terça-feira, 5 de maio de 2009

(entrevista) Robert Babicz

Robert Babicz é um polonês radicado na Alemanha, além de uma referência importantíssima para a efervescente cena de minimal techno. Prestes a lançar seu novo álbum “Immortal Changes”, pela Systematic Records (previsto para agosto de 2009), ele falou à XXXPERIENCE. Entre outras coisas, nos contou o quanto é procurado por personalidades da música para masterizar suas faixas, o que atesta seu conhecimento em técnicas de áudio. Também falou, em poucas palavras, de suas influências e de sua amizade com brasileiros como Gui Boratto e Anderson Noise... Robert está confirmado para a XXXPERIENCE CURITIBA, que acontece dia 23 de maio na Fazenda Heimari. Confira!

Você nasceu na Polônia, mas mudou-se ainda criança para a Alemanha, onde mora até hoje, certo? As pessoas costumam confundir muito sua nacionalidade? Qual foi o grande motivo da mudança de país tão cedo?
Meus pais se mudaram da Polônia no final da década de 80, por causa do comunismo. Então eu cresci como um germânico.

Quais as lembranças que você tem do início da década de 90, na Alemanha, do início da Love Parade, em que seu (talvez) primeiro hit “Happy Answer” ganhou popularidade? Saudades dessa época?
Não, eu não me apego a isso. Pois eu sempre vivo o “agora”, o melhor momento.

Falando em passado, quais foram as suas maiores influências musicais e como foi seu primeiro contato com a música eletrônica?
Minha primeira influência em música eletrônica foi Jean Michael Jarre ou mais cedo a ítalo-disco, então veio a house music, depois eu encontrei a acid house, que mudou minha vida. Eu queria fazer aquele tipo de música.

De onde vem o seu gosto particular pelas técnicas de áudio?
Eu amo música boa, então eu tento encontrar o melhor caminho para fazê-la. Eu nunca parei de aprender. Mas eu nunca fui numa escola de áudio ou algo do tipo. Sempre tudo aconteceu na base do “faça você mesmo”.

É verdade que você costuma masterizar faixas de artistas como Minilogue, Martinez e Gabriel Ananda?
Sim, e de muitos muitos outros artistas tão bons quanto eles, como Glenn Morrison, Way Out West, Markus Schulz e por aí vai...

Atualmente há muitos artistas fazendo os chamados “dead lives”. Qual sua opinião sobre isso?
Para mim um live act é um ritual, eu literalmente viajo por muitos mundos com as pessoas na pista de dança. Eu os levo para uma jornada e trago-os de volta. Então, se há alguém que faça “dead lives”, isso infelizmente é um problema dele...

Hoje em dia você não utiliza mais seus outros codinomes, como Rob Acid, Sontec e Dicabor? Está assinando suas tracks somente como Robert Babicz?
Sim, mas na maioria das vezes assino como Robert Babicz. Eu faço o meu “Babiczstyle”, que inclui todos os meus outros projetos sob uma única personalidade.

Sabemos que você tem uma relação muito boa com alguns co-workers brasileiros, como Gui Boratto e Anderson Noise, por exemplo... Com a sua experiência de anos de estúdio, qual sua opinião sobre a música eletrônica feita no Brasil?
Vocês têm músicos incríveis no Brasil, e muitos talentos. Também do ponto de vista técnico, o Brasil está realmente entre os primeiros dos dez melhores.

Há alguma informação sobre seu próximo álbum que você possa nos adiantar? O que você está preparando para sua nova vinda ao Brasil?
Sim, meu novo álbum está praticamente pronto, preciso apenas trabalhar na última faixa, que será uma nova versão de “Dark Flower”. A data de lançamento é agosto, pela Systematic Records. E claro que eu irei tocar muitas faixas do meu novo álbum nesta próxima tour pelo Brasil... Estou realmente muito ansioso por isso.

Mais:
www.robertbabicz.de
www.myspace.com/robertbabicz
www.globeagents.com.br
www.xxxperience.com.br

Por: Bruna Armani - Grupo No Limits

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