quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mais um pouco dos “supergrupos”

Ontem postei uma matéria que saiu no G1 comentando sobre a união dos artistas: John Paul Jones (baixista do Led Zeppelin), Dave Grohl (líder do Foo Fighters) e Josh Homme (guitarrista e líder do Queens of the Stone Age). Hoje me deparo com o artigo da Flavinha Campos publicado no site do Skol Beats: Supergrupos voltam a surgir no cenário musical.

Uma boa dica de leitura para conhecer mais um pouco de The Dead Weather, Them Crooked Vultures, Chickenfoot (foto) entre outras bandas.

Supergrupos voltam a surgir no cenário musical

Forjado durante os anos 60, conceito rende frutos mais uma vez na história e se mostra uma boa investida para artistas já famosos afim de se jogar numa coisa mais "for fun" e menos comprometida

O fenômeno dos supergrupos apareceu no final da década de 1960. O termo veio para definir aquelas bandas cujos membros já haviam alcançado fama e respeito anteriormente, com outras empreitadas ou em carreira-solo, e que depois se reuniram em projetos paralelos bem-sucedidos. Com a boa repercussão de seu álbum de estreia, o The Dead Weather (no destaque), formado este ano por Alison Mosshart (The Kills, Discount), Jack White (The White Stripes, The Raconteurs), Dean Fertita (Queens of the Stone Age) e Jack Lawrence (The Raconteurs, The Greenhornes), traz de volta este conceito. O projeto surgiu como parte de uma jam session em estúdio, em janeiro último. Pouco depois, eles já haviam composto as canções de Horehound, que saiu há pouco no dia 14 de julho. Muito bem recebido pelo público, emplacou a 6ª posição das paradas norte-americanas e o número 14 no ranking britânico.

A mesma colcha de retalhos de talentos consagrados, característica predominante de qualquer supergrupo, pode ser conferida no Them Crooked Vultures, conjunto anunciado esta semana e constituído pelo líder do Foo Fighters - Dave Grohl, o vocalista do Queen Of The Stone Age - Josh Homme e o ex-baixista do Led Zeppelin - John Paul Jones. O trio se apresentará pela primeira vez em Chicago neste domingo (9), e já está em estúdio em Los Angeles, na Califórnia, trabalhando em novas músicas. Também lançou um site oficial, um MySpace, um Facebook e um perfil no Twitter. Em breve, veremos um álbum pintando na praça.

Outra banda que vem na esteira desta tendência é o Chickenfoot. De nome engraçado (Pé de Galinha), nasceu da união entre Sammy Hagar (Van Halen, Montrose), o baixista Michael Anthony (Van Halen), o guitarrista Joe Satriani e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers). Eles estrearam com disco auto-intitulado em junho. Sammy Hagar pode até não aceitar o rótulo, mas a definição do termo serve como uma luva para o combo que surgiu, assim como o Dead Weather, após uma jam session em um bar no México. As pessoas perguntavam se os caras lançariam um álbum e Sammy disse, brincando: "Vamos perguntar para Joe Satriani. Eu o considero o melhor guitarrista do mundo". O nome também veio de uma brincadeira, tal qual o logo, nascido da combinação de pé de galinha com símbolo da paz, mas acabou pegando.

Antes dessa onda embrionária de supergrupos vindo por aí, tivemos o Audioslave em 2001. Chris Cornell (Soundgarden, Temple of the Dog, solo), Tom Morello (Rage Against the Machine, Lock Up), Tim Commerford (RATM) e Brad Wilk (RATM) se juntaram com o fim do Rage Against the Machine. Após a saída do vocalista Zack de la Rocha, os membros restantes foram em busca de um novo vocal até ensaiarem com Chris Cornell - o entrosamento foi tamanho que, logo, concordaram em formar uma banda. Dois discos de sucesso depois, em 2007, o mesmo Cornell abandonou o projeto alegando divergências artísticas e conflitos pessoais.

Pioneiros

Um dos primeiros nomes a receberem o título de supergrupo foi o Cream (foto menor). Nascido em 1966, ainda que Eric Clapton fosse seu único membro realmente conhecido pelo grande público - pois já vinha do renomado The Yardbirds e do John Mayall & the Bluesbreakers -, isso não interferiu em sua classificação pela mídia. Os outros integrantes, Jack Bruce (John Mayall & the Bluesbreakers, Manfred Mann, Graham Bond Organisation) e Ginger Baker (Graham Bond Organisation), deram um toque de psicodelia ao projeto de raízes blues e hard rock. Não precisa nem comentar que a banda foi um estouro. Ao longo destes 43 anos de história, eles se juntaram e se separaram uma série de vezes - a última reunião aconteceu em 2005.

Além do Cream, também foi responsável por firmar este conceito o Crosby, Stills, Nash and Young, que, como o próprio nome diz, traz David Crosby (The Byrds), Stephen Stills (Buffalo Springfield), Graham Nash (The Hollies) e Neil Young (Buffalo Springfield) na formação. Inicialmente, o time não incluía Neil Yong. Ele veio somar-se ao trio apenas antes da apresentação no Woodstock no mesmo ano de 68. Young entrou e saiu da banda algumas vezes, por conta do sucesso que fez em carreira-solo.

Os supergrupos são assim, geralmente criados em brincadeiras, jam sessions e com o fim de outros grupos conhecidos. Nem sempre eles têm uma vida útil longa, talvez por causa da disputa de egos dos integrantes. Mas, muitas vezes, surgem apenas como projetos paralelos a fim de satisfazer uma necessidade artística imediata, sem a intenção de longevidade. De qualquer maneira, eles são super, enquanto duram.

Por: Flavinha Campos

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