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