segunda-feira, 29 de março de 2010

"Não existe droga segura"

Essa semana foi quase impossível achar algo de interessante nas revistas semanais, o julgamento dos Nardoni, invadiram todas as editorias dos principais veículos do país. Alguns inclusive só faltaram crucificar o casal em praça pública. Mas fazer o que…

É isso que o povo gosta, é isso que o povo quer ver. Viva o “panis et circenses”.

Porém na edição 2158 da revista VEJA achei uma excelente entrevista com Nora Volkow. A psquiatra fala sobre as drogas, seus efeitos e vicios.

A diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas afirma que nem mesmo a maconha nem muito menos a DMT, presente no chá do Santo Daime, podem ser consideradas inofensivas

A psiquiatra mexicana Nora Volkow, 54 anos, é uma das mais importantes pesquisadoras sobre drogas no mundo. Quando, porém, o assunto são os danos neurobiológicos que essas substâncias causam, Volkow pode ser considerada a número 1. Foi a psiquiatra quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro e foi também ela quem, nos anos 80, mostrou que, ao contrário do que se pensava até então, a cocaína é, sim, capaz de viciar. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow esteve no Brasil na semana passada para uma palestra na Universidade Federal de São Paulo. Dias antes de chegar, falou a VEJA, por telefone, de seu escritório em Rockville, próximo a Washington.

Há quinze dias, um cartunista brasileiro e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. Que efeitos essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico?
Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentar a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz.

Que efeitos essas drogas produzem em um cérebro saudável?
Em alguém que não tenha esquizofrenia, os efeitos relacionados com a ansiedade e com a paranoia serão, provavelmente, mais moderados. Não é incomum, porém, que pessoas saudáveis, mas com suscetibilidade maior a tais substâncias, possam vir a desenvolver psicoses.

Estudos conduzidos pela senhora nos anos 80 provaram que a cocaína tinha, sim, a capacidade de viciar o usuário e de causar danos permanentes ao cérebro. Até então, ela era considerada uma droga relativamente "segura". Existe alguma droga que seja segura no que diz respeito à capacidade de viciar e de causar danos à saúde?
Não existe droga segura, a não ser a cafeína. Como ela é estimulante e produz efeitos farmacológicos nos receptores de adenosina, é, sim, uma droga. Mas não há evidências de que vicie nem de que seja tóxica - a não ser que você tenha problemas cardiovasculares. Ainda não sabemos se é prejudicial a crianças e adolescentes, mas para adultos não há nenhum problema.

E a maconha?
Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva. Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), eles deixam de produzir seus próprios canabinoides naturais (associados ao controle do apetite, memória e humor). Isso causa desde aumento da ansiedade até perda de memória e depressão. Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.

A senhora concorda que ela seja a porta de entrada para outras drogas?
Se você olhar os dados, verá que a maior parte dos usuários de cocaína começou com a maconha. Mas, ao olharmos os dados de quem fuma maconha, veremos que essas pessoas geralmente começaram com cigarros ou álcool. Qual seria a verdadeira droga de entrada, então? Uma das leituras sobre essa questão é que, durante a adolescência, as pessoas bebem e fumam cigarros porque esses produtos estão disponíveis e são legais e, quando crescem, elas se tornam propensas a usar drogas mais pesadas. Uma leitura alternativa é que a exposição à nicotina e ao álcool na juventude faz com que as pessoas fiquem mais vulneráveis aos efeitos de outras drogas. Para mim, essa é a hipótese correta. A exposição precoce às drogas muda a sensibilidade do sistema de recompensa do cérebro. Como esse sistema se torna menos sensível, os dependentes químicos buscam uma compensação nas drogas.

Por que em geral as pessoas começam a usar drogas na adolescência?
O cérebro do adolescente é muito menos conectado do que o de um adulto. Como resultado, os adolescentes não conseguem controlar e regular a intensidade de suas emoções e desejos da mesma forma que os mais velhos. Isso faz com que vivam de maneira mais vigorosa, mas, ao mesmo tempo, assumam riscos maiores, como experimentar drogas.

O uso de drogas na adolescência é mais perigoso do que na vida adulta?
Certamente, porque o cérebro de um adolescente é mais plástico e mais sensível aos estímulos externos que vão moldá-lo. A forma que seu cérebro vai tomar na idade adulta depende muito dos estímulos que você recebeu quando criança e adolescente. O risco de desenvolver o vício também é maior para o adolescente. O motivo é o mesmo: a plasticidade cerebral nessa fase, que faz com que o jovem apreenda informações muito mais facilmente do que o adulto.

Por que é tão difícil quebrar o ciclo de desejo, compulsão e perda de controle que o vício traz?
É difícil porque o cérebro, em consequência do uso de drogas, é modificado de maneira física. A dependência química é uma doença cerebral que muda a bioquímica, a função e a anatomia do cérebro. Ocorre da seguinte maneira: todas as drogas aumentam a concentração de dopamina no cérebro. Quando o sistema dopaminérgico é ativado vez após outra pelo consumo repetido dessas substâncias, ele sofre modificações, de forma que passa a não funcionar mais quando a pessoa não está sob efeito da droga. Com isso, o usuário procura usar mais drogas - para tentar compensar esse déficit.

O que faz alguém se viciar em uma droga?
Isso pode variar de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo de droga. Mas, de modo geral, é preciso que a pessoa seja exposta à substância repetidamente. Mesmo nessas condições, nem todos os usuários se viciam. Porém cerca de 10% deles desenvolvem o vício depois de pouco tempo de uso. Nos casos em que isso ocorre, o usuário tem uma vulnerabilidade que pode ser de ordem biológica ou social. Isso significa que ele pode ter uma predisposição genética para o vício ou estar sob algum tipo de stress que ajudou a disparar o gatilho da adição. Os traumas mais potentes ocorrem na infância: abandono, repetidas negligências, abusos físicos, sexuais, convivência com pais presos ou portadores de doenças mentais. Mas é claro que nada disso resulta em vício se a pessoa não tiver acesso às drogas.

É possível curar o vício?
Nós não podemos curá-lo atualmente, apenas tratá-lo. Quando você tem uma infecção bacteriana, toma um antibiótico e está curado. Agora, se você tem asma ou diabetes, tem de tomar algum tipo de medicamento ao longo de sua vida. É um tratamento para sua condição, não uma cura. Hoje, existem apenas tratamentos para o vício, que combinam medicamentos e terapias comportamentais. Estamos desenvolvendo uma vacina contra o vício de cocaína e nicotina, mas são apenas pesquisas ainda.

É possível, depois de se reabilitar, voltar a usar drogas sem se viciar?
Há casos já identificados. Por muito tempo se disse, principalmente sobre o alcoolismo, que, se você é alcoólatra, nunca, mas nunca mesmo, poderá chegar perto de novo da droga. Em pesquisas, há evidências de que alguns alcoólatras conseguem voltar a beber um ou dois copos de vez em quando sem se viciar, mas eles são a minoria. O problema é que não sabemos quem será capaz de se ater a apenas alguns drinques e quem vai se viciar de novo, por isso recomendamos clinicamente que todos fiquem afastados da droga.

Está em curso no Brasil uma campanha para descriminalizar a maconha. A senhora concorda com isso?
Não concordo porque, ao descriminalizar a maconha, você estará contribuindo para que mais gente a consuma. Há quem não fume por medo da repercussão negativa que a atitude pode provocar - e descriminalizá-la significa dizer: "Se você fumar, está tudo bem".

Um grupo de pesquisadores brasileiros está discutindo a possibilidade de permitir o uso medicinal da maconha. Quais são os benefícios já comprovados da droga?
As pesquisas mostram que os canabinoides, inclusive o THC, têm algumas ações terapêuticas úteis. Por exemplo, diminuem a resposta à náusea, o que é muito útil para pacientes com câncer que estão enfrentando uma quimioterapia. Outra vantagem comprovada é que eles aumentam o apetite e podem ajudar a combater a anorexia que acomete pacientes com doenças como a aids, por exemplo. Além disso, podem ter benefícios analgésicos e diminuir a pressão interna do olho, o que pode evitar um glaucoma. O que nosso instituto apregoa é que você pode ter o benefício dos canabinoides sem os efeitos colaterais que resultam do fumo da maconha, como a perda de memória, por exemplo. Por isso, estamos encorajando o desenvolvimento de medicamentos que maximizem as propriedades terapêuticas da droga sem seus efeitos danosos. No mercado americano, já existem algumas pílulas, como a Marinol, que permitem isso.

Em suas pesquisas a senhora descobriu que o córtex orbitofrontal, a principal área do cérebro afetada por quem tem transtorno obsessivo-compulsivo, também está ligado ao vício. É essa a chave da compulsão pelas drogas?
Eu concluí que a pessoa viciada em drogas desenvolve uma obsessão e uma compulsão pela droga similares às daquela que tem transtorno obsessivo-compulsivo. O que o vício e o TOC têm em comum é que ambas as doenças afetam as mesmas áreas do cérebro, aquelas relacionadas aos hábitos e aos controles. Mas, embora o local afetado seja o mesmo e a apresentação dos sintomas se dê de forma parecida, os mecanismos que levam a essas anormalidades não são.

A senhora também estudou a função da dopamina em quem come compulsivamente. Que relações se podem fazer entre a obesidade e o vício em drogas?
Ambos resultam em uma busca compulsiva por uma recompensa: no caso da obesidade é a comida e no caso da adição é a droga. Nos dois, há a perda de controle. Quem é patologicamente obeso come mesmo quando não quer. Podemos dizer que algumas pessoas parecem ser viciadas em comida, embora até o momento isso não tenha sido aceito nas comunidades clínica e científica.

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse recentemente que o povo americano tem uma demanda insaciável por drogas. A senhora acredita que essa demanda é mesmo mais intensa nos EUA do que em outros países?
O prazer oriundo das drogas é uma comodidade que você compra, como um luxo. Então há, sem dúvida, um elemento econômico nessa discussão. Também existem elementos relacionados à estrutura social e às normas. Os americanos são mais tolerantes em relação a comportamentos diferentes do que muitos outros povos. Isso resulta também em maior aceitação do uso de drogas.

A senhora nunca sentiu vontade de experimentar alguma droga?
Bebo de vez em quando um copo de vinho e experimentei cigarros quando era adolescente. Nunca usei cocaína, maconha nem outro tipo de droga ilícita. Amo meu cérebro e nunca pensei em estragá-lo.

Por: Kalleo Coura
Fonte: Revista VEJA (ed. 2158 – 29/03/2010)

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domingo, 28 de março de 2010

Trancedownloader.ru de cara nova

Um dos mais tradicionais e conhecidos sites sobre música eletrônica está com data marcada para estreiar um novo visual.

No próximo dia 1º, quem acessar o trancedownloader.ru encontrará um site totalmente remodelado e com várias modificações que irão facilitar a busca pelos albuns.

O administrador do TD, liberou com exclusividade um preview de como será o novo site. Veja abaixo como ficará e no primeiro minuto do dia primeiro acesso o portal para conferir o visual completo.

 

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(02.04) Salada Cartel – A Feira

Está em São Paulo e não sabe o que fazer no feriado? Fica ai uma ótima dica:

Salada Cartel apresenta: A FEIRA, a noite que traz o sabor das cores e culturas.

Aqui se prova de todos mundos, se brindam invenções de todos cantos, de todas as pessoas, de todos os sorrisos... Juntos, buscaremos alegria coltiva, folia, euforia e música boa até o amanhecer.

A FEIRA vem divertida, vem descontraída, vem coroar vocês!
Pegue sua sacola de pano, sorria e pisque um olho ;-)

Line Up:
FunGu
Razi b2b Surv
Di Schmidt Vs. Patu
Deep Trip b2b Margul

Preços: H/M: lista - $10 / porta - $15
Listas: saladacartel@hotmail.com (listas até 1hra da manhã)

Local: Livraria da Esquina
RUA DO BOSQUE, 1236 (Lado "B")
(Barra Funda) São Paulo/SP

Sobre Salada Cartel

Baseada principalmente nos grooves do House, do Techno e da World Music, aqui se prega uma nova visão da dance music moderna, sendo talvez, muito visionária para alguns, ou mística e viajante demais para outros

Amantes da boa música por natureza, André, Gustavo, Ítallo, Marcio e Rodrigo compartilham de uma paixão mútua pelo novo, pela desconstrução do que existe hoje, pela remodelação do que já existiu há tempos, por sons mais orgânicos e por uma diversidade mais ousada e surrealista

“Nós, jovens e entusiastas, sentimos o desejo de criar um “cartel” que levasse nossa “salada” musical à alforria. Algo que fosse direcionado a qualquer pessoa que pudesse se identificar. O objetivo principal é fazer do dancefloor uma porta para o mundo das crenças inusitadas, das selvas tropicais, das culturas pouco conhecidas e da diversidade artística e musical que existe no planeta, além de ir a fundo na busca por diretrizes mais atuais e excêntricas dentro do house e do techno. O som que brota desta salada traz temperos africanos, orientais, latinos, americanos, europeus... E, como não poderia faltar, também o inconfundível sabor brasileiro. Pois, é com uma pitada de cada pedacinho do mundo que se faz pleno o nosso prato, que é feito com amor, para trazer as pessoas para mais perto de si mesmas, para fazê-las enxergar a música eletrônica como algo que hoje caminha lado a lado com toda a cultura universal, e, é claro, para que todos celebrem o viver junto aos seus e junto a nós. E, assim, dançando, todos hão de se conectar desde ao misticismo oculto cravado nas civilizações “pagãs” até à sensualidade e às belezas que transbordam do jazz de New Orleans, das cordas flamencas, da música originalmente “canarinha” e do tango argentino."

"Queremos lhe apresentar o nosso circo, os nossos queridos amigos, o nosso furor e as nossas paixões... Queremos lhe apresentar os bálcãs brutos e debochados, os aborígenes australianos ensandecidos, os sacerdotes xamãs, os feiticeiros tribais, a profecia dos profetas, a sensualidade das dançarinas espanholas, os sultões, a fauna das savanas, os anseios primitivos, os monarcas, os bobos da corte, os ciganos, os faraós, os samurais, os monges, os dissimulados, os trôpegos, os ticanos, os guerreiros, os clérigos, os aristocratas egocêntricos, os céticos, os eremitas, os filósofos, os artistas, os opulentos, os loucos, as bruxas, os fanáticos, os tupiniquins, os errantes, os larápios, os bêbados, os mercenários, os santos, os sábios, as lendas, os cabarés, os dementes, os freaks, a noite, os bambas, as mulatas, as polacas, as meretrizes, as orientais, os rituais, as cantoras alcoólatras, os trumpetistas asmáticos, os cubanos exagerados, os cantos ocultos, as docas, as ideias, os ideais, as políticas, as minorias, o empoeirado, o suburbano, as terceiras intenções, o surreal, o folclórico, o imprevisível, as vontades, os sabores, a força de exprimir, os sentimentos, as vozes da terra, as vozes do espaço, as vozes do inconsciente... O mundo, a arte e o amor. Entre, fique a vontade, beba alguma coisa e sorria... Bem vindo à nossa salada!” :)

Mixes Salada Cartel.

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sábado, 27 de março de 2010

Boom Festival colabora com a ONU

O BOOM FESTIVAL foi convidado pela ONU para fazer parte da United Nations Environmental and Music Stakeholder Initiative (M&E).

A iniciativa foi lançada no dia 22 de Março na cidade de Arendal, Noruega, e contou com a presença dos festivais com melhores programas ambientais em todo o mundo. Apenas 10 festivais foram convidados  pelas Nações Unidas, o BOOM FESTIVAL é o único evento português.

O objectivo da United Nations Environmental and Music Stakeholder Initiative (M&E) – projecto criado pela United Nations Environment Programme (UNEP) - é a de utilizar a popularidade da música para promover a consciência ambiental junto do público.

Segundo as Nações Unidas o BOOM FESTIVAL é encarado como um dos líderes mundiais de soluções sustentáveis para eventos. “O Boom é um case-study junto da ONU”, refere a esse propósito Meegan Jones, autora do primeiro manual sobre sustentabilidade em eventos, “Sustainable Event Management”.

O BOOM FESTIVAL, para além de ser o único evento português a ser convidado pelas Nações Unidas, é também o único festival de cultura independente, sem apoios comerciais, a fazer parte da United Nations Environmental and Music Stakeholder Initiative (M&E).

Do lançamento da iniciativa foram criadas cinco áreas de actuação: Cooperação dos agentes da indústria discográfica (produtores, músicos, produtores de grandes eventos, consultores); Soluções Técnicas; Regulação (Certificação); Recursos (Humanos, Educação); e Audiências (Comunicação, Educação).

O BOOM FESTIVAL convidou a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova para participar na reunião. Através do Vereador da Cultura, Armindo Jacinto, Idanha-a-Nova e a ONU acordaram uma parceria para a criação de um gabinete técnico no Interior de Portugal. O BOOM é assim a força-motriz para novos projectos culturais e ambientais na região da Beira Interior.

O convite do BOOM FESTIVAL à autarquia originou ainda que a data da próxima reunião da United Nations Environmental and Music Stakeholder Initiative (M&E) se realize em Portugal, mais concretamente em Idanha-a-Nova, em Setembro de 2010.

Lista de Participantes na United Nations Environmental and Music Stakeholder Initiative (M&E):

  • BOOM FESTIVAL – Único agente da indústria criativa portuguesa a participar, vencedor do Greener Festival Award 2008 – Outstanding Prize (boomfestival.org)
  • Agderforskning – Organização que desenvolve soluções sustentáveis (agderforskning.no)
  • Munícipio de Arendal – Anfitrião do evento (arendal.kommune.no)
  • Meegan Jones – Autora do livro “Sustainable Event Management” (onde figurou o Boom Festival)
  • Bucks University – Universidade britânica com programa de sustentabilidade ambiental (bucks.ac.uk)
  • Canal Street – Arendal Blues and Jazz Festival (canalstreet.no)
  • CO2Penhagen – Festival dinamarquês com vasto programa ambiental (co2penhagen.com)
  • Festival Republic – Empresa que organiza o Glastonbury Festival (festivalrepublic.com)
  • Hard Rain Project – Série de exposições sobre temática ambiental (hardrainproject.com)
  • Hove Festival – Evento inglês (hovefestival.com)
  • Julie’s Bicycle – Organização inglesa que visa criar standards de sustentabilidade (juliesbicycle.com)
  • Lollapalooza – Festival dos Estados Unidos (lollapalooza.com)
  • Paléo Ridge Festival – Evento histórico da Suiça (paleo.ch)
  • Peats Ridge Festival – Festival da Austrália com inúmeros projectos ambientais (peatsridgefestival.com.au)
  • Roskilde Festival – Maior evento da Escandinávia (roskilde-festival.dk)
  • Studio Incaible – Estúdio do México  (studioincaible.com)
  • UNEP/GRID- Arendal – Delegação da UNEP na Noruega (grida.no)
  • Øya Festival – Maior festival da Noruega (oyafestivalen.com)

Fonte: BOOM Festival Press

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quinta-feira, 25 de março de 2010

As pistas de dança não mentem jamais

Você sabe o que a atriz Luana Piovani, a cantora Alcione e o velocista jamaicano Usain Bolt têm em comum? Ao menos por algumas horas, eles já foram DJs.

Brincar de discotecar virou uma febre, algo quase tão corriqueiro quanto dar palpite sobre a escalação da seleção brasileira. Tanto que o ato de botar músicas em festas ganhou até um verbo específico: "atacar de DJ".

É claro que essa moda já deixou muito DJ profissional enfurecido. Afinal, do jeito que a coisa anda, parece mesmo que ser disc-jóquei não requer nenhum treino ou habilidade. Dá a impressão que é só vestir uma roupa bacana, botar umas músicas no iPod e "agitar a galera".

Uma coisa é certa: atacar de DJ envolve muito menos conhecimento técnico do que, por exemplo, fazer um solo de guitarra. Então, praticamente qualquer um, depois de uma aulinha básica sobre o equipamento de som, consegue trocar músicas numa noitada.

É claro que micos vão acontecer, porque ninguém aprende mixagem - que é a transição de uma música para outra - da noite pro dia. Mas que dá para virar DJ de festinha sem muito treino, isso dá. O sonho de ser o centro das atenções por uma noite é totalmente realizável quando se veste a fantasia de DJ.

O mesmo não vale para alguém que queira se passar por músico aventureiro. Imagine o que seria um famoso "atacando" de baterista ou fazendo um solo vocal numa ópera? Simplesmente impossível.

Está explicada, então, a avalanche de celebridades que trocou a manjada presença ilustre (cobrança de cachê para aparecer em eventos) pelo mais moderno DJ set. Afinal, é muito mais cool aparecer na foto com fone nos ouvidos do que dançando com a debutante, não é?

Também virou moda a profissão ser abraçada por ex-participantes do programa Big Brother. Parece que virar DJ preenche o vazio do ex-BBB, que vê no simples fato de vestir um par de fones de ouvido uma chance de ganhar sobrevida como artista. Agora você sabe a diferença entre "atacar de" e "ser" DJ?

O DJ precisa ser um pouco doente da cabeça, no bom sentido. Tem de pensar em música 24 horas por dia, mas não só na música. Quem vive dessa profissão quer saber como vai conseguir tirar o fôlego da multidão naquela noite - e na seguinte também. Uma apresentação meia-boca já é motivo para entrar em depressão. DJ não se permite errar.

E as viagens, então? Ser DJ é encarar aeroportos com bom humor, pensando na festa que o espera. É nunca mais ter um sábado livre para a família. É estar sempre ansioso com a montanha de música nova que está no HD do laptop esperando para ser ouvida. Vista de perto, a profissão tem bem pouco de glamour e muito de dor de cabeça, isso sim.

Quem entra nessa achando que basta comprar um belo fone de ouvido e baixar músicas para dentro do computador normalmente quebra a cara. A vida do DJ é uma angústia constante pela próxima grande música.

Em meio a essa febre de celebridades que aparecem atacando de DJs, o modelo Jesus Luz acabou ganhando (mais) outros 15 minutos de fama. O namorado brasileiro da Madonna gerou muita revolta entre os profissionais dos toca-discos. Muita gente se doeu quando viu uma foto dele se apresentando numa boate do Sul do País, sendo ajudado por um DJ, escondido embaixo dos equipamentos, na cabine de som.

Jesus Luz foi pego para Cristo, virou bode expiatório desse circo que se formou. Se ele vai tocar bem um dia, só o tempo vai dizer. Para mim, toda essa discussão que ele ajudou a levantar em torno da profissão só pode ser positiva. Afinal, não tem aquela máxima que diz que a publicidade de um produto ruim só acelera o seu fracasso?! Ter apenas uma bela carcaça de DJ não salva a pele de ninguém nessa profissão. A pista de dança não mente jamais.

Por: Claudia Assef
Fonte: estadão.com.br

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(fotos) Orbital & Kaballah 20.03.10

E a união deu mais do que certo! O festival que uniu os núcleos Orbital e Kaballah no último sábado (20), na Arena Maeda, em Itu/SP, atraiu uma multidão de fãs, que conferiram um formato inédito, com dois palcos principais interligados por um confortável backstage.

O festival começou por volta das nove horas da noite do sábado (20) e se estendeu até uma hora da tarde do domingo (21). Apesar das fortes pancadas de chuva no início, chegando a causar alguns problemas estruturais, o festival correu bem e contou até com a presença de um sol escaldante pela manhã.

A celebração de oito anos da Orbital, com direito a campanha baseada no filme “Os Sinais”, teve a companhia do núcleo Kaballah, posicionado como o festival mais conceituado do país. Os dois palcos principais ficaram lotados o tempo todo, com uma vibração fora do comum.

veja as fotos desta união

O extenso line-up contou com variadas atrações e a pluralidade de gêneros foi um gritante diferencial, tendo o trance e suas subvertentes como pano de fundo tradicional e doses esparsas de techno e house pelos três ambientes. Destaque para as apresentações de Eskimo, 1200 Mics, Krome Angels, Popof, Style Of Eye, Neelix, Amo & Navas, Riktam & Bansi, Jay Haze, Under Construction, Anthony Rother e Joachim Garraud, francês que estreou no país da melhor maneira possível.

E meio que como um bônus, um inesperado back to back tomou conta do encerramento do festival, no abarrotado Cocoon Stage, orquestrado por Renato Ratier e Sis, que já haviam se apresentado individualmente no espaço, mas que não resistiram ao ótimo clima. As atividades se encerraram por volta das 13h00... Que a união continue!

Por: Bruna Armani – Grupo No Limits

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Tribaltech MultiCult Art Festival vai invadir São Paulo

A Tribaltech, ou simplesmente TT, deixa de lado um pouco o frio da capital paranaense, local onde nasceu e cresceu e parte para São Paulo.

O Tribaltech Festival chega a São Paulo propondo a convergência entre música, arte contemporânea, tecnologias e interatividade. Seis mega estruturas destinadas à música, cinema e arte, além de várias mostras de cultura alternativa e intervenções urbanas formam o corpo do festival.

Além de grandes nomes da música atual, um concurso multicultural revelará novos talentos em cada um dos espaços - é um convite para que TODOS tragam sua arte para o festival! Se você é DJ, músico, produtor, cineasta e/ou artista plástico, fique ligado, inscreva seus trabalhos e participe do evento.

Música eletrônica, shows, bandas, cinema, arte e tecnologia em um só lugar.

TRIBALTECH MULTICULT ART FESTIVAL – 21.Agosto.2010
www.tribaltech.com.br

FONTE: Comunidade Tribaltech

Veja as fotos da edição 2009

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quarta-feira, 17 de março de 2010

(videos) Respect @ 13.03.2010

Brincando um pouco com o video da D90

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quinta-feira, 11 de março de 2010

MOB Festival 2010 – video oficial

O Music On Board Festival, ou simplesmente MOB, é um sonho para aqueles que já presenciaram alguma edição e um desejo para quem ainda não viveu três dias em alto mar ao som dos melhores DJs do House e suas vertentes.

Confira o video oficial da edição 2010 e fique por dentro das próximas edições através do site: www.mobfestival.com.br.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

(vale a pena ouvir) Spartaque

Começando a seção “vale a pena ouvir”, na qual divulgarei alguns nomes digamos que “desconhecidos” por alguns, muitas vezes até por mim.

Caso tenha alguma sugestão para essa seção envie para: rcgomes@rcgomes.com.br

Vitaliy Babiy, também conhecido como Spartaque, é um DJ e produtor ucraniano. Em 2005 ele se apresentou para uma multidão de 30.000 pessoas em Kharkiv e ficou em segundo lugar na eleição de melhor DJ. Foi o evento que lançou sua carreira. Desde então, ele estava tocando em casas noturnas locais e em 2006 tornou-se um DJ residente em Kharkiv.

Segundo o Top DJ ucraniano de 2007-2008 os resultados da votação deixaram ele em terceiro lugar na categoria Melhor DJ e em primeiro lugar na categoria de Melhor Trilha com sua obra "Zefir". Em 2008-2009, ele ganhou prêmios em três das quatro categorias, entre as quais houve o primeiro lugar na categoria Melhor DJ, Best Radio Show e Melhor Trilha. No momento Spartaque direciona sua energia para o palco do clube a nível mundial.

Ele é apoiado por tais artistas famosos como Piatto, Tocadisco, Popof, Style of Eye, Tom Craft, Khainz e muitos outro.
FONTE: comunidade ORKUT

Saiba mais: myspace.com/spartaque / soundcloud.com/spartaque

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