quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Microcosmo das Raves Psicodélicas

O título desse post é o mesmo de um texto escrito pela Ana Flávia Nogueira Nascimento e que me serviu de base para a realização do meu TCC: Raves, o Woodstock do século XXI. Abaixo segue uma cópia dos primeiros parágrafos do material escrito pela Ana Flávia.

Nas últimas décadas do século XX um novo movimento musical conhecido como “Trance Global Psychedelic Culture” espalhou-se pelo mundo através de uma união “mística” entre a música, a dança, a natureza, e as substâncias psicodélicas. Foi em meados de 1993 que o estilo musical alternativo conhecido como trance encontrou a psicodelia no balneário alternativo de Goa, na Índia, que desde os anos 60 é a “Meca” de hippies, viajantes e freaks. Com sua natureza paradisíaca, fartura de LSD e Haxixe, misticismo hindu e tradição hippie-psicodélica, o local tornou-se um grande atrativo para a cultura das
raves que surgia principalmente na Alemanha e Inglaterra em um período histórico de transições. Dessa mistura característica da era planetária, uma união entre as mais novas tecnologias, e os mais antigos conhecimentos ancestrais acerca da música deu nascimento ao Psychedelic Trance – Transe Psicodélico - que desde então vem ultrapassando todas as fronteiras até se tornar no século XXI um fenômeno global.

O movimento global do transe psicodélico está associado ao uso de “psicodélicos”, substâncias que tem como características fisicoquímicas a baixa toxicidade e a dose mínima necessária é baixíssima, quase não produzem efeito fisiológico, exceto uma certa midríase (aumento da pupila) e taquicardia. A natureza fundamental de seu efeito é psíquica, esfera que sofre uma ação impactante dessas substâncias, que são basicamente as seguintes: a cannabis, o LSD, a mescalina, a psilocibina (cogumelos mágicos), a DMT, a ayahuasca e também as anfetaminas psicodélicas, como o Ecstasy (MDMA), das quais existem ao
menos algumas centenas de análogas. No entanto, nas festas e festivais de transe psicodélico tenho observado também o uso de substâncias excitantes, como cocaína e ketamina, e também de inebriantes como o álcool e inalantes como o lança-perfume.

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