terça-feira, 14 de julho de 2009

(entrevista) Estevão Melchior

A revista Goma, fez uma entrevista bem bacana com o DJ Estevão Melchior. O DJ paulista venceu o concurso Multicultural, organizado pela Tribaltech e será uma das atrações do festival que acontece no dia 22 de agosto em Curitiba.

Confira a entrevista e baixe o live que o DJ preparou com exclusividade para a revista.

Truati, minimal techno brasileiro para exportação

Estevão Melchior é brasileiro nascido em Sorocaba, interior de São Paulo. Sob a alcunha de Truati, começou sua carreira em produção musical há cerca de 7 anos. De dentro de seu home-studio saíram bombas influenciadas pelo som do trance e do house progressivo. Há cerca de 1 ano e meio atrás fui na Transensations e tive a oportunidade de ver um ótimo live, que bombou a cansada pista vespertina da festa. Era uma notável diferença na qualidade das músicas em relação aos outros lives da festa.

Hoje, Truati já trilha um caminho bem próprio. Usa com sabedoria suas influências passadas na criação de um techno com pegada minimalista, mas cheia de baixos marcantes e elementos de house. Já coleciona uma gorda sacola de TOPs eletrônicos, recheada com belas posições nos charts do Beatport e diversos outros sites de vendas. Mas foi recentemente que recebeu seu maior prêmio: venceu o Concurso Multicultural Tribaltech 2009 na categoria Underground e terá a chance de tocar ao lado de de seus ídolos Format:B, além de Beckers, Gaz James, Catz 'n Dogz, Maetrik e vários outros.

Quando começou a se interessar por eletrônica? Quando decidiu que faria uma carreira disso?
Desde muito cedo sempre gostei de música eletrônica. Frequentava lojas de discos atrás de música eletrônica, desde Prodigy até os mais hits da Dance Music. Sempre procurei estar antenado a evolução da música eletrônica. A carreira veio por acaso, sempre tive facilidade com computadores, e certo dia comecei a me aventurar em programas de baixa complexidade. Fui aprendendo e cada vez mais fui me interessando.

Você mora em Sorocaba, interior de São Paulo. Você encontra desafios maiores por causa disso?
Sim, encontro. Sorocaba é uma cidade com poucas opções noturnas e culturais, porém é uma cidade muito limpa e bem organizada, muito boa para se viver.

Suas raízes e produções iniciais são voltadas ao trance progressivo. Quais as suas maiores influências no passado e no presente da eletrônica?
Comecei a gostar de trance progressivo ouvindo XV Kilist, El Audio, HuxFlux, SBK entre outros. Mas quando o estilo tomou outro rumo comecei a me interessar mais por sonoridades voltadas pro house e vertentes. Atualmente, gosto bastante de artistas com linha mais séria e minimalista, como Kanio e Format B.

O que você acha do maximal, como Justice, Mr. Oizo e Proxy? Acha que de alguma forma este gênero tem a acrescentar em suas produções?
Para ser sincero, ainda ouvi muito pouco Maximal, mas fiquei muito surpreso com a mistura de sonoridades presentes nas músicas. Acho que todo novo estilo tem sempre muito a acrescentar, desta forma abrindo a mente das pessoas para novos sons e tendências.

Os equipamentos que você usa em estúdio são diferentes do live? Conte-nos um pouco sobre seu live.
Em estúdio utilizo um Imac, Interface Motu 828 Mk2, M-Audio 420, Nord Lead 3, Novation Remote 25, Edirol PCRM1 Slim, Mesa Behringer-Ub 1622FX, monitores de referência Roland DS-8. Para o live apenas um Macbook Pro, Ableton Live, Motu 828 Mk2 e uma controladora M-Audio UC-33E. No live, tenho todas as musicas a disposição e algumas desmontadas, clips e vocais. Gosto de improvisar e criar expectativas na pista.

Quais seus próximos passos? O que podemos esperar do Truati no futuro?
Por enquanto continuo focado no projeto Truati, mesmo porque tudo é muito corrido para mim, tenho outro trabalho além do Estúdio, e não me sobraria mais tempo para outros projetos. Recém lancei o EP Blond A. pela Lo Kik records, contendo 3 faixas produzidas recentemente e que talvez reflita um pouco do que é o Truati hoje em dia, após muitas experiências e mutações. As faixas estão disponíveis para compra no Beatport. Para faixas ainda não lançadas, MySpace e Soundcloud. (tem também o twitter)

Você tem myspace, twitter, soundcloud. Como enxerga estes novos meios de distribuição musical e quais os reais benefícios que eles trazem?
Acredito que estes meios são fundamentais para os artistas que querem divulgar seu trabalho hoje em dia. Neles você pode divulgar seu trabalho para o mundo e fazer novos contatos. Percebo isso a cada release lançado, as pessoas adicionam e elogiam o trabalho, querem saber e ouvir mais coisas do projeto, é muito interessante. Através desses meios divulgo minhas novas faixas e futuros releases aos fãs do Truati, sendo também um contato direto com organizadores de festas e gravadoras.

Você venceu o concurso da Tribal Tech e tocará ao lado de Format:B e vários outros nomes fortes. Como foi este concurso? Como está a expectativa de tocar lá?
Logo que fiquei sabendo do concurso não perdi tempo, e mandei um CD com minhas produções para a categoria Underground, onde foram 61 projetos participantes. A expectativa está altíssima, afinal, tocar minhas músicas e participar de um evento com gigantes da cena é sensacional.

Fonte: Revista Goma


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