quarta-feira, 20 de maio de 2009

Novo filme de Ang Lee revive invasão hippie no festival de Woodstock

Taking Woodstock difere-se de todas as obras do currículo de Ang Lee. O taiwanês já dirigiu desde o drama com a temática homossexual O Segredo de Brokeback Mountain até o blockbuster Hulk, e agora embarca em uma viagem no tempo no longa que retrata um dos mais importantes eventos de música de toda a história. O filme, que chega às telas americanas no dia 14 de agosto, é baseado na obra autobiográfica de mesmo nome escrita por Elliot Tiber. A estreia no Brasil está prevista para o dia 18 de setembro.

Tiber foi uma peça chave para garantir a realização do Festival Woodstock, em 1969. Aos 34 anos, ele buscava alcançar novos ideais, mas teve de voltar ao convívio de seus pais para salvar um pequeno motel administrado por eles, e que estava prestes a afundar em dívidas.

Ele lê no jornal local uma notícia a respeito de um grande festival de música que pode ser cancelado por falta de autorização. Uma vez que Elliot tem permissão para realizar eventos musicais, ele oferece aos produtores o motel de seus pais a fim de conseguir renda suficiente para salvar o local.

Ao ouvir que o motel é muito pequeno para o que foi planejado para o festival, ele apresenta ao produtor Michael Lang a fazenda de seu vizinho, Max Yasgur, que contém um grande espaço verde que pode ser ideal para o grande evento. E é lá, na pequena cidade de Bethel, que Woodstock aconteceu.

Cerca de 200 mil pessoas eram esperadas no local de acordo com a venda de ingressos. No entanto, mais de 500 mil compareceram, elevando a pequena cidade ao nível de caos. Foram engarrafamentos enormes e inúmeros problemas de infra-estrutura, permeados por uma história repleta de grandes nomes da música em um evento que traçou novos rumos à cultura popular.

O concerto em si não é o ponto principal do filme. Inclusive, segundo resenhas publicadas após a exibição do longa para a imprensa na 62ª edição do Festival de Cinema de Cannes, ele nem sequer aparece. A intenção, de acordo com o diretor, é apresentar a utopia do sonho hippie por meio da relação do personagem Elliot com seu pai e sua possessiva mãe.

O elenco conta com Demetri Martin no papel de Elliot Tiber; Imelda Staunton (Harry Potter e a Ordem de Fênix) como sua mãe; Henry Goodman como seu pai; Jonathan Groff como o organizador Michael Lang; e Emile Hirsch (Milk e Na Natureza Selvagem) como Billy, um veterinário que acabou de voltar do Vietnã.

Recepção

Taking Woodstock fez sua estreia mundial na 62ª edição do Festival de Cinema de Cannes, no qual participa da competição principal. Após ser exibido para a imprensa, o filme não foi ovacionado pela crítica, mas conseguiu boas resenhas.

O site especializado IGN Movies UK disse que o longa “não é tão bom quanto Brokeback Mountain, e nem mesmo tão poderoso quanto ‘Desejo e Perigo’. No entanto, ‘Taking Woodstock’ é outro triunfo na carreira de Ang Lee, um diretor cujo currículo fica cada vez mais diversificado a cada novo trabalho”. A revista Empire também elogiou a obra, e garantiu que “Lee conseguiu novamente: ele é um dos mais inteligentes diretores que trabalham com a língua inglesa”.

Fonte: Caderno G - Gazeta do Povo

Site Oficial: www.takingwoodstockthemovie.com

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